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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Existe um golpe eleitoral em andamento. Quem está por trás? A quem interessa?



Tenho visto alguns comentários que o nível da campanha baixou de mais. Não deixa de ser verdade, porém no meu entendimento não há outra forma da candidata Dilma reagir. Infelizmente é a única linguagem acessível a todos.

Na verdade o povo brasileiro anda pasmo assistindo a campanha de ódio declarado contra o PT, Lula, Dilma, nordestinos, pobres, homossexuais, cadeirantes, cotistas, índios, negros e mulheres.  Nunca se viu tanta confusão como nessas eleições. Não tenho o menor pudor de deletar seja quem for, quando sinto que a pessoa é reacionária e que não respeita qualquer um desses segmentos apontados. O último que deletei foi um sujeito que se aproximou de mim com interesses em vender serviços para petistas, porém defendeu aquela marcha de fascistas no dia 31 de março último. Vai de retro...tinhoso!

Muito mais pasmo ainda quando olham as articulações espúrias que estão sendo feitas com o único objetivo de tirar Dilma Rousseff do governo.  Tudo poderia parecer normal e democrático, se no seio dessa discussão não tivesse esse novo ingrediente, escondido a sete chaves nas mentes e corações da direita e da extrema direita brasileira, disfarçada de social. Como explicar uma figura como Marina que muda mais de partido do que de blusa? A quem serve? Por quanto se vendeu? Sua gana colocou em xeque até o projeto da Rede, formada na sua grande maioria por intelectuais visando mudanças profundas mudanças na vida política do país, porém com a contradição de não defenderem uma ampla Reforma Política.

Que ódio é esse? Trata-se de um ódio de classe. Um ódio cultuado no processo histórico. Um ódio com raízes fascistas, que tem origem no imaginário desses psicopatas de idealizarem uma sociedade de “raça pura”. Igual àquela idealizada por Hittler na década de 40 do século passado. Ou seja, uma sociedade sem todos aqueles segmentos que cito no parágrafo acima. Ou seja, uma sociedade comandada pela elite branca, tendo uma nação de pessoas humildes a lhe servir.

É bom que se diga que todo processo de mudança que não se paute por um processo democrático e participativo e alimentado pelo debate de ideias, configurar-se-á num golpe, seja armado como já vimos no país de 1964 a 1984, que custou prisão, a tortura e a morte de milhares de pessoas, inclusive com a prisão e tortura da nossa Presidenta por três anos, ou pelo novo formato que estamos assistindo. Os atores são os mesmos. Os recursos que o mantém também. A única diferença é que vem disfarçado de transparência em nome da ética e organizado pelo PIG – Partido da Imprensa Golpista. Aquela mesma pertencente a seis famílias abastadas, onde seu candidato tem que representar os escusos interesses em pauta há pelo menos uns 300 anos no país.

Primeiro, é importante que se diga que esse golpe vem sendo tentado há muito tempo. Desde os tempos de Lula candidato, quando a Globo (mãe do PIG) se encarregou de armar um golpe para garantir a vitória de seu candidato Collor. O próprio Boni admite após 22 anos que tudo foi armado e pensado milimetricamente, conforme pode ser acompanhado na reportagem a seguir:  (http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/11/apos-22-anos-boni-admite-que-globo.html) .

Segundo, que eu me lembre, nunca tivemos uma eleição tão ideologizada como essa. Aliás, pedagógica no que se refere às questões ideológicas. O que chamamos de direita e ultradireita, ou os representantes do conservadorismo e do poder econômico totalmente de um lado e a esquerda e centro esquerda do outro, na defesa de um país para todos e todas. Dois projetos diametralmente diferentes. De lados opostos e com finalidades extremas. De um lado ainda quem sempre explorou em nome do desenvolvimento e do outro quem teve a audácia de interromper esse ciclo, construindo alternativas jamais imaginadas. Basta lembrar que a dívida externa brasileira existia desde a “Independência do Brasil”, herdada de Portugal e o Ex-Presidente Lula, não só a pagou como emprestou dinheiro em nome do Brasil ao FMI, só para ficar claro quem deve a quem.

A coisa é tão simples, que mesmo que o candidato tucano diga que vai continuar tudo que Dilma esta fazendo, que é uma mentira, pois seus tutores jamais permitiriam, mesmo assim seria completamente diferente, pois tanto a matriz desses projetos como o resultado final teriam finalidades completamente diferentes. Enquanto Dilma quer a criação de uma Política Nacional de Participação Social, alicerçada nos Conselhos Populares, a direita na figura de Aécio diz ser um golpe na Democracia Representativa. Um velho jargão para dizer que o povo não precisa participar, pois para isso já elege seus representantes. Uma verdadeira falácia. Basta dar uma olhada no perfil de quem foi eleito para o Congresso Nacional nas últimas eleições. Nunca na história desse país, como diz o Lula, o Brasil elegeu uma Câmara Nacional tão absurda. Dos 513 eleitos, 247 representam a bancada milionária, com patrimônio acima dos dois milhões de reais, além dessa a bancada da bala, a evangélica conservadora, a do agronegócio, a dos agrotóxicos e por aí vai.

O único processo em curso nessas eleições é o processo de vale tudo. Porém, só não vale “dançar homem com homem e nem mulher com mulher”, simplesmente pelo fato de todos os homofóbicos, racistas e fascistas, eleitos ou não, estarem juntos na campanha do tucano, chefiados por Malafaia, Feliciano e Pastor Everaldo, aquele mesmo que queria privatizar até o sino da igreja. O primeiro com dedo em riste, insinuando a extinção total dos homo afetivos e por conta disso vários já foram assassinados, o segundo autor do Projeto de Lei da “Cura Gay”, descartado quando viu que ia ser derrotado e o terceiro com a gana de ver um país só para quem tem dinheiro, tudo pertencente ao mercado e limpo do que chama das impurezas da união home afetiva. Ou seja, um trio “parada dura”, no estilo Ku Klux Klan.

Por trás dando suporte um time de extremistas de direita, a começar pela velha mídia, com seus velhos hábitos adquiridos com os militares nos tempos de trevas da ditadura. Os 75% das rádios, tvs, jornais e revistas, pertencentes a apenas seis famílias abastadas, fizeram opção desde o inicio, ao escolher, num primeiro momento MariNeca quando essa estava inflada por eles mesmos e pelos institutos comprados de pesquisas e depois descartada quando viram que era uma “fria” apoiá-la. MariNeca era só uma paixão passageira, pois o amor mesmo era o tucano, mesmo que fosse quem é. Para quem ainda tem dúvidas, é só reparar bem a logomarca da Globo de sua novela Geração Brasil, onde se lê nitidamente o “40” de Eduardo/MariNeca e o “45” do tucano. Uma perfeita manobra. Uma alusão que os dois sempre estiveram juntos e, portanto quem tivesse à frente receberia o apoio da emissora e seus veículos agregados.

A mesma coisa se repetiu com os rádios, tvs, jornais e revistas, ao fazerem campanha deslavada para os dois adversários de Dilma e fabricarem factoides no sentido de intervir no crescimento da candidata do PT. Uma vergonha.

Porém, muito pior do que isso está no contexto dessas eleições. Instituições extremistas de direita como as católicas TFP (Tradição Família e Propriedade), que é um braço da Ku Klux Klan no Brasil, a seita Opus Dei e um setor de extremo conservadorismo de religiosos, fazem campanha descarada contra Dilma, com o mentiroso argumento de que ela promoverá o aborto. Ela já explicou que é a favor do que está na Constituição Federal, que cita alguns casos permitidos por lei. Essas instituições negam o fato de pelo menos 400 mil mulheres morrem por ano nas clínicas clandestinas. Para eles o Estado pode continuar a ser omisso, desde que sirvam a seus escusos interesses. Ou seja, independente das nossas vontades, milhares de mulheres morrem todos os anos e é isso que tem que ser combatido. 

Não por acaso, o mesmo argumento usado pelo tucano de alta plumagem FHC, quando privatizou o Brasil, também é usado nesse momento. Tudo que é estatal é coisa ruim e tudo que é privado é do bem. Isso só faz reforçar o argumento da venda da Petrobrás, BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica e as Universidades Públicas.

Só para terminar três perguntas? 1. Você acha mesmo que privatizando tudo sua vida vai melhorar? 2. Conseguirá, por exemplo, pagar uma escola de qualidade para seus filhos? 3. Você sabe onde foi parar o dinheiro das privatizações no Brasil? 

Tai uma boa leitura para tirar as suas dúvidas. Seguem algumas sugestões e os respectivos links:

1.  Privataria Tucana - Livro que diz onde está o dinheiro e na conta de quem:

2. O Príncipe da Privataria – A historia secreta de como o Brasil perdeu seu patrimônio e FHC ganhou a sua reeleição.
http://geracaoeditorial.com.br/blog/wp-content/uploads/2013/08/Pr%C3%ADncipe_Privataria.pdf

3. O Brasil Privatizado – O desmonte do Estado – Conta tudo que fizeram para passar a ideia de que tudo que era estatal era uma coisa ruim e tudo o que era privado era muito beom.
http://www.fpabramo.org.br/uploads/brasil_privatizado.pdf

Seguir em frente pelo único caminho. Recuar jamais!

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Pesquisador em Gestão Pública e Social
Coordenador do Programa de Capacitação Continuada em Gestão Pública
Fundação Perseu Abramo
toni.cordeiro@ig.com.br

 

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Como votou uma grande parte da população: o voto pelo voto, o ódio pelo ódio e consciência política zero



A partir dos resultados em nível nacional das eleições ocorridas no último dia 5, principalmente no que se refere à composição da Câmara Federal, não tenho a menor dúvida de afirmar que o Brasil deu um gigantesco passo para trás ou ainda um mergulho num futuro de aventuras, onde nem imaginamos onde tudo isso possa chegar. 

Com a alegação de que esquerda e direita não mais existem, o que é uma tremenda mentira e a de que todo político é ladrão, para que a população continue a odiar a política e os políticos, portando em quem votar está de bom tamanho, brasileiros e brasileiras elegeram uma das piores e mais conservadoras bancadas nacionais de Deputados e Senadores.

Desde a “bancada da bala”, composta por defensores da pena de morte, herdeiros da ditadura militar e de justiceiros, passando pela bancada da intolerância religiosa, encabeçada pelo Pastor Feliciano de São Paulo, aquele mesmo que lançou o Projeto de Lei da “Cura Gay”, apoiado por Malafaia um pastor que incentiva a violência generalizada aos homo afetivos, até chegarmos ao voto de Russomano e Tiririca como os mais votados do Brasil.

Só para termos uma ideia, quase metade da nova Câmara será formada por milionários, ou seja, por 248 deputados que têm patrimônios superiores a um milhão de reais, apenas os bens declarados, fora o que estão em nome de “laranjas” e de familiares. Isso significa 48% dos 513 deputados quem compõem o Congresso. Os números cresceram ao longo do tempo e os milionários pertencem à vários partidos, conforme os dados abaixo:



Segundo a reportagem do Portal G1, o eleito mais rico para a próxima legislatura é o deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR). O industrial declara possuir R$ 108,6 milhões. Entre os bens estão quotas de várias empresas em seu nome.


Ainda segundo a reportagem, no total, os parlamentares declaram um patrimônio de R$ 1,2 bilhão – o que representa uma média de R$ 2,4 milhões para cada um. A reportagem aponta ainda um dado no mínimo curioso ou mentiroso. Há quem diga não ter bem nenhum: são 11 políticos que declaram patrimônio “zero” ao TSE.

Ao vermos por Estado, o Estado de São Paulo puxa a fila com 32 deputados milionários, seguido por Minas com 26, Rio de Janeiro com 22, Bahia 20 e Pernambuco com 18. Não por acaso, São Paulo e Minas são os dois maiores colégios eleitorais do PSDB. A reportagem revela ainda que só o Estado do Amapá não terá deputado milionário eleito nessas eleições.

Apesar de 38,6% serem de deputados que nunca exerceram o cargo, pode-se afirmar que essa será uma das composições mais conservadores da história, com mais de 300 deputados que representam interesses muito particulares além dos partidos, como fundamentalistas religiosos, os megas empresários, o agronegócio e muitos outros lobies. 

O mais incrível é que a maioria deles foi eleita com centenas de milhares de votos exatamente dos setores humildes da sociedade, que serão enganados pois irão votar contra todos os direitos sociais conquistados ou ainda aos direitos trabalhistas existentes desde a década de 40.

Prova disso é a proposta de Marina de apoiar o decreto que abre geral para que as empresas de todos os seguimentos poderem terceirizar e quarterizar  à vontade, o que precariza o trabalho formal das categorias e a votação de uma lei que anulará o Decreto da Presidenta Dilma que cria a Política Nacional de Participação Social. O Decreto em questão pode ser acompanhado no endereço: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Decreto/D8243.htm.

Para se ter ideia da importância, a Política Nacional prevê a criação dos Conselhos Populares, em cada cidade, dando direito aos cidadãos e cidadãs de participarem ativamente da formulação, fiscalização e controle social das Políticas Públicas apresentadas pelos Executivos e Legislativos dos municípios, estados e da União.

A falsa alegação é a de que esse Decreto tira a autonomia dos eleitos, sejam vereadores, deputados ou senadores, como se a maioria desses representasse o povo e não seus escusos interesses. Quem tem medo do povo organizado é porque bom sujeito não é.

Tirar Dilma do governo e colocar Aécio com o apoio de Marina e de outras forças conservadoras, significa entre outras coisas, uma mudança de projeto significativa, com cada vez mais o encurtamento do Estado (Nação) nas suas funções sociais e a entrega completa do destino do povo brasileiro ao projeto neoliberal, onde o deus mercado será prioridade frente às necessidades da população.

É por isso que eles chamam o investimento em politicas sociais de gasto, assim como a aposentadoria como uma pensão para vagabundos. A prioridade deles é que os bancos e as empresas cada vez tenham mais lucros, que é justo na forma deles pensarem, porém isso não pode custar para milhares de brasileiros e brasileiras, a fome, a miséria, a pobreza, o desemprego e o investimento em tudo que é privado, como a educação e saúde, com o falso argumento de que tudo que é do governo é coisa do mal e tudo que é privado é um paraíso.

É por isso que eles não querem participação social, conselhos que discutam o papel da velha mídia (Rádios, TVs, Jornais e Revistas), assim como conscientização por parte da população de seus direitos e com isso poderem falar, transmitir e escrever tudo que querem, além de aprovar as leis que darão cada vez mais mordomia a elite brasileira em detrimento do sofrimento de milhares de pessoas. Usam para isso a mentira, a desinformação, os Malafaias e Felicianos da vida, além da impunidade, onde somente um partido paga o preço, enquanto os amigos dos amigos podem tudo.

Estamos diante de uma encruzilhada. Por um lado defendemos a ampla democracia, que em tese amplia os direitos da população, inclusive para tirar uma Presidenta que é vista pelo mundo como uma estadista que interviu na fome e criou inúmeras opções de crescimento da população, como o Minha Casa Minha Vida, Pronatec, Mais Médicos, Bolsas de Estudo para a população negra e os mais pobres, crescimento na economia com 20 milhões de pessoas empregadas com carteira assinada, entre tantos outros projetos e por outro estamos assistindo um discurso e uma prática homofóbica, machista, racista e discriminatória crescer aos nossos olhos e ainda com o apoio das instituições comandadas por falsos líderes.

O que fazer? Agir e reagir defendendo exatamente o que temos para defender. Expondo à população como foi o passado, o que aconteceu no Brasil nos últimos doze anos e lutando contra o ódio, a partir da solidariedade, união da militância e principalmente afirmando que só o bem pode vencer o mal e que a volta ao passado das trevas nos levará a um atraso de décadas como o Estado de São Pauloestá passando e pagará muito caro no futuro.

Só a reeleição de Dilma poderá garantir com que tudo que foi conquistado até o momento não escoe ralo abaixo e os incrédulos tenham que pagar com a dor, quando poderiam aprender por amor.

Antonio Lopes Cordeiro
Coordenador do Programa de Capacitação Continuada em Gestão Pública
Fundação Perseu Abramo
toni.cordeiro@ig.com.br

sábado, 4 de outubro de 2014

Carta aos amigos indecisos



Caros Amigos e Amigas

Amanhã será a festa da democracia transformada em eleições. Trata-se de um direito constitucional conquistado com muita luta, prisões, torturas e mortes, causadas por aqueles que queriam o Brasil só para eles. Só para a elite. O poder econômico e o poder militar decidiram por mais de 20 anos, a partir de um golpe, o que eles queriam para o Brasil e o povo ou assistia sem fazer nada ou era barbaramente perseguido.

É natural que grande parte da população ainda esteja indecisa em quem vai votar ou ainda se vale a pena votar. Primeiro porque infelizmente não se aprende na escola o direito de cidadania, assim como a importância da democracia e segundo pelo fato do massacre midiático ser violento. Todos os dias rádios, tvs jornais e revistas ligadas à velha mídia, entram casa a dentro da população e  a faz entender que tudo que é estatal é ruim, que a política não presta ou ainda que todos os políticos são ladrões.

É importante notar que o PT é o partido mais amado e odiado, na mesma proporção, pelo simples fato de ter intervido num processo que durou 502 anos. Elegemos o primeiro operário por duas vezes e vamos reeleger a primeira mulher como Presidenta. Não é algo simples para a direita raivosa e os que odeiam povo entenderem. Além disso, o PT é o único que tem bandeiras históricas em defesa do povo humilde e por todos aqueles que não voz na sociedade. Não é por acaso que a Presidenta Dilma criou um decreto rumo a uma Política Nacional de Participação Social. Ou seja, ter a população na discussão e defesa de qualquer política pública.

É evidente que grande parte dos políticos e dos partidos é exatamente o que falam. Desviam recursos para benefício próprio ou para o Caixa Dois de campanha, não tem projeto, não ouve a população, não respeita as instâncias representativas e de quebra aprova leis para seu grupo de apoio e não para a população mais carente. Porém, não são todos e generalizar a situação só afasta ainda mais o povo da política e de seus direitos.

O que tem que ser entendido é que apesar de tudo isso que relatei, temos muitas pessoas comprometidas eleitas e candidatas a um novo cargo. Como separar uma coisa da outra? Como não ir na onda perversa da imprensa que tem dono e candidatos?

Imagino que uma das formas seja lendo, se informando e principalmente participando das discussões futuras, cobrando do seu candidato um projeto participativo e um conselho de mandato.

Generalizar os fatos e a política é tão emburrecedor como achar que é só ir num tempo e rezar ou orar que está salvo. Fazem-se mediocridades e safadezas durante a semana e tentam se purificarem nos finais de semana. Somente a solidariedade contínua, que é a maior ideologia, pode colocar a sociedade em equilíbrio. Só o bem pode vencer o mal. Só a esperança pode vencer o ódio.

Em regras gerais, a boa política é algo muito simples que a mídia e os políticos de má fé, por razões muito particulares, fazem questão de esconder para confundir a cabeça do povo e assim afastar a possibilidade de qualquer interesse pela participação da sociedade nas decisões políticas. Basta saber que as eleições para os cargos legislativos, como Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual, são tratadas em último plano pela mídia e são essas pessoas, que uma vez eleitos, farão as principais leis que podem mudar as vidas dos eleitores para melhor ou para pior.

É importante que os mais novos saibam que antes de 2002 era impossível um jovem arrumar emprego, pois não havia. Ou ainda um jovem e negro estudar numa universidade pública, fazer um curso técnico e ter perspectiva de vida. Grande parte deles deixavam o Brasil em busca de oportunidades em outros países. 

Não havia um plano de capacitação técnica como o Pronatec que já formou mais de 8 milhões de jovens. Havia inclusive um Decreto Federal criado pelo FHC, proibindo o Brasil de construir Escolas Técnicas. Além disso, os jovens pobres não podiam sonhar com algo melhor para suas vidas, pois não tinham condições de pagar as faculdades particulares e não tinha um sistema de bolsas como tem hoje para a população mais pobre. É notório que esses jovens aproveitam as portas abertas e rendem muito mais do que aqueles que tudo cai do seu para eles.

É inegável que a Brasil é outro. Ao invés de dívida com o FMI é ele quem deve ao Brasil. Ao invés de empréstimos solicitados agora o Brasil tem um Fundo Soberano. Ao invés de desemprego estamos agora no pleno emprego. Ao invés de aluguel e favela agora a população pobre tem casa própria. A população pobre agora tem também mais médicos para lhes assistir. São por essas e por inúmeras outras coisas acontecidas que além de votar 13 de ponta a ponta peço sua atenção. Amanhã ou avançamos com Dilma para um futuro ainda melhor ou mergulhamos no passado novamente dos tempos de FHC e Collor. Lembre-se que André Lera Rezende, um dos mentores do golpe na poupança apoia Marina e todos os tucanos de FHC estão com Aécio.

O meu voto de amanhã não será só em pessoas e sim no projeto que elas representam. Projeto esse que em pouco mais de dez anos mudou a cara do nosso país, tirando-o do estado servil frente aos americanos e o mundo, pagando a dívida externa e fazendo com que milhares de pessoas possam trabalhar com carteira assinada, ter seus filhos estudando com bolsas, inclusive no exterior, morando numa casa própria, sendo atendida por um médico mesmo na periferia, trabalhando no campo e sendo assistido e centenas de outros benefícios, como é o caso da transparência no governo, onde é possível saber onde o dinheiro da população esta sendo aplicado. Para isso basta entrar no Portal Transparência Brasil.

É por tudo isso que votarei 13 de ponta a ponta, destacando Dilma, Padilha e Suplicy e voto assim porque não quero um Brasil só para mim.

Quando você entrar na cabine de votação lembre-se apenas que seu voto de amanhã será um cheque em branco assinado para quem você está delegando como seu representante.

Boa sorte e nos encontraremos nas ruas comemorando a vitória.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Coordenador do Programa de Capacitação Continuada em Gestão Pública
Fundação Perseu Abramo
toni.cordeiro@ig.com.br