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sábado, 18 de fevereiro de 2023

O que é o carnaval?

 

Imagem: 
Acadêmicos do Salgueiro no Carnaval 2023 : samba-enredo “Vermelha paixão salgueirense” - Carnaval no Brasil

Para muitos e muitas apenas uma festa pagã. Para tantas outras pessoas um momento de pura descontração e também de protestos nos enredos de algumas escolas de samba. Uma mistura de sentimentos, fantasias e de ver o povo extravasar suas neuras.

Porém existe algo no ar além dos aviões de carreira, como dizia o Barão de Itararé, quem banca ou quem financia a estrutura das escolas de samba? Esse é um tópico que merece um estudo especial, pois nele está contido dinheiro de toda ordem e origem, sem contar que algumas escolas ainda têm “dono”, como já foi no passado com o jogo do bicho...

Conta a história que o evento das escolas de samba começou na década de 1920 com a popularização do carnaval e do samba e os desfiles oficiais começaram em 1932, idealizado por Saturnino Gonçalves, sambista e primeiro presidente da Escola Estação Primeira de Mangueira.

Quem criou o evento como concurso foi Mário Filho, jornalista e dono de um jornal de esportes o “Mundo Esportivo”. O primeiro concurso teve 19 blocos e teve a Mangueira em primeiro, Vai como Pode e Linha do Estácio em segundo e Unidos da Tijuca em Terceiro. Daí em diante foi criado o universo, com algumas mudanças como vemos hoje.

Voltando ao assunto dos diversos universos que divide esse mundo da alegria, temos alguns eventos de fundamentais importância para que ele ocorra, o papel das comunidades organizadas como conteúdo e os blocos populares, que acaba pondo o povo pobre em contato com o samba e com esse momento de descontração.

A música “Visual" de Beth Carvalho, já em sua primeira parte, conta um pouco do que aconteceu com essa festa popular, onde o dinheiro interveio diretamente:

“Depois que o visual virou quesito. Na concepção desses sambeiros. O samba perdeu sua pujança, ao curvar-se à circunstancia imposta pelo dinheiro. E o samba que nasceu menino pobre, agora se veste de nobre no desfile principal. Onde o mercenarismo impõe sua gana e o sambista que não tem grana, não brinca mais o carnaval...”.

Assim como tudo no universo do capitalismo, foram criados cenários ou faixas de participação, onde na classe especial e primeiro grupo desfila um tipo de gente e nos demais a população pobre, que acaba ou fazendo sacrifício para estar entre a “nobreza do carnaval” ou vai com todo amor e carinho para as escolas menores e para os grupos.

Veja mais sobre "Escolas de Samba" em: https://brasilescola.uol.com.br/carnaval/escolas-de-samba.htm

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social