Sobre
a Greve Geral:
Rosa
Luxemburgo passou sua vida comprometida em descrever a relação da classe
trabalhadora, dos movimentos de esquerda e a luta contra o capitalismo. Não é
por acaso que a militante nunca perdeu de vista a democracia e a liberdade como
um princípio fundamental de suas obras.
As
massas, o povo, não devemos subestimar, pois o ímpeto revolucionário urge entre
a exploração e o processo de vida aliado a consciência e o amadurecimento das
lutas sociais.
No
Brasil, em junho de 2013, o povo foi às ruas lutar para ampliar uma série de
direitos como transporte, moradia entre outros serviços essenciais aos mais
pobres. Um momento rico de aprendizado. A disputa daquela narrativa não foi
apenas por parte da direita através da mídia golpista e suas panelas. Vamos refletir!
Neste momento (re)nasceu autônomas organizações que também em 2016 e 2017
continuaram na denúncia ao Golpe imposto no país.
Não
será diferente em 2018. Uma Greve que começou dos interesses dos patrões a cada
dia os próprios grevistas e os movimentos sociais e populares procuram disputar
tamanha narrativa, travando das massas a organização geral da classe
trabalhadora.
Nas
ruas! Caminhoneiras/os recebem solidariedade da população local e de movimentos
importantes como o MST, mas somam os sindicatos que estavam ou entram em greve
como o de professoras/os, metroviários, petroleiros, metalúrgicos dentre outros
em todo país. Pode ser um ensaio para a Greve Geral.
Não
devemos TEMER.
A
liberdade, os direitos sociais e as conquistas são feitas pela luta popular e
nada se constrói da concessão. A própria categoria sindical nas estradas vai
compreendendo que ou as pautas políticas se alinham pela demanda popular ou não
terão legitimidade e apoio em todo país. Várias cidades estão neste momento
chamando atos de apoio consolidando a solidariedade de classe.
São
lições diárias. Nós classe trabalhadora devemos aprender com toda Greve.
Entender que são os/as grevistas, quais as pautas e a correlação entre as
reivindicações e as lutas gerais. Em continuidade com os ensinamentos de Rosa
Luxemburgo, a luta é o que muda, o resto, apenas ilude, pois o capital é
incorrigível!
Por
uma sociedade onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e
totalmente livres.
Leonardo
Koury Assistente Social e Professor em Belo Horizonte.
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