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Olhos? Que olhos são esses? De quem são?
Que cor tem? Precisamos de olhos a nos guiar? Tem alguém que confiamos que nos
guie?
Depois de boas notícias, após tantas tão
sofridas pelo atual momento, resolvi até por falta de assunto, voltar à velha
forma abstrata de ser e procurar na abstração companhia que caminhe comigo por
algumas veredas da vida, com sol brilhante ou com chuva e frio intensos, só
pelo prazer de compor comigo mais uma página desse meu sério brinquedinho, que
já me deu muitas alegrias e a algumas pessoas também. Preciso apenas de um
pouquinho de inspiração.
Quem disse que esses olhos precisam ser humanos?
Podem ser da intuição, do estado de espirito que às vezes nos invadem, do sentido
que desperta quando percebemos que acertamos em sonhar o que nos parecia impossível,
ou mesmo que algo deu errado, ou ainda quem sabe sejam olhos de um ser de luz
que gentilmente resolveu nos seguir em plena escuridão para nos fazer companhia
quando percebeu que estávamos sós. Olhos que nos guia quando estamos entre a
realidade e a ilusão, ou entre o sonho e a vontade de ser;
Se fosse recorrer a um ser de luz,
começaria pedindo que me busque nas incertezas da vida. Leve-me para onde não
haja nem um silêncio provocado, tampouco a escuridão da ausência. Alce-me em
voo rumo ao encontro do meu ser, que às vezes fica a flutuar. Sinta-me como se
fosse uma canção de ninar que se canta quando se tem para quem cantar e me
deixe voar recordando os ótimos momentos que a vida me deu de presente em dias
ensolarados ou em noites de céu estrelado, onde cada estrela oferecia um
significado.
Indo mais além pediria que continuasse ao
meu lado me ajudando a transitar pelo vale das sombras, enfrentando um exército
de seres cegos e inanimados que adoram um ser das trevas achando que o amanhã
já chegou, mesmo sabendo que não haverá o amanhã para milhares de pessoas que
estão indo embora hoje antes do tempo, meio que por descuido.
Depois de uma longa experiência de vida
com momentos dos mais diversos, entendo que a felicidade é um estado de
espírito muito particular, que tem que ser buscado sempre no interior das
nossas emoções e se por um lado é certo dizermos que não devemos vincular
totalmente a nossa felicidade a ninguém, por outro nos permite compartilhar com
quem queira ser feliz conosco e que juntos, podemos mantê-la em reserva, para
que em momentos onde a vida entre numa curva acentuada, busquemos a felicidade
a dois para quando acordarmos no dia seguinte podermos brincar de amor e de
amar.
Ao fechar os olhos e mirar no futuro,
que pode ser daqui a alguns segundos, chego à conclusão que ora me deparo com a
certeza de muitas das minhas perguntas e ora com as dúvidas peculiares se de
fato a certeza existe, porém o importante mesmo é sempre acreditarmos que o
melhor ainda está por vir;
Uma coisa é certa. Enquanto houver o
hoje quem disse que o amanhã poderá não vir? Quem tem medo do amanhã é porque o
hoje se encontra mal resolvido. Pensando nisso, faço uma declaração aos olhos
de quem me guia. Não sei quem eu sou tampouco quem tu és, mas sei que poderemos
ser e se assim for o amanhã está logo ali.
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social