Perto do sol se
por. O céu avermelhado, com ondas nas nuvens. Um belo cenário para se viver e
absorver tudo que a natureza nos oferecia gratuitamente.
Do lado esquerdo
uma bela paisagem, com uma mistura de verde em várias tonalidades. De repente
um sagui apressado subiu numa das árvores para se defender e ficou o momento em
que bicho e humanos se cruzaram com o olhar, mas a uma distância segura.
Um acorde no
violão rascunhando o que poderia ser o som de uma música e como não saia, o
jeito foi cantarolar. Algo que fizesse bem aos ouvidos e ao mesmo tempo pudesse
levar quem ouvisse a um mundo onde a razão de viver se confundisse com os
sonhos contidos.
Um momento, uma
voz, um clarão e logo veio a chuva. Uma tempestade lavou o chão, molhou as
árvores e lavou junto nossas almas que andam inquietas por não saber o que será
o amanhã.
Logo veio a
noite e com ela a vontade de se deitar e descansar, mas antes havia um acordo
de recitar uma poesia, que acalmasse a mente e fizesse o coração bater mais
forte.
Depois de
listar tudo que se conhecia, veio Neruda que dizia: “A vida esconde nos lugares
mais simples sua grande beleza, que revela qual o significado de por que
persistimos em continuar vivendo”. Neruda passando um importante recado ao ato
de viver.
Assim foi e
assim será. Um dia, uma noite e logo ali bem perto de nós pode estar o segredo
de uma vida simples e confortável, onde o pôr do sol faça parte do fim do dia e
o raiar de um novo dia nos leve ao mundo das fantasias, onde viver, brincar,
amar se confunda com o tempo de vida e de se viver...
Antonio Lopes Cordeiro (Toni Cordeiro)
Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social