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domingo, 9 de julho de 2017
domingo, 21 de maio de 2017
O povo decide. Diretas Já!
Chamada: Militantes da Frente Brasil Popular e Povo
Sem Medo constroem uma análise no campo sociojurídico para contribuir com o
entendimento que todo poder emana do povo, principio constitucional que garante
a participação e as diretas já. Para isso é necessário a presença nas ruas no
dia 24 de Abril e contribuição dos movimentos sociais nas frentes de luta pela
Democracia.
Por: Clara Maragna
e Leonardo Koury
Primeiro a gente
tira a Dilma, rasga a Constituição Federal, fortalece o Estado policial, e nos
resta saber: Quem controla o judiciário?
Entender o processo
político que o Brasil vem sofrendo, é uma tarefa árdua e emblemática para todos
nós. Mas de certo, é notório que a surpresa tornou-se um elemento central desse
arranjo golpista, que tem como pano de fundo a ação do Poder Judiciário.
Traições, malas,
chips invisíveis, Família Neves, Lava Jato, Temer, retirada de direitos, capas
de revistas, prisões decretadas, almoços, judiciário desequilibrado e a
ampulheta do tempo correndo contra o povo brasileiro.
Em meio a tanta
fumaça sentenciada, é importante perceber que os atores do golpe não possuem
cadeira cativa no Congresso Nacional, e tão pouco se resumem aos aliados de
Temer.
Se assim, o fosse,
a rejeição de Temer não seria exorbitante, e não estaríamos aqui falando desse
novo capítulo, que além da cassação do Presidente golpista trará também
uma corrida de atores pela linha sucessória da Presidência da República .
Quem opera o golpe
não deseja que ele acabe, mas que ele se estruture e naturalize de modo a
dificultar qualquer reação do povo brasileiro, afinal de contas a história nos
ensinou que toda expansão de regimes totalitários sempre esteve relacionada aos
problemas econômicos e sociais de um Estado imerso em ações ilegais sob os
olhos do judiciário.
A sensação de que
ha um distúrbio social é inerente ao processo vivenciado por todas e todos nós,
especialmente porque essa anomalia se inicia através de uma ação contra os
nossos direitos garantidos num Diploma Legal violado.
Com a previsão da
saída de Temer, o golpe toma novos contornos, a Constituição Federal começa a
ser avocada através das eleições indiretas por setores golpistas, de modo a
legitimar o processo realizado por Michel Temer.
Porque não devemos
aceitar as eleições indiretas?
Podemos começar a
falar que não devemos aceitar eleições diretas porque não queremos a
continuidade dessa orquestra golpista. Além disso, esse desejo por eleições
indiretas não passa pela polarização entre coxinhas e não coxinhas, ou pelos
projetos de poder ideológicos de esquerda ou direita, mas por uma estruturação
antidemocrática que será corroborada por interesses privados.
Não é legítimo
avocar normal legal de uma Constituição violada, posterior a retirada do Estado
Democrático de Direito, para consolidar uma violação nacional.
Defender eleições
indiretas é legitimar o golpe na medida em os atos anteriores à sucessão
presidencial produzirão efeitos concretos. A estrutura de poder é determinada
pelo conteúdo da sua ação, e de fato os interesses da maior rede de televisão
se resumem em apropriar-se do processo mais do que a população que constrói
esse país.
É preciso entender
que a ordem de um Estado Democrático destina-se a assegurar o exercício dos
direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade
fraterna e pluralista.
Exigir o
cumprimento desses princípios que regem a Constituição Federal, é construir uma
disputa justa, e a possibilidade da escolha de representatividade pelos
cidadãos e cidadãs brasileiras.
Estamos diante de
um capítulo que nos aparece sob a corda bamba à beira de um abismo, recheado de
fatos que nos dá elementos suficientes para lutarmos pela Democracia
brasileira. Não é apenas a conexão de uma nova fase da conjuntura, mas uma
etapa da tática que a elite brasileira avança no objetivo central que é a volta
do liberalismo e o estado mínimo.
Leonardo Koury
Martins, [21.05.17 14:32]
Talvez a pergunta
inicial, sobre quem controla o judiciário, aqui, toma outra percepção, a de que
é preciso estar nas ruas, em todos os tipos de ações diretas, para tentarmos nesse
último respiro, restabelecer um mínimo de razão com as eleições diretas. Estas
não podem ser entendidas como apenas a volta de um governante eleito por voto
popular, mas a concretude de que todo poder emana do povo, afinal está no
parágrafo único do primeiro artigo da Carta Magna de 88.
É preciso estar
atentos, fortes, e nas ruas, afinal o poder emana do povo, o povo decide. Diretas
Já!
Clara Maragna
Advogada Popular e Militante da Frente Povo Sem Medo
Advogada Popular e Militante da Frente Povo Sem Medo
Leonardo Koury
Professor, Assistente Social e Militante da Frente Brasil Popular
Professor, Assistente Social e Militante da Frente Brasil Popular
Foto: Diego
Padgurschi /Folhapress
segunda-feira, 1 de maio de 2017
Quatro parágrafos sobre Reforma, Revolução e o Golpe
Nascem
para estudar, estudam para trabalhar e trabalham até morrer. Estamos mortos
deste o princípio. Este sim é o verdadeiro Golpe!
Então, morte ao sistema capitalista. Nosso sangue não pode servir para a mais valia destes vampiros de "sociedade anônima" que privatizam o que é de todas e todos.
Em curtos quatro parágrafos (e só falta este e mais um, rs) tento objetivamente dizer que a estratégia e a tática são fundamentais nos processos, pois só pode existir uma saída para o problema de "vida e morte", a revolução construída pelo poder popular.
Ao contrário é Reforma. Toda Reforma só faz demorar o fim do sofrimento dos explorados (nós). Seja da previdência, trabalhista ou até novo nome para a presidência. Se não for o povo, é só Reforma. Exija e construa a Revolução, não a confunda com outras formas.
Leonardo
Koury
Professor, Assistente Social e militante dos movimentos sociais.
domingo, 26 de março de 2017
Do Consenso de Washington à volta ao Brasil colônia
Você consegue fazer uma
avaliação de conjuntura? Porque nos dias de hoje só os intelectuais se mostram
aptos para essa tarefa? O que houve de tão estranho nessa mudança de concepção,
visto que no passado, qualquer pessoa bem informada conseguia fazer uma
avaliação com propriedade?
Comecemos essa conversa
afirmando que qualquer avaliação de conjuntura que se preze nos dias de hoje
tem que focar duas questões. A primeira em caracterizar a situação do Brasil
como uma extensão da crise capitalista mundial, iniciada há alguns anos e
vivendo seu ápice nos últimos três e a segunda o avanço da extrema direita em
várias partes do mundo, caracterizada pelo nacionalismo e em alguns países pelo
avanço ou retomada do neoliberalismo, mais especificamente em alguns países
latino-americanos. Em ambos os casos com forte influência do fundamentalismo religioso, da maçonaria e instituições extremistas. Enquanto a democracia participativa e direta é atacada a representativa enganosa toma conta do cenário.
Há evidências de que esse
fenômeno ocorreu e ocorre principalmente pelo vácuo deixado pela esquerda e pelos movimentos organizados. Ambos os setores recuaram ao longo do tempo e isso foi o suficiente para o avanço das forças conservadoras. Perderam o tempo de reação conjunta.
O Brasil vive tempos mais sombrios do que nos tempos de FHC e isso representa a retomada do Consenso de Washington.
Para quem não acompanhou a
escalada neoliberal no Brasil, se faz necessário alguns esclarecimentos e
leitura do livro “O Consenso de Washington” de Paulo Nogueira Batista,
disponível em: http://www.consultapopular.org.br/sites/default/files/consenso%20de%20washington.pdf.
Nele, o autor fala qual era o papel do Collor, FHC e principalmente da mídia no processo de implantação do neoliberalismo no Brasil.
O Consenso de Washington foi
o nome dado a uma reunião ocorrida no final do ano de 1989 em Washington, que
em tese, visava propalar a conduta econômica neoliberal com a intenção de
combater as crises e misérias dos países subdesenvolvidos, sobretudo os da
América Latina. Sua elaboração ficou a cargo do economista norte-americano John
Williamson. Porém, a verdadeira intenção era planejar a implantação do
neoliberalismo na América Latina e no Caribe, comandada pelos Estados Unidos.
As ideias defendidas por
Williamson serviram de base do neoliberalismo nos países subdesenvolvidos, uma
vez que depois do Consenso de Washington, os EUA e, posteriormente, o FMI
adotaram as medidas recomendadas como obrigatórias para fornecer ajuda aos
países em crises e negociar suas dívidas externas.
As principais recomendações do Consenso eram: Reforma Fiscal, Política de Privatizações em tudo que fosse estatal e Redução Fiscal do Estado (Redução de gastos com corte em massa de funcionários). Caso os países se recusassem a cumprir essas normas, encontrariam dificuldades de receberem investimentos externos e ajuda internacional por parte dos EUA e do FMI.
Qualquer semelhança com o momento atual não é mera coincidência e sim faz parte dos acordos e compromissos
da direita golpista com os magnatas da terra do Tio San. Tentaram com Collor,
mas o mesmo os traiu e por isso foi impitimado. O neoliberalismo se consolidou
com FHC, que acabou fazendo muito mais do que seus superiores esperavam dele, porém essa saga foi bruscamente interrompida com a eleição de Lula e na sequência com sua reeleição e a de Dilma. Isso foi demais para os protagonistas neoliberais.
O impeachment de Dilma foi a resposta. Não dava mais para eles aceitarem mais um governo fora dos planos do Consenso. Dilma tinha que cair de qualquer
jeito, para que fosse retomada a escalada de abandono do Welfare State (Estado
de Bem Estar Social), a verticalização política e econômica e a volta da clássica da pirâmide social que tem um valor real, principalmente no mundo econômico, sem contar a
necessidade do retorno do Exército Industrial de Reserva (que é o contingente
de desempregados que serve de base para os arrochos salariais, a precarização
do trabalho e as mudanças de regras, como é o caso das reformas em pauta pelos
golpistas).
A partir desse cenário, o
que mais me impressiona é a completa falta de interesse de uma grande parte da
sociedade pela política e mais ainda de algumas pessoas que se mostram como
lideranças populares, no entanto apenas usam a política como trampolim para
seus interesses. Algumas características comuns entre elas: descartam a formação política, ignoram a importância da organização popular e se digladiam entre si pela direção partidária ou de qualquer instância ou organismo, deixando claro que o que importa é o poder a qualquer custo. Ou se tem capacidade de intervenção pela base, ou qualquer tipo de ação sem popularizá-la se torna apenas meras conveniências dos agentes poder.
Avaliar uma conjuntura
significa entre outras coisas, traduzir os códigos do poder, sob o ponto de
vista ideológico, o que faz com que, mesmo num partido como o PT, composto por
diversas linhas de pensamento, tenha diversas leituras para as possíveis saídas
ou enfrentamentos a essa crise e ao golpe. Uma avaliação precisa da conjuntura é o ponto de partida para a organização da sociedade para seus enfrentamentos necessários.
Com base nisso, se faz
necessário o entendimento, de que só se constrói uma unidade de luta contra o
mesmo mal se a causa for a mesma, independente das leituras que se façam para o
texto e o contexto do que se está lutando e contra quem. Os diversos cenários e
os atores envolvidos são de fato os principais personagens, mas o que importa
mesmo é o resultado final dessa luta e quem serão os beneficiados. Mudar uma sociedade para entregá-la a setores sectários, mesmo que de esquerda, é jogar novamente a população nas mãos de seus algozes. Se o lema é para o povo e pelo povo, se não for com ele próprio de nada servirá qualquer mudança que seja.
A luta constante de quem tem
uma causa como referência de vida é ser escudo e servir de proteção contra
todos e todas que se aproveitam das diversas situações para ludibriar, enganar,
usar e fazer de massa de manobra, as pessoas com menor poder econômico, e
desprovidas de compreensão política para saber quem e quem.
Sejamos prudentes no trato
com as nossas pessoas, principalmente por sabermos que cada pessoa tem um tempo de
amadurecimento e de compreensão de vida.
Muitas delas morrem sem descobrir qual era sua missão e é esse o principal papel de uma liderança
política. Ajudar essas pessoas a voltarem a sonhar e encontrarem a razão de
suas existências.
A vida nos oferece situações
para os ajustes necessários no ritmo de vida, mas quando não observamos, seja por
descuido ou mesmo por desleixo, a vida nos impõe as regras e às vezes quando
vemos já é tarde demais.
Abraço Fraterno a Todos e
Todas
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública e Social
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
Porque a busca do conhecimento é tão perseguida?
Se
tem algo que põe os ditadores de plantão, sectários do dia a dia e os
reacionários de toda ordem com as barbas de molho é uma pessoa esclarecida e se
essa pessoa, além de esclarecida for consciente politicamente, aí passa a ser inimiga
declarada. Essas variações ocorrem de acordo com o grau de conhecimento que uma
pessoa dispõe e como esse conhecimento é utilizado.
As
perseguições ou ainda as discriminações em relação à pessoas esclarecidas existem,
tanto no universo público como no privado. Se no privado o conhecimento passa a
ser uma arma contra um chefe medíocre, por exemplo, no público a luta é contra
quem se apodera dos cargos públicos para fazerem suas carreiras-solo e uma vez
no que chama de poder se sentem ameaçados por alguém que tenha mais
conhecimento. Na prática esse enfrentamento caminha lado a lado com o dilema
ser chefe ou ser líder.
No
setor privado a maioria das empresas ainda opta por um chefe à moda antiga. Uma
espécie de capataz. Aquele que comanda no grito. Apesar de todos os avanços em
termos de gestão, a maioria das empresas ainda se encontra na Teoria “X”, onde,
na visão de quem pensa assim, é a figura presente do chefe sanguinário que faz a produção
crescer.
No
universo público, a coisa ainda é bem mais complicada. Basta dizer que
praticamente todo acervo acadêmico da área de gestão pública no Brasil, não tem
dez anos. Isso faz com que tenhamos gestores com a cabeça na chefia e com o
pensamento em transformar o que poderia ser uma missão em sua profissão
principal. Tem vereador e deputado disputando a décima eleição.
Voltando
a questão do conhecimento, podemos caracterizá-lo como um ato de libertação.
Algo que eleva o grau de percepção das pessoas e as leva a aprenderem a pensar
ou ainda a saberem elaborar um pensamento, que é pior ainda para quem quer
manipulá-las. Um ato insuportável para quem tem pretensões individuais e não
coletivas, em todos os cargos, seja no campo público ou privado, ou ainda de
todos os partidos políticos, agremiações, organizações, etc. Algo que está na
cultura de quem se deixa levar pela vaidade de ter um cargo e a primeira reação
é a de se mostrar superior.
Dentro
dessa temática algo me deixa muito preocupado. Quando a direita se une como
agora e destrói a educação, por exemplo, ficamos furiosos por sabermos duas
coisas. Primeiro que o que foi conquistado foi a partir de anos de lutas e
segundo por saber que o que eles querem de fato é privatizar tudo, sucateando e
deixando os pais e mães indignados com o ensino público.
Porém,
quando vemos as confusões estabelecidas por algumas pessoas que se consideram
politizadas e se rotulam de esquerdista e na prática boicotam um curso, uma
capacitação ou ainda não dão a mínima importância para a formação política, aí
minha reação é de espanto e porque não dizer muita decepção. Agem da mesma
forma da direita conservadora, enfraquecendo as opções de reação por parte da
militância política e da população que cada vez mais ignora, por falta de
conhecimento, a política como ciência.
Ou
seja, na prática, sofrem do mesmo mal que a direita e usa os espaços coletivos
e democráticos para implantarem uma forma de continuidade do que chamam de
poder.
O
que fazer numa situação dessas? Fazer o enfrentamento. Ganhar a confiança das
pessoas e deixar muito claro que só se muda a prosa e o rumo da própria vida com
conhecimento.
Paulo
Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia escreveu: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”.
Antonio
Lopes Cordeiro
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública Social
tonicordeiro1608@gmail.com
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública Social
tonicordeiro1608@gmail.com
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Fundação Perseu Abramo lança novo curso em Americana

A
Fundação Perseu Abramo em parceria com o Mandato Popular e Participativo do
Vereador Professor Padre Sergio, lançou em Americana no último dia 28 de
janeiro o Curso “Governar e se Organizar a partir da crise”. Um curso
semipresencial com 80 horas de duração e com tutoria do próprio Vereador.
Esse
novo Curso é resultado da integração de dois setores da Área de Conhecimento da
Fundação Perseu Abramo, que compõem junto com o Mestrado, o Laboratório e Observatório
de Gestão e Políticas Públicas: Capacitação Continuada em Gestão Pública
nas Prefeituras Petistas, coordenado
por Antonio Cordeiro e Difusão do Conhecimento, coordenado por Luís
Vita.
O
principal objetivo do curso é oferecer novos conhecimentos e uma visão
integrada entre as gestões, os mandatos legislativos, suas bases de apoio
político, a sociedade organizada através de suas instâncias e a militância
política formada por petistas e simpatizantes, além de lideranças comunitárias.
Assim, o curso terá duas versões, uma mais voltada à capacitação dos gestores,
os mandatos legislativos e suas bases de apoio e outra versão voltada mais
especificamente aos movimentos sociais e sindicais.
Participaram
da Aula Inaugural proferida pelo Ex-Deputado Estadual Simão Pedro e pelo
representante da Fundação Antonio Lopes Cordeiro (Toni), quase 50 alunos e
alunas, que avaliaram a iniciativa como sendo uma ação bem vinda e com foco
atualizado para os difíceis momentos que o Partido dos Trabalhadores passa na
atualidade, além de trazer novos conhecimentos que em muito ajudarão na compreensão
e preparação política para os enfrentamentos necessários.
A
palestra teve como tema: “A conjuntura nacional e os desafios para o
enfrentamento da crise” e a Aula pôs em discussão dois temas: “A Gestão Petista, o Golpe e a Crise e Políticas Públicas e os Direitos e Participação e de
Controle Social”, com grande participação dos presentes.
O principal público alvo do curso será:
— Gestores(as), Vereadores(as) e suas bases de apoio
— Servidores(as) Públicos e Técnicos alinhados(as) com a
linguagem e propostas do Partido dos Trabalhadores
— Conselheiros Municipais
— Lideranças Políticas e Comunitárias
— Militância Política e Social
A
parte presencial do curso é composta pela Aula Inaugural, Aula de Encerramento
e a cada quatro aulas presenciais uma Oficina Temática com os seguintes temas:
- Movimentos
Sociais e o Desafio da Organização Popular
- Economia
Solidária como estratégia para novos negócios
- A importância e
o poder popular da Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/11)
O
curso terá como estrutura:
As
doze aulas online são:
Esperamos
levar o curso para os 26 estados em algumas de suas regiões, basta que para
isso o curso seja solicitado. Nessas localidades normalmente o curso é
ministrado em uma cidade sede com convite para as cidades de seu entorno.
Maiores
informações poderão ser obtidas através do e-mail: tonicordeiro1608@gmail.com
Toni Cordeiro
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública e Social
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública e Social
domingo, 29 de janeiro de 2017
Porque um mandato popular e participativo incomoda tanta gente?
Quero começar esse post
fazendo algumas afirmações que estão presentes na atual conjuntura e no seio da
resistência ao golpe parlamentar que depôs uma Presidenta eleita e roubou de
mais de 54 milhões de brasileiros e de brasileiras o voto e a esperança de
mudança via eleições. Como acreditar que nosso voto não será roubado novamente
nas próximas eleições?
A primeira afirmação é a de
que existe uma profunda crise na democracia representativa, onde a maioria das
pessoas eleitas não representa ninguém, a não serem elas mesmas ou seus grupos
de interesses. Isso decorre da ignorância coletiva de achar que política é uma
coisa ruim e de que todos os políticos são ladrões. Plantaram isso na cabeça da
população de forma proposital e a reação normal é a de afastamento. É nesse
vazio que nasce as aberrações tratadas como lideranças.
A segunda é a de que a
democracia participativa ou direta acaba sendo um fenômeno, principalmente pela
falta de uso e pela raridade de gestores e parlamentares que tem a coragem de
coloca-la em prática. E porque isso ocorre? Por várias razões, eis algumas:
As pessoas que não respeitam
a participação nascem de pelo menos duas vertentes. As que debocham da
população e a compra com dinheiro, benefícios e favores e as que acreditam que
são seres insubstituíveis dotadas de conhecimento supremo e que só eles ou elas
poderão fazer o que a população precisa. Jamais se afastam do assistencialismo
e quando realizam eventos participativos o fazem a apenas por convenção.
Em geral essas pessoas morrem
de medo de concorrentes para o próximo pleito e isso faz com que mate no ninho
qualquer possibilidade de concorrência provinda, principalmente dos setores
organizados da sociedade. Defendem a ideia de que a população não está
preparada para a participação e, portanto não podem ter muitas conferências,
encontros e abominam Conselhos de Mandatos. Era isso que afirmava um abominável
prefeito que tive o desprazer de trabalhar com ele. Ainda bem que foi por muito
pouco tempo. Quem despreza o povo, despreza a própria vida. Nem sabe por que
nasceram.
A participação espontânea provoca
reações que só um líder e não chefe é capaz de lidar. Por exemplo, as
pessoas que participam querem construir as ideias juntos, fiscalizar sua
implantação e, sobretudo fazer avaliações positivas e negativas. Outro fato é
a de que a participação leva as pessoas a um nível de entendimento fantástico,
de forma rápida e com isso nasce a vontade de participação e a busca de novos
conhecimentos, prejudicial para quem não quer concorrência e para quem quer
passar a ideia de ser um ser inigualável.
Quando a população descobre
que pode participar começa uma estranha sinergia entre o eleito e as pessoas
participantes, que se bem aproveitadas poderá iniciar uma verdadeira revolução.
Trata-se de um processo horizontal de gestão e não vertical onde apenas um sabe
e os demais obedecem. Nesse caso é a decisão da maioria que é acatada.
O principal medo dos
dirigentes de alguns partidos com relação aos mandatos participativos é a de é
que isso gere a formação de um verdadeiro exército popular a serviço das
mudanças efetivas na sociedade e aí, como um tsunami, esse exército irá peitar
tudo aquilo que discorda. A partir de então serão criadas novas regras de
conduta e novos valores estarão na pauta partidária.
Em Americana está sendo
assim com o mandato participativo e popular do Vereador Professor Padre Sergio.
Em tão pouco tempo já se produziu um Seminário, os filiados e filiadas foram
notificados sobre como o mandato irá se constituir e o início de um curso de
formação em parceria com a Fundação Perseu Abramo.
Uma voz do além esbravejou:
“Conselho Popular não pode e não será aceito!!!”, no entanto a população disse
sim ao chamado do Vereador e essa prática coletiva acabou virando algo novo no
meios de tantos eleitos. O efeito disso é simples. Quem quiser peitar o Padre
Sergio terá antes que antes peitar os membros do Conselho Popular Participativo
e do Fórum Permanente. Um verdadeiro paredão humano.
Que essa visão e essa
prática adotadas pelo Vereador Professor Padre Sergio e pela Deputada Estadual
Marcia Lia que tem um Conselho Popular eleito em quase cem cidades, contamine
nossa militância e possa mudar os rumos partidários.
Segundo Mário Sergio
Cortella: "Para nós, em última
instância, adaptar-se é morrer. Estar adaptado significa estar acomodado,
circunscrito a uma determinada situação, recluso em uma posição específica;
adaptar-se é, sobretudo, conformar-se (acatar a forma), ou seja,
submeter-se".
Ao invés de ter que se
adaptar ao convencional em declínio, porque não subverter a ordem, se
necessário for, em busca de algo novo que seduza novamente a população?
Antonio Lopes Cordeiro
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública
tonicordeiro1608@gmail.com
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
Um tributo às amizades sinceras
Após
o ano inteiro de desabafos e enfrentamentos ao golpe e a muita gente que
resolveu se revelar como seguidoras dos piratas do poder apresento-me para uma
mensagem de otimismo, nesse mar de incertezas que virou o país, porém com
grande capacidade de uma grande reviravolta jamais ocorrida.
A
vida é dinâmica e nada é definitivo, apenas transitório. Nem a vida é para
sempre, apenas a história de vida e mesmo assim se foi registrada. Um dia quem
sabe, os de baixo, que por ironia do destino vivem em cima dos morros, poderão
descer ao asfalto e tomar a selva de pedra, que eles mesmos construíram, mas
não puderam desfrutar. Esse acaba sendo o princípio da exploração humana moderna.
Muitos labutam enquanto apenas uma minoria desfruta dos resultados.
Começo revelando minha imperfeição e minha forma inacabada de ser, onde parte de mim
caminha a passos largos para o futuro, enquanto a outra parte rebusca o passado
à procura de alguns sinais que me ajude a decifrar minha missão. Por
outro lado reafirmo minha lealdade à vida, às pessoas, à causa, à luta contra
as injustiças e a toda forma de discriminação, aos meus amores familiares e às
amizades sinceras construídas em anos de convivências ou há pouco tempo
reveladas, que acaba se transformando numa outra forma de amar.
Vivemos
tempos complexos de difícil entendimento, de defesa de valores e de cooptação
de aliados à causa humanística que se alimenta da solidariedade, porém é bom se
diga, que todo processo leva a uma forma didática de análise de determinadas
situações, assim como o acúmulo de fatos e atos acaba construindo a pedagogia
do enfrentamento, uns por convicção e outros por pura distração.
No
meio de toda essa complexidade, os tempos e a ciência nos brindaram com as
redes sociais, algo tão assustador que nos promove, nos enfrenta, nos assedia,
nos engrandece, tudo ao mesmo tempo e principalmente nos aproxima de pessoas
que assim como nós compartilham as angústias da vida e suas melhores alegrias e
se fazem presentes em nossos sonhos de mudar a vida e a sociedade. Assim ocorre
com os quase cinco mil amigos e amigas presentes na minha página do facebook.
A
maioria dessas pessoas caminha lado a lado comigo em busca de uma sociedade justa,
fraterna e igual para todos e todas e enfrenta com determinação dia e noite os
perigos da vida e do poder político, capaz nos dias de hoje de transformar o
mal num paraíso com o intuito de atrair milhares de pessoas que se tornaram
reféns de suas próprias ignorâncias políticas e viraram presas fáceis dos
vampiros do poder.
Não
tem nada mais gratificante do que saber que do outro lado das redes sempre há
alguém disposto a interagir e até aconselhar se for o caso.
Quero
neste início de ano me reportar exclusivamente a vocês amigos e amigas do face,
que estivemos juntos em muitos momento. Senti na pele o amor fraterno e o
carinho humano por duas vezes recentemente, na internação do meu pai e no avc
que minha teve. Descobri que nunca estive só, pois foram centenas de mensagens
recebidas de várias partes do país. Isso não tem preço e vale por uma vida.
Como
bem dizia Mário Quintana: “A amizade é um amor que nunca morre”. Ou ainda como
dizia Platão: “A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres
igualmente ciosos da felicidade um do outro”.
Obrigado
pela amizade de vocês e que 2017 nos torne cada vez mais sábios para juntos decifrarmos
os códigos do poder e o caminho para a terra prometida.
Antonio
Lopes Cordeiro
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública e Social
tonicordeiro1608@gmail.com
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública e Social
tonicordeiro1608@gmail.com
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
As diversas crises de 2016
Como avaliar 2016? O que esperar de 2017? Um ano que presenciamos
angustiados um dos maiores retrocessos que a história do Brasil já passou. De
uma só vez o povo pobre e trabalhador perdeu sua representante eleita, seus
direitos trabalhistas e o congelamento por vinte anos do investimento em Saúde,
Educação e Assistência Social. Porém, como as Políticas Públicas são
integradas, essas medidas afetarão em cascata, praticamente todo o universo
público e principalmente a população que mais precisa.
O golpe em curso trouxe para a pauta nacional uma nova modalidade de
divergência, acompanhada por um ódio de classe, plantado e disseminado pela
mídia golpista. Não está se falando de divergência política partidária, mesmo
sob a compreensão de que nos dias de hoje está difícil caracterizar um partido,
sua matriz ideológica e seus reais interesses, mas de um enfrentamento que
invadiu as ruas do país, sob o pretexto de caça aos petistas.
Por outro lado, há algo no ar além dos aviões de carreira, como dizia o
Barão de Itararé. O que leva alguns indivíduos e indivíduas a abandonarem seus
partidos de origem, após terem desfrutado a parte boa desses, sob o
pretexto de que não foram ouvidos, notados ou ainda não reconhecidos
como a última “bolacha do pacote” e que só eles e elas poderão salvar a
humanidade nas próximas eleições? Como podemos chamar esse fenômeno em moda
principalmente no PT? Oportunismo? Traidores da causa? Profissionais da
política?
Sei lá, me vem à cabeça inúmeros adjetivos, porém se faz necessário
esclarecer que não me refiro de quem sai do PT para o PSOL, PCO, PSTU ou mesmo
o PC do B, além dos que defendem a luta armada e pretendem, quem sabe, fundar o
PLUA - Partido da Luta Armada, mas de pessoas que migram na calada da noite em
busca de cargos ou de projeção política, as vezes às custas da miserabilidade
da sociedade.
O que se presenciou desde o início do ano foi uma enxurrada de
barbaridades acontecerem, a começar pela destruição do Projeto de Participação
Social proposto pela Presidenta Dilma, destruído pela maioria do Congresso
Nacional que tem lado, cor, partido e principalmente dinheiro público desviado
para financiar as mudanças que a elite vai determinando como essenciais.
Na sequência veio a construção do cenário do golpe. Algo
milimetricamente pensado, muito bem articulado e elaborado a partir de
argumentos convincentes voltados ao público jovem e para uma nação alienada que
bailou em busca de vingança, não contra seus possíveis algozes ou contra a
corrupção, mas pela possibilidade de extermínio do PT, de Lula e de Dilma, com
a falsa ilusão de uma luta contra a corrupção e de que toda banalidade
política, nasceu na era dos governos petistas.
Vale lembrar que só existem políticos corrutos em evidência porque uma
enorme parte da sociedade também é corrupta e se coloca sempre a venda para
quem pagar mais ou em troca de privilégios futuros.
Além dessas e outras desgraças impostas pelo governo golpista e seus
aliados, para fechar o ano aí vem à aprovação da PEC da Morte, mudanças nas
leis trabalhistas que enterrarão de vez a CLT e a tal Reforma da Previdência,
que levará a Previdência ao seu fim. Uma grande parte de quem vive de salário,
vai morrer bem antes de se aposentar. Um plano diabólico para o fim de
direitos, conquistados com muita luta ao longo de mais de cem anos.
Porém uma coisa não pode ser esquecida, que é a capitulação de grande
parte da esquerda e o enorme vacilo dos governos de Lula e Dilma, que poderiam
ter feito as reformas necessárias quando tudo parecia favorável. Claro que
também poderia ter sido um fiasco, porém não foi tentado fazer e isso deixa um
vazio entre o que não foi feito e o que está sendo feito agora à revelia de
nossos interesses políticos, econômicos e principalmente sociais.
Para 2017 grandes pontos de interrogação: O que aconteceu com os
movimentos sociais e com as entidades de classe? Que tipo de reação ainda
poderá ser feita a partir do completo caos político? Que tipo de ser a
sociedade moderna produziu nas últimas décadas? Como juntar os cacos sem um
projeto político definido? Cadê as lideranças políticas e comunitárias, por
onde andam? Como conviver com a República de Mandatos, que quer determinar o
jogo, intervir nas instâncias partidárias e anular as possíveis lideranças?
O ano que se inicia nos fará conviver com uma sociedade moralmente
abatida, individualizada em termos de interesses políticos e econômicos e
principalmente infectada com a grave doença do analfabetismo político, que leva
à alienação, ao apoio do fundamentalismo religioso, ao preconceito, a toda
forma de discriminação e a venerar cegamente os inimigos políticos de classe,
que almejam uma raça pura, sem negros, índios, homo afetivos, nordestinos e
principalmente pobres. Talvez seja a hora de recomeçar do zero rumo ao resgate
de nossas dignidades. Caminhar com a parte sadia da juventude que luta por seus
direitos e principalmente por ideais.
Para não dizer que não falei das flores, a única coisa preciosa que se
tem para comemorar no dia 31 de dezembro à meia noite é a vida. O fato de
estarmos vivos já é a certeza de que o mundo ainda não acabou e, portanto
enquanto houver vida haverá esperança e sonhos de mudanças.
Além do mais, não existe militância sem sonhos, assim como militantes que
não ouse sonhar em busca de uma sociedade justa, fraterna e igual para todos e
todas. Que em 2017 possamos unir os sonhadores e sonhadoras em busca da terra
prometida.
Paulo Freire certa vez nos disse: “Ai daqueles que pararem com
sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai
daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanha pelo profundo
engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de
exploração e de rotina”.
Antonio Lopes Cordeiro
Pesquisador em Gestão Pública e Social
tonicordeiro1608@gmail.com
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