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quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Somos experiencias misturadas com vivências...

 

Incomodamos vive em outro mundo. O “fogo amigo” nos confunde, a direita nos rastreia e nos classifica e a extrema direita quer nos intimidar, afirmando ser o fim, mas nem sabem que somos sementes e brotamos a cada mão que conseguimos segurar...

Trata-nos assim por termos lado, a partir da Revolução Francesa, por sermos Paulo Freire ao educar, Lula da Silva na teima, Arns e Lancelotti no processo religioso, Tchê na disposição de lutar e porque decidimos estar ao lado do povo explorado, discriminado e segregado em comunidades, desrespeitadas pelos agentes do sistema e sequestradas pelo fundamentalismo religioso.

Pagamos o preço por nos posicionar contra a barbárie e por escolher nas eleições, quem constrói de forma coletiva as propostas de mudanças dessa sociedade desigual e seguimos juntos com quem tem cor, ideologia definida e segue em luta rumo ao futuro.

Como formador de opinião, consciente politicamente e tendo lado, sempre defenderei o que penso, custe o que custar, assim como foi na ditadura sangrenta empresarial-militar. Saímos em passeatas, ocupamos o que tinha que ocupar, sonhamos juntos e deixaremos para a posteridade as nossas histórias de vida e de lutas.

Só em nunca ter me vendido, poder olhar nos olhos de quem nos acusa e saber que fomos, somos e poderemos ser, referências para o futuro, valeu a pena ter nascido.

Algo que se transforma num ato de amor pela vida e de forma fraterna vamos de mãos dadas subindo os morros e aguardando para eles desçam ao asfalto e ocupem o que lhes foi tirado por essa sociedade injusta que se beneficia de todas as suas mais valias.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social

sábado, 26 de outubro de 2024

Uma viagem ao que nos ensinaram e ao que realmente é...

 

Antes de tudo, é urgente parar esse demônio de Israel, que extermina principalmente mulheres e crianças, para que o caminho fique livre para o gás e o petróleo.

Primeiro catequisaram os índios impondo um novo deus, como se eles já não tivessem, depois que chupar manga e tomar leite fazia mal, que era para os escravos ficarem longe das vacas e o que dizer que política, religião e futebol não se discutem? E por que não?

Para completar, ensinaram que política é sinônimo de corrupção e que todo político é ladrão. A questão central, é afastar o povo da compreensão política, entregando sua sorte aos falsos líderes, além de que ser de esquerda é uma coisa do mal.

Porém, o que é ser de esquerda? Segundo Pepe Mujica, ser de esquerda:  "É uma posição filosófica perante a vida, onde a solidariedade prevalece sobre o egoísmo". Algo que transcende a parte ideológica e se estabelece na forma de ser de cada pessoa.

É evidente que quem defende esse capitalismo selvagem, que adultera o que vende, envenena os alimentos, põe solvente na gasolina e água no álcool para aumentar seus lucros, além de pregar o medo usando as religiões como utopia, nunca vai entender.

Ser de esquerda é pensar de forma coletiva e lutar de mãos dadas pela libertação do povo explorado. É enfrentar qualquer tipo de violência e discriminação e acreditar na possibilidade de um novo mundo, onde ninguém passe fome.

Em sua essência ser de esquerda é tornar o ato de amar num ato revolucionário, num momento em que uma grande parte da população apenas finge sentimentos e torna seus encontros casuais numa opção para saciar o insaciável.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social


segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Dizem que a esquerda morreu... Será???

 

Com a vitória da direita e da extrema direita na maioria das cidades, dizem por aí que a esquerda morreu. O Consenso de Washington já previa essa movimentação. Contam que o Consenso foi um conjunto de recomendações econômicas para conter a crise da época e a promoção do crescimento dos países da América Latina. 

Foi na verdade um encontro de países em 1989, promovido pelo Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, com o objetivo de implantar o neoliberalismo na América Latina e no Caribe, que tinha dez metas, desde privatizar tudo que é público até o controle fiscal para que empresários e investidores tivessem mais lucros. Até os golpes estavam previstos e o tal Terceiro Setor para cuidar dos pobres que o Estado não desse conta.

O que há de novo, mas no ideário do Consenso? O domínio das Igrejas Pentecostais, aliadas com a ala conservadora da igreja católica e uma parte de outras igrejas, que enebriaram o povo cristão e se chegou ao caos político. Para manter só precisam de eleitores doutrinados e não cidadãos e cidadãs que defendam seus direitos.

Vende-se a ideia de que poderão ter seus negócios e que quem votar na esquerda vai para o inferno. Com isso, seus inimigos passaram a ser Paulo Freire, a esquerda e quem luta por uma nova sociedade.

Por outro lado, a esquerda continua com a incapacidade de se unificar e de se renovar, abrindo uma clareira para que o fascismo e seus agentes trabalhem sem parar.

Uma coisa é certa. Podem dependurar seus ódios e suas falsas ilusões nas cercas do fascismo, porque a esquerda tem longas raízes e logo começarão a brotar...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni
Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social


domingo, 13 de outubro de 2024

Que tipo de sentimento envolve as pessoas nas eleições?

 


Ao analisar que 30,46% do eleitorado se absteve ou votou em branco ou nulo e 34% não votariam se o voto não fosse obrigatório, a pergunta é: Por que a maioria das pessoas vota em seus algozes e não em quem poderia lhes defender?

O voto é uma conquista democrática, por isso deveria ser livre. Quem sabe assim algumas pessoas não precisassem pegar do chão em quem votar, que chega a ser deprimente.

A partir da ignorância política e outros fatores, o envolvimento das pessoas no processo eleitoral só se dá por alguma motivação e comportamento.

Algo que vai de uma paixão cega pelo candidato ou candidata, sem ao menos saber o que essa pessoa defende ou a quem está intimamente ligada, passando pela venda descarada do voto por uma “vaguinha”, uma ajuda ou outra espécie de barganha.

Existe ainda os chamados currais eleitorais, que vai do coronelismo ao fanatismo e fundamentalismo religioso, envolvendo grande parte do setor evangélico e católico. Algo iniciado no Consenso de Washington e que teve forte ampliação na bolha infernal chamada bolsonarismo, mantido por Fake News e pelo ódio.

Apenas uma pequena parte estabelece seus apoios a partir da convicção política. Vão à campo por uma causa e mudanças profundas nessa sociedade injusta e desigual.

O que fazer diante desse cenário? Quem sabe um trabalho de base melhorando a comunicação, formação e organização em busca de direitos, pois se a direita aposta apenas na democracia representativa e sabemos claramente os porquês, nós temos a democracia participativa como elemento principal e ela incomoda quem engana, justamente por nascer a várias mãos e saber que o voto é apenas um caminho para as mudanças necessárias que terão que acontecer.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social


terça-feira, 8 de outubro de 2024

Quanto vale seu voto? O voto tem preço?

 

As eleições do Domingo revelaram claramente que temos vários Brasis, a partir do comportamento da maioria do eleitorado, se espelhando nas sombras sinistras de velhas e novas raposas políticas que aguardam ansiosas para o banquete final.

O que assusta é saber que regredimos muito nos últimos 20 anos. O crescimento da direita e a invasão da extrema direita acabou dando um tom político de plena loucura e alienação, onde a mentira virou verdade e o ódio comandou o cenário eleitoral.

Ainda vivemos numa cultura onde o voto está à venda, seja por uma camiseta, por uma cesta básica, por pequenos valores segurando uma bandeira sem vida, pelas palavras de ódio de um pastor rico ou remediado negociante da fé, que determina quem é santo e quem é demônio nas eleições ou ainda através de aberrações como vimos em São Paulo de um bandido enganador vendendo a ideia de que todo mundo pode ficar rico e que foi cria do genocida, que hoje está em guerra pelo controle do ovo da serpente em 2026.

Existe uma máxima que se aplica perfeitamente no mundo da política e que define o que restou do voto da maioria do povo brasileiro, seja pela ausência deliberada de não ir votar, por deboche, por paixão, por desprezo ou pelo ódio, não sabendo sequer em quem está votando ou o que defende quem votou: “Diz com quem anda que direi quem tu és”.

O resultado serão gestores com compromisso apenas com quem os bancou financeiramente e Câmaras Municipais onde a maioria continuará aprovando a esculhambação da boa política e a continuidade de raposas como esse prefeito de SBC que pintou as áreas nobres e vendeu os espaços públicos a seus melhores amigos.

Enfim o que sobra de tudo isso? Sobra a dignidade de quem não se vende nunca. Sobra a felicidade da escolha de que caminho devemos seguir. Sobram os sonhos que nos movem e a certeza de que deixaremos uma história de vida, onde fizemos com muita dignidade a nossa parte. Bom mesmo é poder dizer e ter orgulho em quem votamos, independente do resultado...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico, escritor e pesquisador em Gestão Social
www.gestaopublicasocial.blogspot.com


sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Armadilha...

 

Tem momentos da vida que achamos que nunca vai passar, que por mais que você lute, que você tente, não passa. Em um desses momentos eu escrevi muito, sobre a situação, sobre os sentimentos vividos e sentidos, e sobre o passar.

Senti vontade de compartilhar um apanhado de frases soltas que se conectam e que me fizeram e fazem refletir e ressignificar os sentimentos, enfim, sem mais delongas:

_Está no limbo, num lugar que nunca imaginou estar, empurrada por quem você nunca imaginou que pudesse te machucar, e sem conseguir sair, sem conseguir ao menos respirar. E ainda se sentir culpada.

 Culpada, por quê? Afinal você não é forte o suficiente pra esquecer, deixar pra lá, ou até suportar o insuportável?

 Culpada por permitir que toda construção de uma vida na sua autoestima, na sua pessoa sendo colocada a prova e te trazendo dúvidas, mesmo sabendo que não depende de ninguém, ainda sente. 

 Pensa, onde foi que errou, como pode falhar, não ver, não sentir e não se proteger. E sente muito.  

 Pensa e sente muito ultimamente, numa proporção de um vazio tão grande, pedindo socorro pra uma fortaleza que tem medo de levantar novamente, ou pra uma versão sua tão perigosa que tem medo de acordá-la. Chega a ser engraçado que a fortaleza foi derrubada por quem te obriga a reconstrui-la.

 Sente culpa, por ver seu brilho que outrora ofuscava qualquer possibilidade de escuridão se esvaindo, lenta e doloridamente.

 Mas ainda se sente culpada por erros e ações que não são suas, por escolhas e impulsos que não são seus, sente vergonha.

 Culpada por permitir que te exponham a situação de constrangimento e humilhação. E ainda assim, pelos olhares dos que pouco ou nada sabem, vem as impressões: dramática, mal-humorada, possessiva, rabugenta ou a melhor de todas, louca.

 Culpada, por não sentir culpa pelos seus próprios fantasmas - hipócrita e egoísta, mas mesmo assim, ainda sente muito.

No fundo, você sabe que vai passar, mas tem medo do que vai levar consigo, do que vai perder aí dentro e o quanto é triste saber que pra ser forte, precisará matar algo bom e ingênuo.

Débora Machado