Você se conhece de verdade? Age por convicção ou por impulso? É do
tipo: nasci assim vou morrer assim? Então não se conhece... A vida de vez
enquanto muda as perguntas e some com o mapa de voo...
Estou
preocupado com o momento atual, tanto o meu que quero mudanças urgentes, como
o do país golpeado. Para o país não vejo saída em curto prazo e em meu favor
tenho os sonhos que ainda faltam realizar e uma vontade imensa de colar gravuras
mitológicas nas páginas da minha história.
Na
quinta passada ao caminhar numa tarde gelada em São Bernardo do Campo, fui
fazendo um balanço do meu projeto de vida. Percebi o quanto ainda
falto para completar, mas descobri que sigo na direção certa.
Ontem
domingo, pensando nisso, me dediquei a tarde toda, depois de uma atividade
política, em ouvir músicas e em deixar que a voz da minha essência pudesse me
dizer o que escrever. A escrita passou a ser minha melhor terapia.
Quem
somos? Essa é a grande pergunta para os emocionais. Creio que sejamos apenas o
invólucro aparente do que habita em nós. O verdadeiro eu está na essência
oculta e na intenção que revela o que poderemos ser a cada instante. Cada ser
em particular vai tecendo sua morada com seus atos e fatos. Moldando a casa da
vida. Algo que se constrói ao longo do tempo, no exercício de viver e nem mesmo
o tempo, que é senhor da razão, revela quem somos ao todo, apenas em partes, sempre
de acordo com nossos momentos e nossas emoções. Por isso a vida é bela. Nossos
momentos nunca são ou serão iguais.
Como
vimos no texto anterior, não podemos entregar nossas vidas, nem somente ao destino e muito
menos ao acaso. Podemos intervir e ir mudando sua trajetória de acordo com
nossas intervenções e nossas intensões. O bom mesmo é saber que cada dia que nasce
se revela como uma nova possibilidade de nos completarmos ou como um ato revolucionário
de nos reinventar.
Somos
vidas para outras vidas. Somos refúgio para quem de nós necessita. Somos o
ontem das alegrias e tristezas, o hoje do semblante serio querendo mudanças, mas
também seremos o amanhã com novas ações e emoções e principalmente a certeza de
que com a missão cumprida vale a pena viver.
Que
força estranha é essa que buscamos quando estamos em apuros ou de maneira
desconfortável? Dizem que é a voz da alma nos dizendo que a vida mal começou e
que a verdadeira resposta está dentro de nós. Outros dizem que é a luz divina
que sopra a nos conduzir ao que almejamos. Seja o que for ela existe, alimenta
nossas incertezas e nos faz acreditar que sempre será possível.
O
estranho e interessante ao mesmo tempo, é que quando menos se espera algo invade nossas mentes
e corações e tudo aquilo que ontem era quase impossível de ocorrer,
simplesmente desaparece dando espaço para uma nova sensação de alívio e tudo se
explica. Para isso precisamos estar conectados com o bem. Quem busca luz, dessa
se nutre, mas quem vive na escuridão por ela é consumida.
Às
vezes enxergo a vida como uma colina, daquelas que vemos nos desenhos animados
e vamos contornando com o olhar. Uma luta intensa para subimos ao topo, em
muitos casos sem propósito, apenas pelo prazer da chegada e depois vamos
descendo sem saber ao certo como será o caminho. Porém, o prazeroso é fazer o
percurso, desfrutar o que é bom, aprender com as criaturas que atravessam em nossos
caminhos e ir se convencendo que isso é que é viver.
Se
formos atentos poderemos observar as águas claras e cristalinas que descem das
encostas e com elas o frescor da vida. Uma longa caminhada que nos faz em
certos momentos desanimar, porém a relva que encontramos ainda molhada dos
orvalhos das noites nos faz acordar e perceber que do outro lado do rio alguém
nos espera cantarolando uma linda canção. Quem sabe não seja um anjo de luz a iluminar
nossos caminhos, que às vezes se turvam e a mostrar que nunca estaremos sós.
Não
tenho dúvidas que vim ao mundo a trabalho e para servir. Isso me emociona e me
mostra as tarefas. Como explicar esse propósito de nascer para servir? Sentir a
energia da troca, onde alimentamos os sonhos das pessoas desprovidas deles ou
ainda suprirmos o que o capitalismo selvagem levou por ganância a vida toda. Quem
pensa assim, não faz benevolência. Acolhe, ajuda caminhar, mas continua a lutar
contra quem provocou as injustiças e por uma nova sociedade onde os de baixo
tenham vez.
Hoje
quando vi o sol nascer me senti aliviado, entendendo que tudo o que foi se foi
e tudo há de vir virá. Que minha força de vencer todos os obstáculos e criar
coisas novas seja capaz de me ensinar a conquistar tudo que almejo e ter ao meu
lado as pessoas que me fazem feliz e, sobretudo que se sintam felizes também caminhando
ao meu lado.
Antonio
Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública e Social
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública e Social
Toni, você nos fornece importantes subsídios e meios para uma reflexão sobre a vida de cada um. Grato!
ResponderExcluirCaro Albiero
ResponderExcluirVocê sempre me brindando com sua leitura e seu comentário.
Muito Grato