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quinta-feira, 4 de março de 2021

O que esperar e o que fazer diante do caos?

 

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Há um ano estamos acuados e com medo sob o efeito da pandemia e em pleno crescimento desordenado.  O que esperar diante de tudo isso? O que estamos enfrentando? As festas clandestinas de carnaval? O efeito de ônibus, trens e metrô lotados levando e trazendo o povo do trabalho? A rebeldia das festas, comemorações e bares lotados? A volta das aulas e das reuniões e atos presenciais? Os cultos com igrejas lotadas? Ou tudo isso junto?

Nesse momento não faz a menor diferença do tipo de rebeldia, descaso ou descrença que estamos falando. A verdade é uma só. Mesmo com os números oficiais subnotificados com apenas às pessoas que fizerem o teste, o Brasil chegou ao seu limite na saúde, com hospitais lotados e no seu maior nível de mortes, perdendo em números apenas para os Estados Unidos.

Imaginem nessa seara se não fosse o SUS – Sistema Único de Saúde, que garante atendimento para a maioria da população. Defender o SUS é como defender a própria vida e ter a solidariedade como elemento fundamental.

Estamos diante da maior tragédia humana que o país já passou e num cenário de total incerteza à nossa frente. Poucos testes, pouca vacina, pouca vontade política, um presidente genocida que dialoga com a morte e a reverência necessária do capital ao deus mercado, que se impõe mesmo diante do caos. Só uma mudança de comportamento da população, aliada com a atuação de governadores e prefeitos de forma direta, com vacina pública para todos e todas poderá mudar o triste ciclo em curso.

Cá nos bastidores da vida real a única toada tem sido as eleições de 2022. Algo que preenche o universo de vaidade de algumas pessoas, além de despejar dinheiro no mercado para a indústria das eleições e de quebra dá uma amenizada na parte emocional, pois tudo se decide pela emoção e não pela razão. Sobrou algo para mirarmos nessa terra de ninguém?

Sobrou sim! Para quem foi forjado, ou forjada na luta e tem uma causa como referência de vida, no capitalismo sempre haverá um front de exclusão e desrespeito a ser enfrentado, para que os direitos da classe trabalhadora e de outros segmentos oprimidos pelo sistema não desapareçam, além das lutas específicas que necessitam de apoio e reforços para continuidade.

Garantia da saúde pública com vacina para todos e todas, defesa do SUS, garantia de continuidade da renda emergencial e Fora Bolsonaro e toda sua trupe, são as bandeiras prioritárias para o momento político que vivemos.

A grande tarefa é a construção de um projeto coletivo visando uma nova sociedade, o enfrentamento contra a usurpação de direitos e a busca imediata por melhores condições de vida, especialmente para quem mais precisa, com o empoderamento das mulheres, da juventude que pensa e luta, dos negros e das negras, da comunidade LGBT e de outros segmentos organizados.

Por onde começar? Por juntar pessoas inquietas e sonhadoras, para a criação de um espaço de cidadania, aberto a todas e a todos que queiram participar, onde seja possível misturar cultura com necessidades específicas, uma dose alta de solidariedade e ouvir as pessoas e aí tudo isso poderá virar um novo Projeto Coletivo, Compartilhado e Participativo, onde a participação nas eleições de 2022, necessariamente nasça nesse ambiente ou a partir dele. Com isso evitaremos que muita gente seja usada, apenas como “garrafinhas”, a serem trocadas por algum desejo alheio.

Como a luta não é geográfica e sim nacional, precisamos dialogar além das questões locais. Criarmos um ambiente comum para uma avaliação permanente das conjunturas, construirmos ações organizadas, focarmos nos nossos sonhos e planejarmos juntos e juntas um novo amanhã. Que tal?

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

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