Mensagem

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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Curso Plano de Governo e Ações para Governar



Participantes do Curso em Cuiabá

O Orçamento Participativo como parte da Arquitetura da Participação



Durante os cursos que tenho realizado pela Fundação Perseu Abramo nas prefeituras que o Partido dos Trabalhadores governa, é vice ou faz parte, costumo abrir discussão sobre o fato do porque de alguns prefeitos fazerem o Orçamento Participativo nos primeiros quatro anos e não mais no segundo mandato, quando reeleitos.

Observo que o Orçamento Participativo, popularmente chamado de "OP", por fazer parte do processo de uma gestão participativa, necessita de outras ferramentas participativas como base de apoio, onde a população discuta as questões específicas nesse fóruns e quando da participação do OP, a discussão tenha como elemento principal a situação financeira da prefeitura e a aplicação de recursos, a partir das demandas apresentadas nas plenárias.

Tenho defendido também que no meu entendimento, facilitaria o entendimento da população se o processo de gestão financeira participativa tivesse início pelo PPA  e não pelo OP, com a visão de que como o PPA se caracteriza como um planejamento financeiro de Governo, teria mais mobilidade de remanejamento.

De qualquer modo, imagino que só é possível realizar uma gestão financeira participativa com mais tranquilidade, primeiro se for feita uma discussão interna, com técnicos, gestores e servidores, principalmente para que se passe a ideia da necessidade da integração de governo e segundo criando novos instrumentos que possibilite diluir as resistências existentes e realizar ou justificar nas plenárias as ações prioritárias na visão da população.

Instrumentos da Arquitetura da Participação:




domingo, 4 de agosto de 2013

Início Oficial de Trabalho

Caros Amigos

Os que me conhecem há mais tempo, sabem que em regras gerais sou comprometido com o que faço e dedicado a causa da construção de uma sociedade justa, fraterna e igual para todos. Faço disso meu lema de vida.

Hoje é um dia especial, pois consegui nas entrelinhas dos meus trabalhos, construir um espaço virtual, de interação, informação e cooperativo, principalmente por estar aberto à contribuições de amigos, companheiros e camaradas.

A ideia é que seja algo leve, de bom conteúdo, notícias e interação com os diversos setores por onde o trabalho que faço no momento possa alcançar.

Gostaria de convidá-los a seguir e escrever no blog, contribuir com textos, dicas e conteúdos diversos. Para que isso ocorra, basta me retornar dizendo do interesse no e-mail: toni.cordeiro1608@gmail.com ou toni.cordeiro@ig.com.br que lhe transformarei num Colaborador, com autonomia para entrar e postar o que considera ser uma contribuição.

Como leitor de Paulo Freire, que brindá-los com um vídeo sobre sua vida:

“Paulo Freire: Educar para Transformar”





O que encontrarão:

  • Diversas Páginas com conteúdos diversos do universo da Gestão Pública
  • Links com Filmes Interessantes e alguns deles no próprio blog
  • Link para a TVT, Jornais, Revistas, Programas Nacionais e outros
  • Postagens sobre a conjuntura atual
  • Dica do Dia
  • Postagens dos Colaboradores
  • Muitas outras novidades




Pronto!!!

O Blog com sua presença está inaugurado.

Espero sua visita diária.

Abraço a todos.

Toni Cordeiro


Agradecimentos

Agradeço a todos os amigos que estiveram presentes na inauguração.
Conto com vocês para divulgação, comentários, seguidores e colaboradores.


Aproveito para postar um Vídeo sobre o Orçamento Participativo.


"Orçamento Participativo uma Nova Forma de Governar"




Bom Domingo a Todos!

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Inauguração





Domingo 10 Horas
Conto com sua presença

Porque a direita odeia o Foro de São Paulo



A realização do XIX Encontro do Foro de São Paulo provocou urticárias entre as fileiras de direita, que tem boas razões para destilar sua baba raivosa. Cheia de soberba, ao final da Guerra Fria, desdenhava e desqualificava como fora de moda qualquer iniciativa que se contrapusesse à pós-modernidade capitalista. Depois de duas décadas, além de seu natural ódio de classe, rumina em suas entranhas a frustração perante a renascença de uma esquerda popular e protagonista. (Por Breno Altman)


Matéria completa no link abaixo:

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=22448

As greves no ABC paulista nos anos 70


Dica do Dia

Criação do Fórum dos Conselhos Municipais

Os Conselhos Municipais, criados a partir da Constituição Federal de 88 e a partir dos Conselhos Populares que tiveram papeis fundamentais reivindicatórios na década de 80, vivem na atualidade um grande dilema, pois na maioria dos municípios brasileiros ainda são apenas consultivos, fugindo da essência de representarem de fato um espaço de construção de políticas públicas participativas e, sobretudo de controle social.

Muitos governantes entendem que um Conselho Municipal deliberativo e atuante, trava a máquina pública, fato esse que esconde o medo de chamar a sociedade organizada para governar junto, além de desrespeitar, por exemplo a Lei de Acesso à Informação. 

Independente da questão central consultivo X deliberativo, que no meu entendimento deve ser os dois, algumas prefeituras, como a de São Carlos, até a gestão passada, criaram novos espaços de interação e integração, como por exemplo, o Fórum dos Conselhos, que entre outros fatores positivos, estão:
  • Discussão e criação de Políticas Públicas Municipais Integradas;
  • Forçar o conselheiro, tanto representante da sociedade, como do governo, a entender e assumir seu papel no processo de gestão;
  • Importância do trabalho em rede;
  • Facilidade de capacitação para os Conselheiros;
  • Planejamento da cidade a partir da integração;
  • Construção e manutenção de um novo espaço de cidadania.


Notícia - Fórum dos Conselhos do Estado do Rio Grande do Sul:

A Árvore e o Menino Indiano



Um exemplo de atitude...

A História do Brasil e o PT





Mas as coisas findas muito mais que lindas ...




quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A Sociedade dos Sonhos de Paulo Freire





Cada vez que trabalhamos contra as injustiças, lutamos pela igualdade de condições e direitos e construímos caminhos que levem a  população menos favorecida a ser incluída novamente na sociedade, acendemos essa chama que estava vida em Paulo Freire.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Curso de Especialização Gratuito para Filiados do PT





Informações e Inscrição


A Mudança da Qualidade de Vida no Brasil


O resultado do último IDHM mostra de forma clara mudanças significativas na vida do povo brasileiro, principalmente nos últimos 10 anos, período que está sendo sendo governado pelo Partido dos Trabalhadores.

Em outra pesquisa da Fundação Perseu Abramo, chega-se à conclusão que o IDHM  dos municípios governado pelo partido, tiveram aumento na qualidade de vida das pessoas. A forma de governar e o compromisso com o processo de inclusão da população menos favorecida, fez na prática com que houvesse uma mudança de perspectiva das famílias e novas oportunidades.

É esse processo de inclusão e desenvolvimento que incomoda tanto a direita raivosa e o PIG.

O Brasil é outro nos últimos 10 anos.
As pessoas pobres estudam, compram suas casas e trabalham com carteira assinada.




terça-feira, 30 de julho de 2013

Grupo Gestor de Integração e Planejamento

Uma Nova Forma de Governar




Ferramenta de Gestão criada na Secretaria de Planejamento Estratégico e Desenvolvimento Sustentável em Artur Nogueira em março de 2009, no Governo do Prefeito Marcelo Capelini e apresentada na Secretaria Geral da Presidência da República em novembro de 2011.
Resultado em 40 meses de trabalho:
    • 51 Eventos Realizados
    • 20 Eventos com participação
    •  13 Núcleos de Trabalho criados
    • 105 Funcionários envolvidos
    • 10 Projetos Realizados
    • 10 Cursos de Capacitação, sendo 3 de Extensão Universitária
    •  Várias palestras
    •  Mais de 100 Ações de Governo realizadas
    • Ferramentas Acadêmicas criadas a partir da experiência:
      • Curso de Pós-Graduação em Gestão Pública e Social, com uma turma formada.
      • 15 Cursos de Extensão Universitária.
      • Laboratório de Gestão Pública e Social com 4 Grupos de Pesquisa.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O Papel da Fundação Perseu Abramo no Processo de Capacitação

           
             A Fundação Perseu Abramo, instituída pelo Partido dos Trabalhadores por decisão do seu Diretório Nacional no dia 5 de maio de 1996, como uma instituição de direito privado, mas com autonomia jurídica e administrativa, com sede em São Paulo, mas de âmbito nacional, "tendo como fins a pesquisa, a elaboração doutrinária e a contribuição para a educação política dos filiados do Partido dos Trabalhadores e do povo trabalhador brasileiro".
            A partir desta gestão, sob a presidência do Prof. Dr. Marcio Pochmann, a Fundação, que já contava com a Escola Nacional de Formação, que tem como objetivo principal a formação de seus dirigentes, políticos eleitos e sua militância, conta com uma nova área de atuação que é a capacitação em Gestão e Políticas Públicas.
            Trata-se de um Programa de Capacitação Continuada, a se iniciar por um Ciclo de Nacional de Cursos Básicos, com duração de 20 a 40 horas, voltados principalmente aos gestores e técnicos, dos mais de 600 municípios onde o partido governa e dos quase 600 que o partido é vice.
            A segunda fase do projeto visa à implantação do Laboratório de Gestão Pública e Social, que terá como função principal desenvolver atividades de pesquisas, analisar e apoiar políticas públicas de caráter democrático que venham a contribuir para o processo de inclusão da população carente, assim como na melhoria da qualidade dos gestores e da gestão pública e promover estudos que possam contribuir na busca de soluções para os diversos problemas contidos no âmbito da gestão pública. Fundação Perseu Abramo.
            A terceira fase, sem a necessidade de uma ordem hierárquica, visa à criação de um Curso de Especialização, em parceria com algumas entidades educacionais, com o principal objetivo de oferecer aos gestores, técnicos, legisladores e a militância do partido uma oportunidade de se especializar em Gestão Pública e Social.
             Com todas as ferramentas implantadas, é de se acreditar que a Fundação Perseu Abramo dará um passo importante, não só no sentido de melhorar a capacidade de compreensão e aprendizado técnico dos gestores onde o Partido governa e legisla, mas principalmente para contribuir com a melhoria da qualidade da gestão pública, maior agilidade da máquina pública e serviços de qualidade para toda a população.
            Além disso, a capacitação em Gestão Pública e Social visa também o aprimoramento das marcas de governo que o Partido propõe a seus governantes: Governo trabalha: Governo Ético, Integrado, Transparente e Participativo.


Antonio Lopes Cordeiro

Junho de 2013

domingo, 28 de julho de 2013

O Curso Plano de Governo e Ações para Governar da Fundação Perseu Abramo chega a 100 cidades presentes


O curso “Plano de Governo e Ações para Governar”, oferecido aos gestores, técnicos e servidores públicos municipais, já conseguiu juntar gestores, profissionais e militantes de 100 cidades governadas pelo Partido dos Trabalhadores, onde o partido é vice ou faz parte da gestão.
            O curso faz parte do Programa de Capacitação Continuada em Gestão e Políticas Públicas, através do Ciclo de Capacitação Básica, que consiste em cursos rápidos como o que está sendo trabalhado. Além do Ciclo de Capacitação, o Programa prevê ainda a criação de um Laboratório para pesquisas e desenvolvimento de ferramentas de gestão e um Curso de Especialização para os filiados.
            Até o momento foram realizados 12 cursos com 447 participantes que terminaram o curso, além de mais de 40 pessoas que passaram pelo curso. Os cursos foram organizados pela Fundação, pelas Executivas Estaduais, Macros e Regionais nas seguintes cidades polos: Cuiabá/MT, Manaus/AM; Teixeira de Freitas, Ibicaraí e Anagé na Bahia; Charqueada, Ribeirão Preto, Limeira, Ubatuba e Itararé em São Paulo e Ronda Alta e Santo Cristo no Rio Grande do Sul.
            Nas mais de 400 avaliações por escrito, os participantes, entre eles prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, além de gestores de diversas áreas de governo, avaliam o curso como bom e ótimo, elogiam o conteúdo e entendem que o mesmo ajuda o gestor a enxergar o universo da gestão, os desafios da integração de governo, da participação popular e do ato de governar, além de opinarem sobre novos cursos. Além disso, o curso oferece também um chek-list de diversas leis, programas e planos de ação a serem implantados nas prefeituras, assim como faz uma discussão da necessidade da ampliação da gestão financeira participativa, a se iniciar pelo PPA.
            O curso é ministrado pelo pesquisador em Gestão Pública e Social, Antonio Lopes Cordeiro, que entre outras ferramentas de gestão desenvolveu o Grupo Gestor de Integração e Planejamento na Prefeitura de Artur Nogueira/SP, no governo do Prefeito Marcelo Capelini, considerado pelo prefeito e por vários gestores que participaram do projeto, uma nova forma de governar e que é apresentado na íntegra durante o curso.
            Segundo Cordeiro, o objetivo macro é que os gestores disponham de formação política, que já é realizada pela Escola Nacional de Formação há tempo e agora com formação técnica em gestão, através do Programa de Capacitação Continuada, onde ambas as áreas completam o significado do Modo Petista de Governar, legislar e se relacionar com a sociedade.

Com essas ações, a Fundação Perseu Abramo considera estar cumprindo seu papel de desenvolvedora de espaços de reflexão, além da criação de um universo de estudos, onde os gestores poderão trocar experiências e propor novas ações.

Toni Cordeiro

sábado, 29 de junho de 2013


Curso de Especialização em Gestão e Políticas Públicas
Curso Semi-presencial Gratuito para Filiados do PT

Curso Semi-presencial gratuito para filiados do Partido dos Trabalhadores


Inscrições até 15 de agosto. Início e Aula Presencial: 30 e 31 de agosto e 1 de setembro

http://www.fpabramo.org.br/posgraduacao/?page_id=12

domingo, 23 de junho de 2013

A Mensagens das Ruas


As manifestações que estão ocorrendo no país na atualidade têm vários significados e leituras, onde através delas podemos tirar grandes lições.

Em primeiro plano é necessário entender que há um protesto subliminar contra velhos modelos e conceitos de organização e participação. O povo não se sente mais representado por uma grande parte de seus pretensos representantes sejam políticos ou sociais, evidenciando, portanto uma crise de representatividade, onde esses governantes, legisladores e representantes sociais, por enxergarem que a população não domina os códigos do poder, pelo fato de não participar, simplesmente os abandonam, voltando apenas no processo eleitoral ou na renovação das instituições, apoiados na obrigatoriedade do voto.

Em segundo, também é necessário refletir sobre a juventude, principalmente o que faz uma juventude, que numa análise sem consistência poderia ser analisada como a geração, que ou está envolvida pela violência, ou se encontra sem opção e perspectiva, ou ainda está voltada apenas para o mundo virtual, se envolver num processo de revolta cidadã, mesmo que não consiga decifrar sua dimensão ou se esses jovens sabem que poderão estar sendo usados, justamente por aqueles que suprimem a liberdade e sempre estiveram do lado de quem domina o poder econômico.

É provável que a extrema maioria desses jovens que está nas ruas, que não quer se partidarizar nem partidarizar o movimento, com pleno direito, sequer saiba que nasceu num período onde se conquistou o direito de votar, a duras penas puxado pelo movimento das diretas já, após uma ditadura de 20 anos; ocorreu o impeachment do presidente Collor; elegeu-se um presidente operário pela primeira vez e a primeira mulher como presidenta, num país onde mulheres ganham menos que os homens; brancos ganham mais que negros e os deficientes ganham menos que os nãos deficientes. Também não devem saber que essas mudanças só foram possíveis porque a população de alguma forma contribuiu, enxergou além do voto e que também foi assediada pelos mesmos personagens que tentam usar o movimento no momento. Quem dos mais velhos não se lembra da manipulação da rede globo, revista veja e outros veículos de comunicação, no debate entre Lula e Collor? Uma verdadeira vergonha nacional. Collor foi o candidato explicito da globo, que o elegeu e logo após ajudou os mesmos que o lançaram a presidente e se sentiram traídos a derrubá-lo. O povo nas ruas foi apenas o pretexto necessário para justificar essa ação.

É importante ressaltar que o que faz com que as mudanças tão necessárias e cobradas não ocorram, além da impunidade, é um processo eleitoral arcaico, que traz no seu texto e contexto, um modelo mercantilista, a base de troca de favores, um verdadeiro escambo, facilitando a bandalheira e a indústria dos lobistas. Por outro lado também é fato, que esse modelo é enfrentado de perto por gestores e governantes sérios, que preferem o modo programático participativo, onde o povo participa desde a formulação dos planos de governo no processo eleitoral, é chamado na formulação das políticas públicas e exerce seus direitos de participação e controle social.

É evidente que o aumento de preço abusivo, principalmente nos gêneros alimentícios, mexe significativamente no processo inflacionário, que virou palavra de ordem de candidatos contra o governo federal, faz parte do jogo sujo de confundir a população por quem tem o domínio econômico, só para passar a impressão que é culpa da nossa presidenta que não teria pulso para o controle dessa situação. O governo federal fez a sua parte com a redução de impostos em vários itens e redução de juros, forçando até com o os bancos privados fizessem algo, que jamais imaginavam que seria possível. No que se refere a juros, só foi possível reduzir devido à existência dos dois bancos estatais que fizeram sua parte, que se safaram da onda de privatização na era FHC. Já imaginaram se só tivéssemos bancos privados no país? 
Porém, para que isso se torne uma realidade permanente no país, se faz necessário principalmente que os Estados reduzam suas taxas também.

A imprensa que se constitui no quarto poder não quer ser controlada, como se fossem juízes das causas nacionais. Vale ressaltar que grande parte dela serve apenas aos grandes grupos econômicos e em nome deles criam suas pautas e confundem a cabeça do povo. Além disso, parte da imprensa que compõe o PIG - Partido da Imprensa Golpista, só está abrindo suas pautas para atenção aos protestos, para ver se colam esse movimento em algo que prejudique o desempenho do governo federal e aumente seu ibope. Jamais fizeram isso quando os professores, trabalhadores de outras categorias e manifestantes de outras causas sofreram as mesmas violências e violações de direitos por parte dos policiais, que infelizmente serve apenas a um setor da sociedade. É necessário a criação de Conselhos Deliberativos de Comunicação no país, principalmente para que todos os setores sejam ouvidos, assim como é necessário a democratização dos meios de comunicação.

Não há nenhuma dúvida quanto aos motivos legítimos que estão levando os jovens e adultos às ruas, que inclui além da redução do preço das passagens e o passe livre escolar, o combate à corrupção e a moralização da política no país. Há necessidade da construção de uma nova forma de governar, onde possamos ter governos com marcas de um governo ético, integrado, transparente e participativo. Para que isso ocorra existem tarefas essenciais a serem realizadas, a começar por uma Reforma Política e outras tão importantes, como: Reformas: urbana, política e fiscal, criação dos diversos Planos Estaduais e Municipais, nos moldes do governo federal, além da implantação da Lei de Acesso à Informação - Lei 12527/11, que regulamentou o direito de participação e controle social por parte da população. Com essa lei, qualquer cidadão pode ter acesso a qualquer documento público, sem necessidade de ser via judicial. O povo tem que começar a usar esses instrumentos legítimos e democráticos, no sentido de ampliar a percepção crítica e evitar o uso para qualquer fim que não seja a construção de uma sociedade onde todos tenham os direitos básicos assegurados.

É importante refletir ainda que se por um lado os jovens não querem se partidarizar, que é um direito, para não serem usados, também por outro, não podem deixar ser usados por quem quer que seja. Essas novas lideranças que surgem, contribuirão bastante se no futuro entrarem para os partidos políticos, principalmente naqueles que tem como contexto ideológico a superação das desigualdades, onde poderão de fato melhorar a imagem, atuação e lançamento de novos atores no processo político do país.

A existência dos partidos faz parte do jogo democrático. Não há outra forma de manutenção da democracia. A ditadura é a única alternativa para uma vida política sem partidos e isso resultou na morte de milhares de pessoas na América Latina, num passado bem recente. Muitos perderam a vida para que tivéssemos o direito à liberdade e a construção de uma vida melhor. Não haverá democracia sem as instituições, inclusive dos partidos. O problema não é a existência dos mesmos, mas como esses partidos se comportam no processo democrático e isso está nas pessoas e não nas instituições.

Segundo Antonio Negri, em seu livro A Multidão, a multidão reage no seu micro espaço de poder e pode chegar ao macro, a partir do momento em que as instituições não mais respondam aos objetivos para que foram criadas. Talvez aí esteja de forma clara a primeira tarefa a ser trabalhada e qualquer mudança só fará sentido se os atores envolvidos tiverem voz e voto nas decisões finais.

É certo que temos muito a fazer para chegarmos ao que consideramos como ideal, a começar por uma saúde de qualidade para todos, mas também é certo que não podemos voltar ao passado. Não se pode negar que o país hoje e outro, com pleno emprego, sem as garras do FMI, sem submissão econômica ao EUA e os organismos internacionais, com os mais pobres podendo estudar, ter acesso à casa própria, viajar de avião e tantas outras coisas que eram proibidos pela questão econômica, sendo chamado por vários países para ajudar a implantar nesses, o SUS e o Programa Bolsa Família, como ferramentas importantes no combate às desigualdades, mantidas no mundo por um sistema capitalista cruel e desumano. Isso só está sendo possível porque o Brasil construiu um projeto participativo, a partir de mais de 100 Conferências Nacionais nos últimos 10 anos e a criação de Conselhos Nacionais Deliberativos, que ajudaram a construir políticas públicas sustentáveis. Quem não lembra do país de joelhos pedindo dinheiro emprestado ao FMI, Clube de Paris e aos EUA.  É preciso lembrar que hoje é o FMI que deve ao Brasil.

Para terminar, vale lembrar que com mobilização social se chega às vitórias, com o povo nas ruas de forma organizada exigindo seus direitos fica mais fácil fazer grandes reformas que há anos ocupa as pautas nacionais e não sai do papel, principalmente porque não interessa a quem lucra com a falta delas. Num país capitalista precisamos de um Estado forte, pois toda vez que se enfraquece o Estado em detrimento ao mercado, transferimos as funções sociais do Estado ao setor privado, beneficiando apenas um setor, elitizando os direitos e aumentando as desigualdades.

Salve a democracia, salve o povo organizado nas ruas e fora todo tipo de repressão e vandalismo, que se aproveitam da situação e fora também todos aqueles que querem confundir a cabeça do povo.


Você que esteve nas ruas protestando contra tudo e contra todos, vai nos ajudar a construir uma nova sociedade, sem corrupção, justa, fraterna e igual para todos?Se isso ocorrer, com certeza nos encontraremos no futuro.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

A Gestão Pública no Brasil


A gestão pública está em crise? De que modelo de gestão estamos falando? Porque ainda hoje parte do funcionalismo público e da própria sociedade trata a máquina pública como uma “terra de ninguém”? Porque as pessoas criticam a máquina pública, em muitos casos com razão, mas, no entanto não se responsabilizam na escolha de seus dirigentes? O que há de novo e positivo na Administração Pública do Brasil?
Para respostas mais precisas a essas perguntas necessitaria percorrer um longo caminho, a começar pelo abandono da máquina pública, passando pela falta de interesse de grande parte dos servidores de carreira, principalmente pela falta de perspectiva profissional e pelos inúmeros escândalos que envolvem grande parte dos gestores, que usa esse espaço para a autopromoção e usam a maquiagem para seduzir os eleitores menos informados e sem comprometimento em quem votaram.
A Administração Pública no Brasil, que sempre foi tratada em segundo plano, como algo menor, como um lugar onde as pessoas sem se esforçarem muito conseguem permanecer até suas aposentadorias, passa por um momento de reflexão ou mesmo de reinvenção, basta pesquisar o que havia há pouco menos de dez anos, quando praticamente inexistia ou pouco existia, um campo de formação acadêmica que formasse e qualificasse gestores e técnicos no sentido de proporcionar uma melhoria na qualidade dos serviços prestados à população. Hoje milhares de pessoas buscam novos conhecimentos e gradativamente esse setor se apresenta como um novo campo técnico profissional.
Vale ressaltar que a academia, que sempre esteve focada apenas no mercado, descobre aos poucos que formar pessoas em Gestão Pública na atualidade, além de ser um campo rentável, faz parte das obrigações com a sociedade, que poderia ser resumido como a missão de formar para poder servir. Assim, entender a complexidade desse campo, saber analisar as diferenças ideológicas contidas em cada governo, preparar os alunos para conduzir seus trabalhos para além dos resultados numéricos e preferencialmente envolvendo os atores para cada ação de governo, passa a ser um dos maiores desafios a ser superado, principalmente pela falta de professores que estejam conectados e atualizados com os diferentes modelos de gestão, com as Políticas Nacionais e com os direitos conquistados pela população.
A cultura da Gestão Pública centralizada se expressa na prática na enorme dificuldade de se trabalhar de forma integrada, onde cada espaço de governo se transforma em setores individualizados de poder. A construção de um projeto integrado e participativo de Governo, que ocorre apenas em alguns casos e estarem vinculados aos Planos de Governo, quando aplicado em seu dia a dia, normalmente é fracionado por diversas razões, que vão desde a falta de conhecimento técnico dos gestores, passando pela falta de visão política do projeto a ser defendido e o que é mais grave esbarrando na enorme burocracia provocada por uma máquina viciada e sem capacitação. Vale salientar que no seio dessa análise há que se considerar a vaidade de alguns gestores ou ainda o medo frequente de perder o controle de sua área de atuação.
Um Governo não representa apenas a vontade política do seu gestor principal ou do grupo seu grupo de apoio, mas, sobretudo o pensamento político desse segmento. Assim sendo, o resultado esperado não pode ser medido apenas pela quantidade de obras entregues, que de fato é um dos referenciais em qualquer governo, mas que tipo de sociedade esse governo constrói e que processos sociais estarão envolvidos nessa construção, principalmente para que se diferencie o que é assistencial de função do Estado, o que é assistencialismo que é a manutenção do estado de precariedade e que projeto de cidadania está sendo proposto e construído com a população que se encontra excluída na sociedade.
Faz-se necessário a utilização de um enfoque político estratégico de planejamento que permita uma melhor compreensão por parte do Grupo Dirigente Central e da Base Técnica do Governo, principalmente para que se possa fazer do ato de governar uma possibilidade concreta de mudança na sociedade, onde o Projeto do Governo represente de fato uma melhor qualidade de vida para a população, principalmente a de baixa renda.
John Gaventa[1], ao escrever o Prefácio do Livro Participação e Deliberação, afirma: “No mundo todo estão surgindo novos debates sobre como revitalizar e aprofundar a democracia”. Segundo ele existe um “déficit democrático” ou uma “perda de vitalidade” da democracia:
 “Os cidadãos estão se distanciando das instituições representativas tradicionais, à medida que grupos de interesse ganham controle sobre as instituições e que a participação passa a ser impulsionada mais pela lógica do consumo do que por uma postura ativa de cidadania”.
O autor explica ainda em seu texto que tanto a deliberação quanto a participação estão sendo usadas por um espectro de atores muito diversos, com objetivos também muito diversos e que isso traz implicações radicalmente diferentes na agenda democrática. Segundo ele, para alguns, a visão democrática é aquela que privilegia menos governo (tese neoliberal do Estado mínimo), impulsionada pela perspectiva neoliberal da eficiência e da austeridade e para outros, trata-se de utilizar novos espaços democráticos e oportunidades e promover uma ampla transformação social.
            Partindo do pressuposto, que do ponto de vista da relação governo e sociedade, ainda é um tabu estabelecer um processo de governância citado por Dror (1999), como sendo o ato de governar a várias mãos, principalmente pelo fato de boa parte dos governantes não terem compromisso com a sociedade e em especial o setor mais necessitado, qualquer iniciativa que resulte em resultados concretos de interação, que possibilite trabalhar a fundo, tanto a participação como a deliberação envolvendo os atores de um determinado setor da sociedade ou mesmo de governo, passa a ter uma importância significativa, tanto do ponto de vista do modelo de gestão como principalmente pelos resultados políticos obtidos a partir de experiências concretas, porém para que isso possa ocorrer se faz necessário, cumplicidade e compromissos claros das pessoas envolvidas com o projeto em construção.
            A partir dessa breve análise, tendo como objeto de estudo a gestão pública, se faz necessário afirmar que trabalhar de forma participativa e com transparência, requer antes de qualquer coisa, mudanças de postura do gestor com relação ao poder e principalmente em relação à forma de administrar uma instancia de poder, porém isso só faz sentido se o projeto que está em sua mente ou em exercício como meta de vida não for individual e sim coletivo, mesmo esse projeto sendo executado numa sociedade de múltiplos interesses.


[1] Prof. John Gaventa, sociólogo, pesquisador em formação e liderança organizacional. 

sábado, 15 de junho de 2013

Marcas ou Rastros?


Imagem: amemdesejoamem.blogspot.com


Há quem afirme que somos produto dos nossos pensamentos, se isso for de fato verdade e os sábios afirmam que sim, somos também responsáveis pelas possíveis mudanças que podemos proporcionar no decorrer da nossa vida.

O tempo, que é senhor da razão, passa numa velocidade incrível e infelizmente nos damos ao luxo de perdemos tanto tempo com coisas sem importância, às vezes apenas para alimentar nosso ego e quando nos damos conta que o tempo passou, ficamos desesperados para recuperá-lo. Nem sempre é possível, nem sempre temos uma segunda chance de ficarmos frente a frente com a mesma oportunidade.

É muito comum quando estamos em desvantagem afirmamos que não temos sorte ou ainda que as pessoas não nos tratam como merecemos. Nesse momento vale uma reflexão: será que estamos sempre preparados com as oportunidades que a vida nos dá? E caso não estivermos, que providenciamos iremos tomar?

Porém existe algo mais comum ainda, determinadas pessoas quando estão em vantagem crescem tanto, mas tanto que não conseguem enxergar ninguém menor que ele.  Será que o mundo todo está errado e é somente a nossa verdade que prevalece? Será que o único mundo possível é o que projetamos?

No geral não somos gratos com a vida. Esquecemos de tantas coisas. Por exemplo, de agradecer pelo dia de hoje, pelo de amanhã, pelos carinhos que recebemos, pelos presentes que recebemos (que nem sempre é material), por alguém sempre lembrar da gente, pelos amigos, pelas paixões, pelos amores e principalmente por sermos instrumento principal que move corações, que alimentam ilusões e a razão da existência de algumas pessoas.

Que pena que só descobrimos essas coisas quando o tempo passa, que pena que não podemos voltar no tempo para corrigir nossos desvios, porém, antes de ficarmos tristes, existe uma alternativa que podemos acreditar:  como não podemos consertar o passado e as vezes nem mesmo o presente, temos a grata revelação que o futuro é todo nosso, podemos moldá-lo do jeito que imaginarmos. Podemos rever conceitos, sermos generosos, mais carinhosos, doarmos sempre sem pedir nada em troca, respondermos aos olhares que nos são direcionados, retribuirmos o carinho que recebemos e, sobretudo, aprendermos que a palavra “obrigado” nos remete a reflexão que nos leva a sermos mais humildes e menos pretensiosos.

Não existe ninguém que saiba tudo ou ainda alguém que nada saiba, todos temos defeitos, mas também qualidades, que em muitas ocasiões não são visíveis, estão nas entrelinhas, no silêncio ou ainda num simples olhar.

Quando saímos dessa vida só deixamos uma história, por isso é que é tão importante sempre revê-la e reconstruí-la se necessário. Alguns passam pela vida e deixam apenas rastros e outros zelam para deixar marcas.

“Ganhamos a vida com o que conseguimos. Construímos uma vida com aquilo que damos”.

E você está deixando apenas rastros ou está construindo marcas por onde passa?