Foto: Rede Brasil Atual
Lula em ato na Praça da República/SP
Lula em ato na Praça da República/SP
A decisão de hoje do Tribunal Federal de Recursos da 4ª Região foi de envergonhar a comunidade jurídica, especialmente o Poder Judiciário do país, mas isso será tema para outro texto.
A questão que
importa é: e agora, o que será de Lula? Agora, Lula é e será o nosso candidato
a Presidente da República!
Mas e se ele for
preso?
Ainda assim.
Teremos um candidato a Presidente da República do Brasil atrás das grades,
denunciando ao mundo que o país foi vítima de um golpe de Estado e continua sob
o jugo dos golpistas, corruptos e sanguessugas do erário, arvorados no
Executivo, no Legislativo e no Judiciário.
Mas ele poderá ser
candidato?
Sim. A lei
eleitoral lhe garante. O partido apresenta o pedido de registro da candidatura
e deixa que impugnem. Qualquer que seja o resultado, ele poderá levar adiante
sua candidatura até o fim. O processo prosseguirá no STF e não terá data para
terminar.
Mas e se ele vier a
ser eleito e posteriormente vier a perder o recurso no Supremo?
Os recursos
tramitarão lentamente, mas se houver o trânsito em julgado da decisão e ele
estiver lá por perto da metade do período de mandato, haverá *novas eleições* e
poderemos emplacar um Fernando Haddad, por exemplo, para suceder Lula.
O Plano B do PT só
pode ser esse, para depois das eleições de 2018, para a remota hipótese de
novas eleições.
Essa possibilidade
está garantida pelo §3° do art. 224 do Código Eleitoral:
"§ 3o A
decisão da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a
cassação do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito
majoritário acarreta, após o trânsito em julgado, *a realização de novas
eleições*, independentemente do número de votos anulados"
Se essa possível
cassação vier a ocorrer durante os dois últimos anos do mandato, a eleição será
indireta, de acordo com o art. 81, §1°, da Constituição. Ainda assim, o governo
Lula, conforme o grau de popularidade, poderá emplacar um ministro, por exemplo
- o próprio Haddad -, na improvável eleição indireta, a cargo do Congresso
Nacional.
Portanto, não temos
razão alguma para esmorecer. *Vamos com Lula sim, de cabeça erguida, até o
fim*.
*Luís Antônio
Albiero*
Advogado em
Americana e Capivari
Assessor jurídico
legislativo, com atuação no Direito Eleitoral
Obrigado pelo compartilhamento do meu texto, amigo e companheiro Toni. Aquele abraço!
ResponderExcluirPS.: Renovo os parabéns pelo blog. Altíssima qualidade, profundas e importantes reflexões. Um oásis nesse vazio de pensamento que vem tomando conta da nossa sociedade, especialmente nas redes sociais e espaços como esse seu.