Faz
algum tempo que não escrevo no meu blog e isso está ocorrendo devido a estar
com o meu pai num hospital em São Paulo, depois de passar por outro em Diadema,
que o convênio nos transferiu, quase que na marra. Situação constrangedora que
será denunciada à ANS, tão logo tenha condições.
Nunca
tinha ficado por tanto tempo num hospital como agora e muito menos meu pai tinha
passado por uma via sacra como essa. Trata-se de um novo aprendizado. Aprender
como conviver com problemas que não podem passar por cirurgias e continuam lá.
Em um
hospital normalmente são dias agitados com alguns casos de emergência total,
alguns descasos, alguns “coxinhas” de jalecos com narizes empinados, mas também
com muitos profissionais dedicados. O maior problema vivenciado é que os planos
de saúde só enxergam os números e não as pessoas. Vendem milhares de planos
quando não tem capacidade de cuidar nem da metade. Ou ainda fazem um monte de
exames somente para cobrarem de outros planos, dos órgãos públicos e o pior do
SUS. Aquele mesmo que eles falam mal todos os dias nos instrumentos do PIG.
Ainda
bem que existe o SUS, que o PSDB e seus aliados golpistas querem acabar,
simplesmente porque odeiam pobres e seus compromissos são com os donos dos
Planos de Saúde e não com a população. Quem banca os remédios de alto custo?
Quem banca as cirurgias complexas mesmo nos hospitais particulares e tantos
outros procedimentos? O Sistema Único de Saúde banca tudo isso e todos os
procedimentos dos hospitais públicos. Claro que tem que melhorar, mas se não
existisse aconteceria com os EUA que os pobres lá ficam à míngua.
Além
da maldade dos Planos de Saúde, as pessoas doentes ficam expostas e nas mãos, em
muitos casos, tanto na rede pública como na privada, de pessoas que odeiam o
Brasil, que odeiam o governo e também o que fazem como profissão, expondo suas
maldades, principalmente no relacionamento com os pacientes, porém o que salva
é que também ficam nas mãos de muitos e muitas que se dedicam com amor e exclusividade
para salvar vidas e mantê-los com qualidade.
Diante
de situações como essas sabe o que pesa mais? É o nível de carência, tanto dos
pacientes, como também dos acompanhantes, que ficam torcendo para que seus
entes queridos não tomem medicação errada, trocada ou sem necessidade, além do
stress quando da piora do paciente.
Termino
esperançoso que saiamos o mais breve possível e bem dessa situação, com uma
bela citação de Santo Agostinho:
“A esperança tem duas filhas
lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as
coisas como estão; a coragem, a mudá-las”.
Antonio Lopes
Cordeiro
Pesquisador em Gestão Pública e Social
tonicordeiro1608@gmail.com
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