Mensagem

Faça seu comentário no link abaixo da matéria publicada.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

UM NOVO OLHAR...

 

Às vezes passamos por situações que não compreendemos, que muitas vezes não fazem sentido e nos machuca física e psicologicamente, bem lá no íntimo. Bagunça tudo, embaça e cega nossa visão.

Eu passei ou estou passando por um desses momentos. Estar entre a vida e a morte nos coloca neste labirinto de sentimentos e vivências, nos aproxima e nos afasta, nos cega e nos faz enxergar, faz morrer e renascer. Sim morrer, pois partes suas de fato morrem, no meu caso o orgulho, o ego, a vaidade e a soberba, ficaram lá na intubação que tive devido o Covid-19, e quando renasci, um novo olhar surgiu.

Um novo olhar para as relações que deixamos se tornar superficial, online e frágil, o que há de mais precioso do que as pessoas que amamos? Quando estamos sozinhos, isolados e abatidos nada é mais importante que um abraço, uma palavra e a presença de quem se ama. As redes sociais nos aproximam de quem está longe, mas nos distância de quem está perto, hoje valorizo como nunca um abraço, o olho o olho e um sorriso caloroso. Ter a família e os amigos por perto é o melhor presente que podemos ter. Eu tive uma experiencia muito singular e emocionante, que me fez ver o mundo mais bonito, as pessoas conhecidas e não conhecidas que intercederam por mim, as varias preces e orações, cada um dá sua forma, teve uma dimensão que não posso quantificar, isso foi e me fez sentir de forma muito especial. Mesmo depois de desenganada pelos médicos, eu voltei a respirar sozinha depois de tantas pessoas ter respirado por mim em orações e choro.

Um novo olhar para espiritualidade, como podemos deixar isso de lado, eu particularmente acredito em Deus, e minha ligação com ele foi tão especial e peculiar, a conexão e a intimidade que criamos nunca mais se romperá, eu o senti no íntimo, no físico e nas pessoas que ali estavam e nas que relataram experiências quando foram interceder por mim, me emociona profundamente. Eu senti o amor de Deus em cada um de vocês

Um novo olhar para as minhas prioridades, passamos nossa breve vida, em busca de coisas materiais, de segurança financeira, de um futuro estável, de uma história de amor eterno, sem ao menos se dar conta que o segundo seguinte já é o futuro, não aproveitamos a viagem, as companhias, as belezas e os detalhes do agora. Parece muito poético e utópico né? Eu imagino que você escute dessa forma quando falo essas coisas, mas é exatamente o que sinto e gostaria que todos entendessem, nada além disso é mais importante.

Enfim, um novo olhar para a vida e para essa nova oportunidade diária que é viver!

 Débora Machado
Psicóloga e Pesquisadora Cientifica.


quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Professora, Professor...


 

A todas as profissões
Precisamos dar valor
Respeitando todo o esforço
Do povo trabalhador

Mas uma em especial
Necessita mais amor
Isso mesmo, estou falando
Do querido professor

És do aluno quase mãe
Professor e professora
Sua arte de ensinar
Deve ser libertadora

Geografia ou Ciências
História ou matemática
Qualquer que seja a matéria
Na teoria ou na prática

O desejo de aprender
O carinho ao ensinar
Sempre se fortalecendo
Pela profissão amar

O Papa exalta o professor
Ao falar de educação
Apesar de “sempre mal pago”
Do futuro é o artesão

Para ele o professor
Deve sempre integrar:
Mãos, cabeça e coração
No seu ato de ensinar

Siga sempre com coragem
Professora e Professor
Pois, no fundo o que ensinas
É o Beabá do amor...

Autoria: Arlete Rogoginski

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

O SORRISO DE UMA CRIANÇA

 


Percebemos vida e sonhos
No sorriso da criança
Toda paz e tom sereno
Transmitindo esperança

Depende de todos nós
O mundo que precisamos
Que seja mais habitável
Para aqueles que amamos
 

Amamos a natureza
E tudo o que representa
Amamos o ser humano
Que da terra se sustenta
 

A criança tem o poder
De mudar o ambiente
Trazendo a alegria
De viver nosso presente
 

Papa Francisco nos lembra
Desse ser tão precioso:
“Brincar com nossas crianças
É um gesto grandioso”
 

Doces, balas, brincadeiras
Sorrisos e muita alegria
Que a criança interior
Seja nossa companhia!
 

Valorize cada instante”
A criança nos ensina
Com seu olhar e sorriso
E presença quase divina

 

Autoria: Arlete Rogoginski


sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Os Desafios do Processo Eleitoral Atual - Vale a Vida por um Voto?

 

O processo eleitoral embrutece e aliena uma parte da sociedade? Que tipo de abordagem poderá ser diferente nessas eleições? Vale tudo por um voto? Que estratégia seguir para atrair a atenção do eleitorado sem riscos? Como atingir números exponenciais de votos sem invadir a vida das pessoas ou levar o vírus a tiracolo nas diversas formas de abordagens?

São perguntas de respostas complexas, que exigem muita responsabilidade para respondê-las ou um grau de comprometimento muito alto de quem está planejando em equipe e buscando as melhores alternativas em busca de resultados.

Desafiando-nos em busca do grande Eixo que sustentava um mutirão habitacional de 200 famílias em São Bernardo do Campo em 1989, Paulo Freire nos fez uma analogia com um carrossel e nos pôs a refletir por dois dias, até chegarmos à conclusão de que aquele trabalho só poderia ser chamado de mutirão quando a entidade e as pessoas que o compunham saíssem do individual para o coletivo, que muda todo percurso e cria uma nova concepção de projeto e de estratégias de planejamento. Paulo Freire viajou conosco nos nossos sonhos de moradia e na concepção de habitar em comunidade a partir de uma prática coletiva, que remete a um trabalho de mente e coração na construção de vários sentimentos juntos e ações a várias mãos.

Passadas algumas décadas da nobre conversa com Paulo Freire e com um trabalho de gestão e científico que lhe dá sustentação, não tenho dúvidas que um trabalho eleitoral compartilhado e participativo é um grande mutirão, com todos os ingredientes, crises humanas e interesses diversos que pauta o dia a dia de quem o compõe. Porém se uma casa for erguida nesse formato ou uma campanha eleitoral for bem trabalhada nessa direção, o sabor de vitória será vivenciado independente do resultado final.

Como pesquisador focado no momento, trago uma visão bem conservadora a partir de algumas leituras do que vivemos e de algumas conversas sobre a abordagem convencional de candidatos e candidatas em tempos de pandemia. Há um sentimento de necessidade de distanciamento de candidatos e candidatas, que surgem do nada para atrair a atenção da população em todos os ambientes possíveis e uma irritação grande sobre o grande número de materiais que irá inundar as caixinhas de correio de milhares de pessoas, onde a maioria não será lida e sim irá direto ao lixo.

Não precisa ser um exímio analista político formado em Harvard para se chegar à conclusão de que estaremos diante de uma eleição com uma complexidade jamais imaginada e que requer muita calma diante dos perigos eminentes e uma dose alta de sabedoria para se buscar os resultados esperados sem se comprometer com o que possa ocorrer nas abordagens e ações impensadas em busca de votos, assim como com os cuidados com a própria vida. O que fazer para se tornar uma campanha competitiva?

Creio que a melhor saída para quem preserva a vida ou não quer se comprometer com a saúde alheia, seja uso inteligente, estratégico e planejado das Redes e Mídias Sociais, aliado a um plano de ação de pequenas reuniões agendadas, com todo cuidado sanitário possível e alternativas virtuais que sejam capazes de levar a proposta a milhares de pessoas com um custo baixo e pelo menos um momento de materiais impressos, principalmente na reta final, mesmo se correndo o risco de contaminar alguém e o material ir direto ao lixo. Para os bons ou para as boas, entendedores e entendedoras, chegou o momento de se intensificar o trabalho em rede, tanto virtual como presencial, com agentes multiplicadores de um projeto, uma ideia e uma ação.

Tem duas coisas na política que nossas mães nos ensinaram e continuam como verdades quase absolutas: “Diz-me com quem andas que direi quem és” e “Tudo na vida tem um preço”, ainda mais na vida política eleitoral que é pautada cem por cento por interesses diversos, sejam pessoais ou dos grupos onde a maioria está envolvida.

Que possamos tirar desse processo eleitoral os ensinamentos necessários para a construção de um futuro sem Medo de Ser Feliz, com Campanhas e possíveis Mandatos Compartilhados e Participativos, onde a nossa dignidade seja preservada e a luta por direitos, através da organização popular, seja a pauta principal, independentemente dos resultados eleitorais. Que tal?

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
tonicordeiro1608@gmail.com