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terça-feira, 21 de setembro de 2021

Olá futuro seja bem vindo!

 

Imagem: https://www.publicdomainpictures.net/pt/view-image.php?image=296283&picture=fadas-e-duendes-dancando

Ainda dá tempo? Quem vai comigo? Vai por amor? Com que roupa eu vou? Como está o tempo? Que horas são? Vamos comemorar? Vai me convidar ao samba de quadra ou para aquela festa regada por lírios e rosas na calada da noite? Vai me levar aos oásis que você conhece? Vai me apresentar ao grupo seleto de nobres e nobreza? Conto o sonho que tive ontem sobre o presente e o futuro?

Exerço um diálogo permanente com a minha natureza, com meu outro eu e com a minha essência em busca de muitas respostas que ainda não disponho e me inquietam muito a essa altura da vida, mas com a lúcida convicção de que o melhor ainda está por vir e isso acaba me deixando com certo conforto...

Sigo atenciosamente as batidas do relógio da vida, mas sem me preocupar com o tempo futuro de como vou estar daqui a dez ou vinte anos, pois nem mesmo sei se vou estar e se estiver estarei sonhando em viver mais e bem. Como rota sigo uma estrela guia, que nunca a imaginei se apagando ou caindo de forma cadente... Pra mim ela sempre estará viva... 

O que mais sonho hoje é em ajustar as velas do barco da vida e remar rio afora curtindo a paisagem e sentindo a brisa, com quem não precise de um iate para estar comigo, pois só tenho uma pequena canoa e dois remos, além de alguém que me enxergue com o coração e com a alma e não com qualquer outra parte do corpo, pois células morrem todos os dias e a aparência também vai se modificando...

Vou deixando em alguns aspectos a vida me levar. Vou analisando caras e bocas e algumas falas que me levam à reflexão e à introspecção. Muito vezes falo mais do que devia e vou ouvindo atentamente o que por descuido ou por intensão algumas pessoas revelam o que pensam sobre a minha vida pessoal.

Depois de dias intensos, mal dormidos e complexos, tive algumas ótimas notícias que me deixaram feliz e com vontade de tocar em frente rumo ao futuro com quem vier comigo. Uma coisa é certa: Seguirei peitando as coisas tangíveis e deixando ficar apenas as coisas findas, pois essas, muito mais que lindas são as que vão compor a minha história de vida, como afirmava Drummond.

Na verdade eu quero muito pouco, mas de qualidade, perto de quem quer tudo ao mesmo tempo, ou acha que já tem tudo e não precisa de mais nada. Será que o que eu quero é algo tão complexo ou distante da realidade? Vai saber... Porém, enquanto houver uma luz acesa no caminho e uma fala carinhosa a ser ouvida, jamais me conformarei com a escuridão e com o silêncio imposto.

O que eu quero? Uma dose de gentileza, acompanhada por duas doses de carinho sincero e quem sabe ainda, como pretensão maior, sonhar com uma dose dupla de amor em flor que me faça peitar a ilusão, deixar o coração pulsando mais forte e minha alma em plena brisa.

Para completar o cenário uma divina luz. Uma rede e um som suave e agradável para peitar os silêncios que me envolvem, pois irei acariciar as coisas findas e viver o que pode tangenciar minha forma de ser, sempre com a certeza de que habito em coração alheio que me escolheu em par. Aprendi ao longo da vida que mais vale um tantinho assim especial de um estar real com alguém, do que um tantão do apenas “ficar” com muita gente, como se fosse um prazer em série, que acaba quando o fogo acaba.

Quando tudo isso acontecer, eu conseguir sentir e uma noite estrelada com uma lua nova der o ar da graça, te convido para uma dança, que mesmo que não saia do jeito que pudesse ser, pela minha falta de ensaio e traquejo pra coisa, sairá com o sabor da verdade, a cor vermelha do coração e o jeito carinhoso e envolvente de ser que embala as fadas em dias de festa de gala. Que tal? Te espero para o amanhã...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

terça-feira, 14 de setembro de 2021

SERVIDOR NA RUA É SINAL DE ALERTA À SOCIEDADE

 

Em tramitação na Câmara Federal há quase um ano, a Proposta de Emenda à Constituição n° 32/2020, dentro do projeto de Reforma Administrativa do governo Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes, traz, em seu bojo, a inversão total do verdadeiro papel do Estado, firmado pelo contrato social do direito de cidadania assegurado pela Constituição Federal de 1988.

Desde o início da tramitação desta PEC, os servidores públicos têm alertado a população do perigo que sua aprovação representa para todo o conjunto da sociedade brasileira. Unidos com a Frente Parlamentar Mista do serviço público e com as entidades representativas de suas categorias, os trabalhadores e trabalhadoras se mobilizaram de todas as formas e, mesmo em período de pandemia, em virtude do perigo que a proposta representa, estão organizando e participado de atos presenciais em todas as regiões, em especial no último dia 18 de agosto.

Queremos mostrar à sociedade que os servidores públicos carregam o compromisso e a responsabilidade de serem o principal elo entre o Poder Público e o Cidadão, prestando serviços essenciais nas mais diferentes áreas como saúde, educação, segurança pública e judiciário, com esforço, dedicação e isenção, graças a estabilidade adquirida após o período de estágio probatório, pela natureza do cargo exercido por aprovação e nomeação em virtude de concurso público.

A PEC nº 32/2020, entre outras mazelas, permitirá que a cada eleição os Poderes possam demitir e contratar pessoal sem concurso público e sem exigência de qualificação, por tempo determinado, privilegiando maus políticos, que certamente contratarão seus apadrinhados, cenário este que contribui para o aumento de assédio, sobrecarga de trabalho e o famoso esquema de “rachadinhas”;

No intento de implantar o Estado mínimo, o governo propõe entregar grande parte do serviço público para quem visa somente o lucro, qual seja, o setor privado, repassando a este, recursos financeiros do Estado, sem retorno aos cofres públicos, restando para a sociedade setores sucateados e longa espera em atendimento, o que já é uma realidade com a terceirização já implantada.

Portanto, se a proposta em questão passar, sem dúvida, os servidores públicos serão prejudicados, porém o prejuízo maior será sentido pelo cidadão brasileiro, especialmente a parcela mais pobre, que depende dos postos de saúde, creches, escolas, judiciário, segurança pública, pois, uma vez extintas as políticas e os programas sociais devido ao corte de verbas, terceirização e/ou privatização dos órgãos públicos, restará a precarização, o desemprego, a fome e aumento no número de pessoas em situação de rua.

A pandemia da Covid-19 escancarou a importância e a necessidade dos serviços públicos: em teletrabalho ou presencialmente, os servidores públicos garantiram o atendimento à população, sendo que milhares de vidas foram salvas pelo conhecimento e experiência dos profissionais da saúde pública e pesquisadores da ciência, o que não foi garantido pela iniciativa privada, que chegou a fechar as portas, em determinados momentos, para o atendimento à população;

Ante o anúncio da votação da PEC 32 pela Comissão Especial e, se aprovada, pelo plenário, o servidor público volta às ruas nesta semana que se inicia, promovendo o “ocupa Brasília” no dia 14, mais uma vez expressando à sociedade seu compromisso de luta pelo serviço público, exigindo dos parlamentares a rejeição da proposta, e a promoção de políticas que garantam a valorização dos servidores públicos e respeito ao direito de acesso do cidadão ao Estado, conforme preconiza a nossa Carta Magna.


Arlete Rogoginski
Diretora Executiva do Sindijus-Pr e Coordenadora-Geral da Fenajud


sexta-feira, 3 de setembro de 2021

A Cultura pede passagem...

 

Imagem Disponível em: https://www.facebook.com/culturaemmovimentodf/

Vivemos um momento na história de muita tristeza e introspecção, com alterações significativas em nossos comportamentos pessoais e a incerteza do que nos espera no amanhã. O encontro com o doce mundo da Cultura vem de leve e nos encorajam a seguir em frente aonde nossos pensamentos nos levar.

O lançamento do Setorial de Cultura do Partido dos Trabalhadores de São Berardo do Campo, que tive a honra de ser convidado a compor, representou um momento épico, daqueles que temos que guardar num cantinho do peito, mas entendendo os grandes desafios à frente...

Diante de artistas consagrados, poetas e gente vivida no universo da cultura, tenho muito pouco a acrescentar, mas muito a viver e aprender. Meu universo cultural veio de uma vivência à procura de músicos e compositores pelo ABC, alguns anos de teatro amador, canto no Coral Municipal da cidade, alguns anos de escrita e um namoro recente com a prosa, que tomara que dê casamento.

A Cultura pede passagem nesse momento para dizer que ela é, em muitos casos, uma expressão individual, porém em busca de uma identidade coletiva e de ser movimento social, pois cria, renova, revoluciona e principalmente reacende a chama em suas diversas formas de expressão. O que se busca como movimento é uma Cidadania Cultural, peitando todos os impasses para a criação de uma Cultura Política de igualdade e com igualdades.

Nenhuma expressão cultural acontece sem plateia, que é parte integrante e essencial para sua existência e essa simbiose só ocorre quando um movimento cultural se faz mais forte que alguns governantes da hora, onde a cultura em pauta é o escambo de almas em busca da permanência no poder.

No campo particular, todas as vezes que me chamam de poeta eu me assusto, pois isso me traz uma responsabilidade muito forte, sabendo que as pessoas embarcam nas nossas emoções, ditas em versos e prosas, em gestos e em suaves expressões. O artista, poeta e poetisa estão para um povo desprovido de momentos de beleza, como uma divindade que leva o povo a sonhar.

Diante de uma sociedade preconceituosa com as pessoas de mais idade, que as segregam num puxadinho do mundo, ainda bem que a Cultura não tem idade para exercê-la, muito menos para nascer, que o diga Cora Coralina. Nasce de uma composição de dom, criação, exercício para que se movimente e oportunidade para acontecer. A cultura é vida em movimento que gira em torno de suas emoções.

A proposta é dançarmos os diversos sons, gingarmos ao som da capoeira, cantarmos e interpretarmos a vida através das escritas recitadas em versos e compormos e sentirmos os momentos de pura beleza, que afugentem a solidão e deem asas às nossas imaginações que voam pela imensidão em busca de par.

Que a cultura popular viva e sobreviva, como expressão e movimento e como porta de entrada para os diversos caminhos que se abrem como Resistência, nos fortalecendo na luta contínua por uma sociedade justa, fraterna e igual para todos e todas.

Salve Mamberti. Um artista. Um ser político e alguém que tive o prazer de me encontrar em alguns momentos na Fundação Perseu Abramo. A ele que se fará sempre presente, minhas homenagens e boas lembranças com seu ar sempre de alegria.

Salve a Cultura. Salve companheiros e companheiras em luta, em celebração e em momentos onde possamos alegrar corações alheios que ainda acreditam no amor e no amar...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social