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segunda-feira, 24 de abril de 2023

Quando o céu é limite...

Diante de um mundo em desalinho, com ausência de amor e picotado pelo ódio pelos habitantes da terra plana, onde a mentira peita a todo instante a verdade, só mesmo os pensamentos e o sonhos estão isentos dessas impurezas. Os pensamentos pelo livre-arbítrio de pensar e os sonhos ao dormir por não termos o menor controle sobre eles.

A partir dessa pequena leitura sobre uma fresta da vida, sobram ainda as viagens mentais e os sonhos em pensamentos que nos movem de um ponto ao outro, trazendo histórias cheias de vida, cheiro de mato molhado da infância e a vontade de que o que nos resta em vida seja leve e nos leve a um belo arco-íris depois de cada tempestade.

Ao ousar desenhar o futuro, me vem à mente que formato deveria ter, pois o que serei, o que será, o que seremos e o que poderemos ser? De quantas retas precisamos? Quantos círculos para se contornar o passado e o presente? Que canção podemos ir cantarolando até o fim do desenho, ou o desenho não finda e vive em movimento? Com que cor o pintaremos? Quem cabe no barquinho de papel que a nossa mente projetou?

De repente uma vista inebriante vai tomando conta da nossa mente e o coração pulsa mais forte. Brisa de mar. Areia branca. Céu de verão e uma chuva fina caindo sobre as árvores que parecem dançar em agradecimento à natureza. Ao longe um pequeno rio que lança suas águas sobre o solo de um antigo piso batido, onde quem sabe lá habitava alguém que amou alguém e que hoje virou apenas lembranças a se contar.

Bem me quer sem mal algum. Uma soma de dias, vidas e sentimentos, onde aprendemos com os erros do passado, vivemos o presente de forma intensa e sonhamos com o futuro que ainda poderemos ter. Realidade ou fantasia, é assim que é, pois da mesma forma que podemos projetar um lindo horizonte, também podemos projetar a escuridão. Só cabe os sonhos de cada um e uma de nós como acabamento final.

Quem sabe sejam os anjos que se apresentam em sequencias numéricas, que de forma sutil vivem a nos dizer que o melhor ainda virá quando o amanhã acordar da noite, pois mesmo que o frio seja intenso, depois de cada inverno virá a Primavera para colorir o tempo, o nosso jardim e as nossas vidas. Por acreditar que existe uma perfeita sintonia entre o ser e a natureza em movimento, vou cuidando com carinho de cada plantinha...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico Pesquisador em Gestão Social




 

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Um pequeno giro pela política brasileira...

 

É verdade que existe no Brasil uma verdadeira overdose de partidos políticos. São 31 no total, onde a maioria deles são apenas legendas para negócios eleitorais. Normalmente com donos que compram e vendem partidos como se fossem mercadorias numa prateleira. Apenas poucos partidos mantém o rito de seguirem uma linha ideológica.

Por outro lado, quando não existem partidos é porque o país vive uma ditadura, como já vimos no passado. Aliás o Brasil teve em sua história várias ditaduras e golpes. Em regras gerais, a democracia representativa é ou seria feita para que o sistema eleitoral sobreviva, apesar de viver na UTI pelo descaso e pela falta de politização da população.

No âmbito do processo eleitoral há uma prática intencional, que a meu ver destrói o mundo da política e acaba intervindo diariamente nas decisões mais sérias para todos os setores da sociedade, onde quem perde mais e se torna enganado é justamente quem diz odiar a política e os políticos. Trabalhadores votando no patrão. Ou seja, odeiam algo que nem mesmo sabem caracterizar o que seja por pura ignorância política.

Ignora-se totalmente o legislativo, que é quem faz as leis. Uma prática construída pelo sistema e pela imprensa golpista pregando a desinformação que todos e todas roubam, por isso se vota em qualquer um e uma. Vota-se pela boniteza, porque o pastor mandou, porque fez muitas coisas no passado, enfim, vota-se pelo rótulo e não pelo conteúdo, que seria ver de que lado essa pessoa existe e que projeto ela defende que possa melhorar a qualidade de vida da população, principalmente a que mais precisa.

O que vemos no momento é o retrato fiel desse processo. Um Congresso composto em sua maioria por pessoas ricas, grandes empresários, pastores, militares e até pessoas com passagens pela polícia. Um desastre para a mediação da pobreza e dos conflitos.

Como resultados recentes vimos um golpe militar sangrento que durou 21 anos, Dilma sofrer um golpe articulado por seu vice, Lula ser preso para não ganhar a eleição e um genocida escroto ser eleito, que matou muita gente por descaso. O que estava por trás dessa história? Entre tantas maldades como exterminar os índios e outras, uma reforma trabalhista que tirou praticamente todos os direitos da classe trabalhadora.

Não é atoa que essa galera do mal implantou as escolas militarizadas, sem partido e de quebra votaram para tirar as matérias que fazem o povo pensar. É na escuridão da ignorância política que o fascismo nasce, cresce e toma o juízo de quem não ler.

Qual o remédio para esse mal? Leitura constante, participação política e formação. São ingredientes simples que entram pela mente e vai direto ao coração para os enfrentamentos necessários na construção de um outro mundo e outro tipo de vida.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

 


Cultura da Paz!!!

 

Jivaldo Oliveira*

 

Neste 20 de abril
Queremos muito disseminar
Paz e amor pelo Brasil
E a cultura de paz compartilhar.

Não vamos nos intimidar
Com atos de ódio e violência
Vamos nos solidarizar
Com a prática da benevolência.

É preciso acreditar
Na educação e na ciência
A segurança nos preservar
E avançar na consciência.

A escola é o nosso lugar
Onde produzimos conhecimento
A família a nos apoiar
É conectar engajamento.

O ato de educar
Requer parceria e dedicação
Governantes assegurar
A nossa valorização.

Iremos nessa jornada
Irmanados em gesto de gratidão
Em defesa da vida amada
Pois nossa maior arma é educação.

 

Lamarão-BA, 21 de abril 2023

*Pedagogo/Uneb; Prof. Rede Municipal e Coord. Pedagógico Rede Estadual.




quarta-feira, 19 de abril de 2023

Um livro se faz com histórias e sonhos...

 

O convite e a provocação feita pelo meu amigo-irmão Elder para produzirmos o segundo livro, repetindo o grupo de trabalho que produziu e materializou o primeiro, trouxe em meio à bagagem uma sensação boa de que tudo vale a pena, pois nossas almas não são pequenas, como dizia Fernando Pessoa e o caminho se encontra livre para sonharmos.

Eu gostaria de ser um poeta, mas não sou. Sou apenas alguém que transita no mundo das palavras, que gosta dos arranjos em prosas produzidos e chega de mansinho nos espaços literários como escritor, tendo como única preocupação levar nas minhas viagens ao jardim da alma, quem me presenteia lendo ou se atreve a ler o que escrevo.

A história do meu primeiro livro solo, pois tenho alguns escritos junto com outras pessoas, começa com o Blog em 2013, cria sustança com Elder e Ana e se faz vida com a decisão de fazer. Um dos momentos interessantes na produção, foi a busca para ser ver se o que eu escrevia era um Conto ou uma Prosa e depois de uma aula da Professora Delma do Rio de Janeiro, chegou-se à conclusão que tudo que escrevo vira Prosa.

Hoje depois de lançar o primeiro, creio que escrever se trata de um mundo à parte. Daqueles que se seleciona, ou pela fama ou pelos recursos que se tem ou não para a divulgação, mas também de um mundo apaixonante, onde para todos os efeitos quem escreve vira de alguma forma imortal, pois mesmo quando seguimos viagem a obra fica, nem que seja nas prateleiras da vida e quem sabe seja essa a imortalidade.

Mesmo sem o resultado esperado em vendas que gostaria de ter tido, o livro: Cabe um Mundo no Mundo das Palavras – Prosas no Jardim da Alma, já faz parte de muitos momentos vividos que não seria possível sem sua existência e isso me faz caminhar de forma tranquila rumo ao segundo, onde viajarei junto com as pessoas que seguirão comigo, por Memórias construídas a várias mãos, onde sonhar sempre foi possível.

Dizem que é proseando que se passa a vida, onde a prosa toque almas e os corações atentos. É assim que continuarei a escrever minha história de vida, junto com sonhadoras e sonhadores na construção de um novo mundo, onde o ato de viver seja construído a partir do ato de amar e viver seja melhor que sonhar...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social




domingo, 16 de abril de 2023

Lula e o ódio dos agentes da Casa Grande...

 

Foto:  (Ricardo Stuckert/Divulgação) 

Lula é um deus como os da mitologia? Não mesmo! É do ponto de vista humano um mortal como qualquer um ou uma de nós. Onde está a diferença para a indignação? Na missão, que poucos e poucas conseguem enxergar devido aos preconceitos. Com Lula a Senzala pode entrar sem pedir licença. O mundo da Casa Grande é escroto cheio de recortes e indiferenças. Chamam isso de meritocracia. Eu chamo de falsa ilusão, onde nada é para durar...

O pior é que tem gente da Senzala ou de muito perto dela, que pensa, se comporta e age exatamente como se fosse um ser da Casa Grande humilhando pessoas. Seja pelo que acha ser conhecimento ou por desprezo a todos e todas que sobreviveram ao caos de injustiças.

Partidário que sou de forma consciente e participativa desde o início do Partido dos Trabalhadores, mesmo no tempo em que tinha que servir ao Sistema Eleitoral, além de ser pesquisador em Gestão Social, venho ao longo dos tempos observando, analisando e tentando entender como agem quem ignora a política ou nem quer entender, em quem votaram e enxergam de forma geral a política e os políticos. Agem no senso comum por ignorância política.

Tornam-se ao longo da vida massa de manobra ou colaboradores e colaboradoras de quem trata o povo assim. Tamanha é a distância da realidade política e o que se produz nas redes no dia a dia, por exemplo, onde qualquer mentira vira uma grande verdade. Só criticam, porém não participam de nada.

Nem estou me referindo em ser de esquerda ou de direita, porque isso requer entendimento, opção política ideológica e principalmente lado, pois toda postura política tem lado. Estou me referindo apenas ao direito de votar e participar em todos os momentos, desde que não sejam de perfil fascista como foi o que ocorreu nos últimos seis anos, desde o golpe em Dilma.

Na verdade, nós militantes de uma causa não fazemos parte do mesmo mundo que essa gente enfeitiçada pelo ódio e pelo descaso com a política e nem queremos fazer. Viemos ao mundo para andarmos de mãos dadas com quem pensa como a gente e tem um propósito para viver além do econômico, que divide as pessoas e o mundo e vira um preconceito poderoso.

Eu diria até que é impossível existir amor a partir desses dois mundos, pois ódio e amor jamais estarão do mesmo lado. Quem não consegue cuidar e curtir uma flor jamais conseguirá ter um jardim físico, quem dirá um Jardim na Alma...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

terça-feira, 11 de abril de 2023

Deu a louca no mundo?

Juntando tudo que ocorreu de sinistro nos últimos anos, desde o golpe à Presidenta Dilma, com as milhares de mortes que podiam ser evitadas, com loucos e loucas armados até os dentes seguindo o “mito” do mal, além do incentivo à violência por quem devia combater, só podia resultar nas loucuras com requinte de barbárie e crueldade que estão ocorrendo no momento.

O que parece é que estamos diante de uma nova versão do filme: “Deu a louca no mundo”. Uma versão tupiniquim iniciada há quatro anos, quando um povo sem noção política e cúmplice resolveu eleger um Anticristo genocida que matou milhares de pessoas com seu deboche e negacionismo, quando já tinha tomado a vacina escondido de seus seguidores e seguidoras.

Fico imaginando o que será do futuro em que os valores e os princípios que defendemos a duras penas moram há anos luz dessa louca realidade. É certo que vencemos as eleições, mesmo diante de todas as fraudes geradas, com gente sendo impedidas de votar e o ódio comento solto por onde passávamos. O “mito” do mal foi derrotado, porém o ódio de quem o segue não.

Famílias se dividiram, amizades foram desfeitas, o luto tomou conta do país e a tristeza andou de passos largos, mas por mais uma vez, o amor venceu o ódio e todos os setores perseguidos estão buscando sintonia com quem prega a harmonia ao invés de desavença com armas na mão.

Somos seguidores e seguidoras de Paulo Freire e de tantos outros pensadores odiados por quem não lê. Lemos sobre história, filosofia, sociologia, antropologia e tantos outros temas que nos fazem pensar e foram banalizadas pelo feitor de desavenças e ainda são por quem o segue. Sabemos que além das tragédias que ocorrem em determinados ciclos, o bem acaba vencendo.

A história da humanidade é assim. O bem e o mal se digladiando. O amor e o ódio medindo forças diariamente e as pessoas tentando se encontrar sobre quem são, quais suas missões, o que vieram fazer em vida e o que deixarão como história. Há quem só deixe rastros e há quem lute todos os dias para construir saídas onde o mal tenta se apoderar. Faço parte desse mundo.

Nós militantes por uma causa somos sobreviventes do caos, pois caminhamos de mãos dadas no front onde os desmandos acontecem, levando esperança onde amor é descartado pelas facilidades expostas e acreditando em nossas utopias alimentadas pelos sonhos diários de uma nova vida, onde o amor e o amar sejam protagonistas para o renascer de um novo mundo.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social