Tempo, que és Senhor da Razão, caminhas lado a
lado com a minha essência e me ajudas a refazer o percurso que tracei visando o
amanhã, para que, quando o amanhã chegar, eu não me envergonhe do tempo que
passou.
Invadas
minha alma quando eu estiver distraído e me conduzas a um lugar seguro. Leva-me
ao topo de uma montanha onde eu possa enxergar a linha do horizonte e sentir
uma leve brisa tocar meu rosto.
Mudas
minha essência, se necessário for. Fortaleces minha razão de ser e não me
deixes enveredar pelas emoções da vida quando o momento exigir determinação e
coragem.
Não
me deixes cegar pelo ódio, tampouco enxergar amor onde à falsidade habitar. Os
inimigos do povo de bem também serão os meus.
Ajuda-me
a levantar quando a vida me der pequenos tombos e que eu possa me erguer mais
forte do que eu era ou estava e possa continuar na minha caminhada em busca de
um novo amanhã, junto com todos os sonhadores e sonhadoras, que lutam na
construção de uma nova sociedade.
Faz-me
enxergar as entrelinhas da minha vida que em muitos casos me inebria de falsos
sentimentos e se disfarça de boas vindas e fáceis soluções.
Mostra-me
as possíveis soluções e me passes força para os combates necessários que
poderão vir e que eu nunca me acovarde diante da defesa intransigente da justiça
e da liberdade.
Ajuda-me
a resolver algumas equações que a vida apresenta e alguns enigmas que não
consigo decifrar:
Que códigos são esses?
Que segredos guardam?
Quem está do outro lado?
Quem são essas pessoas?
Que segredos guardam?
Quem está do outro lado?
Quem são essas pessoas?
Conduza-me,
se necessário na busca de soluções, há tempos passados, para que eu possa ir de
encontro às raízes da minha existência.
Estejas
comigo sempre e me mostres o que se esconde por trás dos arvoredos. Rostos me
confundem. Sombras brincam na escuridão e sei que do outro lado um lindo sol me
espera. Ajuda-me, portanto, a fazer com segurança, essa passagem de um tempo
para o outro e que eu nunca me confunda de que lado sempre estive e com quem
sempre deverei estar.
Enveredas
comigo pelas veredas da vida e pelos becos apertados das lutas concretas onde vultos em forma de gente somem e aparecem. Ajuda-me a decifrar se por acaso for uma mensagem e o caminho que
devo seguir.
Ajuda-me
por fim, para que eu me complete enquanto é tempo, visto que me considero um
ser incompleto em busca de completude e em constante mudança. Refaço-me sempre
quando encontro minha outra parte.
Estejas
comigo em todos os momentos que eu estiver escrevendo ou reescrevendo parte da
minha história de vida que um dia deixarei para a humanidade. Uma história
escrita a várias mãos. Uma história plural.
Venha-nos,
pois agora não sou mais eu e sim uma nova forma de pensar e agir
coletivamente, intervir onde a casa rui, onde a dor habita e onde o riacho seca
por falta de água. Conforta-nos nesse momento...
Ajude-nos
a recompor o cenário que ora se destrói e nele possamos colorir gente com jeito
de gente e não espectros do mal, e que tenhamos num futuro breve a oportunidade
de cantarmos juntos quando o amanhã chegar, a tão sonhada canção da liberdade e
da vitória.
Tempo que o tempo leva.
Tempo que o tempo traz.
Tempo passado e presente.
Tempo que não se desfaz.
Tempo que o tempo traz.
Tempo passado e presente.
Tempo que não se desfaz.
Antonio
Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública e Social
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública e Social
Grato, compa Toni!
ResponderExcluirObrigado meu caro amigo...
ExcluirSeguimos juntos.
Reconfortante...sigamos em frente.
ResponderExcluirMuito agradecido!
Olá Airton
ExcluirMuito grato pela leitura e pelo comentário.
Abraço
Toni, que bom ler seu texto .
ResponderExcluirRevigora a alma
Olá Vera
ExcluirQue bom que gostou. Muito grato
Abraço
Muito Belo e revigorante texto. Obrigada.
ResponderExcluirOlá Maria
ExcluirQue bom que gostou. Escrevo com o coração.
Abraço