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segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Às vezes precisamos de uma mão para atravessar o Rio

 

Fiquei imaginando o que escrever como último post do ano, que mostrasse um ar de otimismo, apesar de um ano que tínhamos que apagar da história, tamanho os absurdos que ocorreram.  Tudo isso me lembra o Teatro do Absurdo que tantos discutíamos nas leituras de mesa.

Minha pretensão nesse texto é convidar quem ler para uma pequena viagem em minhas inquietações e sonhos e analisando as soluções que procuramos no dia a dia, como resposta aos diversos obstáculos que nos aparecem, como uma verdadeira travessia nos diversos rios da vida. Porém quero iniciar com o relato de um sonho que tive que não me sai da cabeça.

Sonhei a alguns dias que andava num vale desconhecido povoado por seres gigantes. Eram figuras enormes, que com um simples toque podiam interromper a passagem de seres como eu que caminhavam pelas veredas da vida. Lembro-me que sentia medo do que pudesse acontecer. A pergunta era: onde eu podia me esconder do perigo, se não conhecia o caminho?

Lembro-me ainda que para me sentir seguro tinha que atravessar um longo rio, sem saber o que poderia encontrar no caminho e o que havia do outro lado. De repente me lembrei de que não sabia nadar. Uma espécie de medo, frustração, insegurança e pavor tomaram-me naquele instante por não saber o que fazer. Fiz planos mirabolantes, tentei me esconder para ganhar tempo e cantei para disfarçar. Depois de um tempo interminável acordei com a nítida sensação de que ia ser devorado por algum gigante que me descobrisse naquela situação.

Às vezes é assim que nos sentimos, ora eufóricos por acreditar que venha o rio que vier pela frente que faremos a travessia, tamanho é o nosso entusiasmo e segurança e ora inseguros por não sabermos com clareza com quem podemos contar para a travessia e quem ficará conosco do outro lado do rio. Qual o solução para situações como essa? Aprender a nadar e apostar em companheiros e companheiras que achamos que estará conosco em qualquer situação. Erros e acerto fazem parte das nossas viagens, mas o que não podemos é desistir de tentar. Sempre acreditar ser possível atravessar.

Por mais que achemos que somos seres completos e que nos bastamos, somos seres em eternas mudanças, em ebulição e em constante recriação. Somos hoje o resultado do que éramos ontem, aliados aos sonhos do que podemos ser amanhã. Ninguém se sente feliz ou seguro caminhando sozinho.Somos seres que precisamos de outros seres que nos façam companhia.

A partir desse cenário, algumas perguntas nos vêm diariamente. Como viver a vida em sua plenitude? O que fazer para nutrir nossos sonhos? Com quem podemos contar na atualidade que atravessaria o rio conosco?

A vida é apenas uma curta viagem que não temos o menor controle sobre ela. Um presente a ser vivido dia após dia até o último dia. Composta por adoráveis momentos, fortes lembranças, mas também de vários obstáculos a serem vencidos em sua trajetória. Aconselha-se vivê-la um dia de cada vez com uma noite no meio, que tanto pode ser de plena escuridão, como acompanhada por um céu estrelado e uma linda lua a colorir sua imensidão. Você já dormiu mirando um céu estrelado? Dizem que é cena inesquecível.

Precisamos de muita sabedoria para identificar quem é quem na escalada da vida, para que não cometamos o erro de nivelar ou tudo por cima ou tudo por baixo, que se constitui num julgamento prévio de conclusão de algo ou de alguém que não temos a história completa para julgarmos com convicção. Ou quem sabe o erro seja definir e concluir um ser, às vezes pelas nossas inquietações, que pode muito bem nos surpreender de forma positiva. Assim sendo, muita calma nessa hora. Aprender, crescer e mudar é o caminho.

Quantos rios, tivemos que atravessar sabendo ou não nadar. Quantos medos, tivemos que superar para fazermos a travessia sozinhos. Quanta água, tivemos que enfrentar para chegarmos até aqui. Essa soma de resultados é que chamamos de experiência de vida e uma parte importante das nossas histórias. O bom mesmo é saber que a vida segue seu curso natural, mas enquanto vida tivermos, o rumo das nossas vidas ainda está em nossas mãos.

Sábios e sábias serão aqueles e aquelas que entenderem que nunca sabemos tudo, que somos eternos aprendizes no ato de viver, que precisamos sempre de alguém para atravessar conosco os diversos rios da vida e se a vida nos permitir com vida, nós faremos a travessia de 2019 para 2020 querendo mais, buscando mais, amando muito mais e acreditando que o melhor ainda está por vir. Estarei sempre com a mão estendida para ser solidário na travessia de alguém. Feliz travessia para todos e todas! Seguimos juntos!

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

O LOOPING E A SAÍDA PELA ESQUERDA

Foto: Portinari - Parte do quadro Guerra e Paz

No ano de 2019 vivemos tempos únicos para a nossa geração. Entre diversos fatos, cenários e um Golpe de Estado, gostaria de esclarecer que o presente texto não se esgota nas poucas reflexões dos seus parágrafos. Este artigo pretende aprofundar sobre um diálogo fraterno entre as massas, o Looping e a vanguarda política da esquerda brasileira e latino americana.

São tempos de cem anos da morte de Rosa Luxemburgo, um ano sem Marielle Franco. Tempos em que metade do ano se deu como prisão e os demais meses como liberdade, ainda que temporária, mas com a liberdade do ex presidente Lula. São tempos de centenas de atos em diversas cidades brasileiras contra os ataques no mundo do trabalho e nos direitos sociais.

Tempo de resistência ao modelo fascista imposto pelo governo federal, comandado pelo presidente Jair Bolsonaro que através de um golpe chega ao poder. Este governo se constitui conjunto às igrejas neo pentecostais, empresariado, imprensa, judiciário, latifundiários e com as milícias. Um equilíbrio de forças que se traduz na ascensão do neoliberalismo e o neoconservadorismo no país.

São tempos também para refletir até quando vamos ignorar a realidade social vivenciada pela população pobre. Não que as vanguardas da esquerda brasileira não se importem com a pobreza, mas antes disso. Qual a percepção de revolução que temos dialogado com a sociedade, quem são os atores políticos deste cenário posto? O que o Marx chamaria de Lopping do Proletariado poderia ser considerado?

Nos últimos meses deste ano, como exemplo o filme Coringa e sua proximidade com os personagens do esquadrão suicida da DC Comics reforçam um debate na sociedade, em especial aos mais jovens. Através do cinema como expressão artística, as frustrações, sofrimento mental derivada da violência capitalista nos levarão sem dúvidas à barbárie. Não há mudança mais objetiva do que a força se coloca. Como Lênin nos convida à poesia, nas noites mais escuras se mostram mais brilhantes as estrelas.

Porém, no centenário de Rosa Luxemburgo, a importância de pensar o papel das massas e da vanguarda se faz a cada dia mais necessário. As nossas direções políticas da esquerda brasileira e latino americana tem condições de propor a direção apenas com as massas que hoje se alinham politicamente? Quem falta nesta construção? Até quando vamos deixar de lado setores criminalizados como aqueles que se realinham entre a sobrevivência dos presídios, a resistência a ordem jurídica posta.

O que se configura como Looping do proletariado isoladamente não consegue fazer a revolução, dará voltas dentro de si. Mas se houver a direção? Quem tem a possibilidade de contribuir com estes caminhos?

O Lopping do proletariado é na atual conjuntura capitalista revolucionário apenas por existir, ou melhor resistir. Estar na contramão dos valores morais e religiosos e dar conta de propor atos heroicos em uma sociedade punitivista e proibicionista como a que vivemos na América Latina por si já é revolucionário. O descontentamento com as condições de vida, a frustração social provocada frente as mazelas do capital e a meritocracia desviam boa parcela da classe trabalhadora ao Looping do proletariado.

Arrisco afirmar que toda a classe trabalhadora, de formas diferentes tem a sua contribuição no processo revolucionário, na coragem das armas mesmo sem um entendimento da importância política e da ausência da coragem de propor a continuidade da história da revolta popular, mas compreendendo a importância da direção por uma outra ordem de sociedade.

O que as vanguardas devem compreender que a sociedade é criada dentro da ideologia burguesa, não somos nascidos para ser revolucionários. A nossa capacidade de acreditar na opção de classe e que classe em si e para si é um elemento fundamental para perceber que todas e todos nas relações sociais podem ter um papel estratégico e revolucionário, a direção da história é o seu tempo. Marx nos ensina que a história da humanidade é a história da luta de classes e mulheres e homens fazem as mudanças históricas nas suas condições objetivas.

O que passa para além do código penal brasileiro é a resistência da grande maioria do povo que frustrado socialmente não aceita mais ser humilhado nas condições postas pelo capital, Qual a cor, a origem e o perfil de quem está socialmente criminalizado, condenado ou não?

Se o Looping não tem direção que a vanguarda seja! Se a vanguarda não tem a ousadia que o Looping seja!

É hora de traduzir toda as violências do capital e as reações, por mais diversas amorais que sejam, mas datadas pela classe trabalhadora (inclusive o Looping) como ações possíveis de uma reorganização do poder popular.

A história das lutas sociais no Brasil tem como exemplo o Banditismo no sertão brasileiro, sendo que Maria Bonita, Lampião e diversos atores políticos importantes que se entendiam como bandoleiros, cangaceiros e matreiros foram também exemplo de nossa história. Toda resistência parte da ilegalidade, porque a ordem posta não configurará os cenários de avanço das trabalhadoras e trabalhadores da luta de classes como revolucionários.

Mariguella, à 50 anos atrás foi condenado a pena de morte por ocupar a rádio nacional e construir um alinhamento político entre toda a classe trabalhadora sobre as formas de resistência e luta contra a ditadura civil, empresarial e militar que durou 20 anos no Brasil.

Quem são os bandidos? Somos os bandidos? Somos a revolução e todas e todos temos a sua importância e o seu espaço na construção histórica do poder poder. O medo nos serve de fomento para ousadia e coragem, inclusive de possibilitar a escrita para a leitura deste texto. A América Latina sangra e resiste e não haverá justiça, paz e liberdade enquanto nosso território servir de quintal para o imperialismo sem resistência.

Povo latino-americano, e todos os povos, uni-vos!
Leonardo Koury
Belo Horizonte - MG

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Uma linha imaginária que liga sonhos à realidade


Não se preocupe com a distância entre os seus sonhos e a realidade. Preocupe-se com a constância em que coloca em pratica as suas ideias!!! (Fabian Baldovino) #mindset
Sonhos, fantasias, utopias, crenças, ilusões, paixões, amor e tantas outras subjeções que habitam nossas cabeças e nossos corações e quem sabe sejam elas que acabam alimentando a nossa própria razão de viver. Quando uma pessoa para de sonhar ou de amar está morta para a vida e quem morre para a vida morre também para si próprio.

O objetivo dessa prosa em final de ano é caminhar por veredas onde a construção dos sonhos, das fantasias e das utopias se dá. Onde se busca o alimento necessário para se acreditar no ato de viver e no de amar. O amor que é a última instância da nossa sensibilidade, onde habita o ser, o ter e o viver. Onde se produz expectativas abstratas e onde nossa imaginação anda muito mais rápido que a velocidade do ar. O mesmo ar que respiramos e que nos dá vida, que às vezes o dividimos com alguém para que forme um par. Um ciclo que faz o coração bater mais forte com a possibilidade da realização do que se sonha e se entristecer quando tudo não passa de uma bela ilusão.

Às vezes nos deparamos com pessoas tão certinhas em termos de projeto de vida, que até imaginamos que elas tenham saído das histórias em quadrinhos diante da realidade de cada um de nós e isso, primeiro nos assusta pela comparação e segundo nos remete a fazermos uma reflexão para se saber o que foi, o que é ou o que ainda poderá ser em termos de vida, mesmo que dependamos da sorte, da junção de acertos, do bom uso do tempo, para que alguma coisa extraordinária ocorra, além da possibilidade de que nada ocorra em contrário e torcermos para que estejamos aqui para comemorarmos as vitórias e conquistas obtidas. Algo exclusivamente ligado ao destino e ao acaso. A vida é apenas um sopro que não temos o menos controle.

Em regras gerais, algumas dessas pessoas certinhas foram mais eficazes na busca dos melhores resultados, das melhores práticas e souberam se planejar para o tempo vindouro. Enquanto isso quem está muito distante dessa realidade sente os dias de vida fugirem das mãos e uma sensação de derrota logo aparece para questionar se ainda dá tempo ou não. Aí vêm os sonhos e as utopias nos dizendo que enquanto há vida há esperanças e reais condições de acontecer. O que não se pode é desistir.

Em profunda reflexão me vem sempre à cabeça a conversa que tive com Paulo Freire em 1989, que ele fechou dizendo: “Nunca esqueça que somos seres movidos por sonhos, que temos que alimentá-los todos os dias para que não morram e quem move os sonhos são as nossas utopias, que se constituem numa longa caminhada de crenças rumo ao futuro e à nossa própria história de vida”.

Por um lado caminhamos pelos nossos pensamentos sem certeza alguma. Buscando às vezes o que nem imaginamos existir, mas por outro, acreditamos nos sonhos e nos alimentamos deles como se tivéssemos bem perto de suas realizações e é isso que nos faz continuarmos caminhando. Dormimos no hoje e acordamos no amanhã. Uma passagem simbólica que junta num curto espaço de tempo passado, presente e futuro.

Um intervalo no tempo onde uma viagem interior acontece através dos sonhos, sem termos o mínimo de controle sobre ela e sobre eles. Quando acordamos lembramos apenas de uma pequena parcela desses sonhos, ou às vezes nenhum deles. Quem sabe as respostas para a maioria das nossas perguntas estejam naqueles sonhos que se perderam no sono profundo e sobra apenas a vontade de que essas respostas do que almejamos possam estar no próximo sonho que tivermos e lembrarmos.

Mais um final de ano se aproxima e nosso imaginário é levado a construir sonhos para o novo ano. Algo inerente aos seres humanos que ainda conseguem sonhar.

Um momento onde mente e coração andam de mãos dadas comemorando o que se conquistou até o momento e um nutrindo o outro para que novas coisas boas possam dar o ar da graça no ano que se aproxima. Precisamos entender apenas que coisas novas só poderão acontecer em nossas vidas se nos dispusermos a fazer coisas novas.

Que nunca paremos de sonhar. Que sejamos alimento para novos sonhos. Que sejamos refúgio para quem nos procura, luz para quem nos segue e amor para quem enxerga em nós uma nova forma de amar. Boa caminhada para todos e todas rumo ao que se sonha...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

E se...


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Quem sabe que por falta de assunto ou ainda para não repetir o mantra de que estamos em pleno caos, que esse caos nos invade e com muito pouca perspectiva de mudanças em curto prazo, mesmo para quem tem uma causa para lutar, trago para reflexão um fragmento nas nossas inquietudes, que requer um olhar atencioso no passado e um pensar mais profundo do que possa ser feito de diferente no presente de nossas vidas. Um olhar para o que já foi, para o que é e para o que gostaríamos que fosse ao amanhã, mesmo em dias nublados, mas sempre esperando que o melhor ainda está por vir.

Um tema que nos leve a refletir e fazer um exame de consciência, para ajustarmos o foco do presente mirando nossos sonhos e utopias futuras.

E se... Tivéssemos o poder de voltarmos ao passado da nossa existência, ao ocorrido ontem, ao dia anterior, ou ainda há minutos atrás, seja em que passado e tempo forem, o que faríamos de diferente? O que mudaríamos em nossas decisões ou em algo que fizemos e nos arrependemos em fazer? O que o ocorrido de forma diferente poderia ter mudado em nossas vidas? O que desagradou ou feriu alguém, teria conserto? Ainda é possível ser feito?

Enfim, o que pretendo chamar a atenção nessa complexa temática, é que passado, presente e futuro estão sempre na pauta das nossas decisões e às vezes por distração ou mesmo por certa arrogância, nem nos damos conta e quando acordamos já nem dá mais tempo do que poderia ter sido feito...

Vale lembrar que muitas das nossas decisões e atitudes ocorrem em muitos casos apenas para justificarmos o nada ou enfatizarmos para outras pessoas que somos assim ou somos assados e nada acrescentam de valor em nossas vidas. É quando o senso de liberdade que achamos ter ultrapassa a barreira do bom senso e acaba como um troféu de coisa alguma...

Uma pesquisa feita com essa dimensão, por certo revelaria que cada pessoa teria uma história para contar de algo que se arrependeu em fazer ou que faria de forma diferente, que não foi feito por falta de atitude, ou quem sabe de alguma atitude tomada que mudou o ciclo natural da vida. Algo que requer apenas uma reflexão para que se possa fazer de forma diferente no presente, mas jamais para ficar preso na bolha do tempo venerando o passado. O que foi se foi...

Algo é certo! Tudo isso nos mostra de forma muito clara que somos seres frágeis perante a vida, pois nem podemos mudar o passado, tampouco temos qualquer controle sobre o futuro e assim só nos cabe um olhar com muita atenção para o presente, para que o amanhã seja perto do que gostaríamos que fosse. Que tal cuidarmos com carinho do que temos para o momento?

Certa vez conversando com uma pessoa sábia ela me disse que como humanos que somos nunca devemos dar o ar de que sabemos tudo, pois na imensidão da vida sabemos muito pouco e quando sabemos ou não damos a importância devida ou não sabemos o que fazer com o que temos em mãos, em nossas cabeças e principalmente em nossos corações e por isso muita coisa se perde no vácuo das nossas indecisões ou indefinições. Quando menos se espera o tempo trouxe e o tempo levou de volta. Quem sabe isso ocorra por apenas usarmos dez por cento do nosso cérebro e as nossas certezas estarem em algum lugar dos noventa por cento que desconhecemos.

Estamos diante de um final de ano que se bem analisado temos que dar Graças por termos sobrevivido e temos que comemorar a vida, tamanha a estupidez de tudo que aconteceu. Perdemos pessoas para a morte, mas também algumas delas pelas escolhas que fizeram e nos separou em vida. 

E se tudo tivesse sido diferente? E se tivéssemos sido mais tolerantes? E se o acaso não tivesse intervido ao que imaginávamos ser o destino? E se a vida não tivesse dado uma curva que nos colocou em plena encruzilhada?

O que passou não volta mais e nem deve ser visto como algo tão relevante, pois o relevante mesmo é termos acordado hoje, ouvido uma música que alguém por descuido nos mandou e imaginarmos que tudo pode ser diferente e que as nossas decisões estão no livre arbítrio do que ainda podemos ser.

Que venham as festas, que venham os sonhos, que venha a vontade de viver. Que venham os momentos de celebração de todas as utopias que nos fazem existir e caminhar, mas que venham principalmente nossos cuidados e atenção com a arte de amar, porque amar é viver e viver é amar.

Salve o ontem da nossa existência por tudo que tivemos. Salve o hoje com o que conquistamos e está em nossas mãos e salve o amanhã que é onde deixaremos nossas histórias espetadas na árvore da vida.


Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social