Você
já parou para pensar no cenário político-econômico-social que estamos vivendo?
O que deve ser verdade? O que deve ser mentira? Quais as maldades em jogo? Qual
é a real situação da sociedade e do país? Quem adulterou o cenário em beneficio
próprio? Qual o seu papel nessa história?
Enfim,
são tantas perguntas que às vezes muitos se perdem nas possíveis respostas,
pelo simples fato de não estarem atentos ao que se defende como projeto de vida
e não estarem conectados com as causas humanas que estão sendo delapidadas. Aliás,
nunca foi tão difícil acompanhar as inúmeras conjunturas que ocorre no país, às
vezes no mesmo dia. O próprio PIG que se mostra grande sabedor passa cada mico
que só.
Muitas
pessoas desistem até de sonhar, perdidas no horizonte pintado por ilustres
representantes da elite devassa sem cores. Isso gera, além do desconforto de
achar que nunca mais será possível, certa aptidão pelas pessoas tristes em
seguir falsos líderes ou em acreditar na bruxa da Branca de Neve.
A
sociedade capitalista é cruel. Classifica as pessoas e as selecionam a partir
da meritocracia, comandada e disputada por apenas 20% da humanidade e os 80%
restantes, segundo eles, vieram ao mundo para servi-los.
Aprofundando
esse problema, chegamos às religiões, onde muitas delas pregam a Teologia da
Prosperidade, vendendo a ideia de que basta seguir os mandos de um pastor, para
que sua vida tenha prosperidade. Uma heresia, tratada como se o mundo se
dividisse apenas na dualidade de ricos e pobres, ou os de bem de vida e os que
nunca terão nada e, portanto, deverão sempre servir os que têm ou que
conseguiram ter.
Certa
vez li um artigo com o título: “No universo da sociedade nem tudo é verdade”.
Há tantos interesses em jogo que seria impossível enumerá-los nesse post. Desde
o deus mercado que oferece o paraíso e vende o purgatório, passando por várias
igrejas que vende a salvação, mas em troca a alma já foi vendida e chegando-se
ao sombrio mundo da política como profissão, onde uma pessoa, que se acha
iluminada, quer ter o direito de nascer político de carreira e morrer como tal.
Exatamente como era o Senado antigamente no tempo do Império. Ninguém é tão bom
que não mereça ser substituído, desde que seja por alguém que defende as causas
coletivas.
Há
de se entender que tudo não passa de uma grande peça teatral e o que é pior, em
certos casos, uma grande tragédia humana. O que é o capitalismo onde metade da
população mundial passa fome, senão uma grande tragédia? O que é a oposição direitista
e golpista brasileira posando de democratas éticos, senão uma grande chanchada?
A vida é como uma peça teatral. O grande problema é que não se permite ensaios.
Errar e acertar fará parte do resultado final, mesmo contra a nossa vontade.
Normalmente pensamos que se o ano que acabou não foi bom,
que venha o próximo que o receberemos com muito mais energia. Sem planejamento,
mas com muita vontade de mudar. Não é o ano de 2016 que tem que ser diferente e
sim cada um e cada uma de nós. Temos que ter atitudes positivas, imaginando que
se não conseguirmos mudar a sociedade como um todo, mas se fizermos a caminhada
juntos com quem confiamos e que defende a mesma causa que defendemos,
plantaremos a mudança durante o caminho. Faremos uma grande revolução
silenciosa.
Em
minha opinião, um dos maiores problemas humanos, vem do fato das pessoas não
saberem o que vieram fazer na vida. Não terem um projeto. Qual a missão a ser
cumprida e principalmente que caminhos e com quem seguirão. Essas pessoas na
prática não vivem e sim vegetam. Não conduzem. São conduzidas. Assim, a primeira mudança que tem que ocorrer dentro
de nós é identificarmos qual a razão das nossas existências e verificarmos se
daríamos nossa própria vida para que ela pudesse acontecer.
Acredite menos no que você não vê e busque mais aliados para construir a tão sonhada ponte do presente incerto ao futuro promissor. Na dúvida consulte quem está fazendo.
Que o ano de 2016 possa provocar em
cada um e cada uma que estará lendo esse post, as mudanças necessárias para que
possamos transformar juntos, esse enorme limão que a mídia mostra e que a
politicalha provoca, numa grande e saborosa limonada.
Antonio Lopes Cordeiro
Pesquisador em Gestão Pública e Social
toni.cordeiro@ig.com.br
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