Ontem no Dia Nacional
da Democracia, completou quarenta e sete anos do assassinato de Vladimir Herzog,
torturado e morto nos porões da ditadura militar pelos agentes do DOPS/SP, com
uma simulação de suicídio. A data foi escolhida em função de sua morte.
Em 2013, como parte dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV), a família conseguiu a retificação do atestado de óbito onde consta que a morte do jornalista se deu em função de "lesões e maus tratos sofridos durante os interrogatórios em dependência do II Exército (DOI-CODI)". (Agência Brasil, 25 de outubro de 2010)
Um triste fato entre centenas de outros
com centenas de mortos que fizeram parte desses tempos de trevas, sem contar as
mil ossadas humanas encontradas no governo de Luiza Erundina no cemitério de
Perus, que perambulam até hoje sem identificação. Um tempo comemorado pelo genocida
que desgoverna o país, que defende a ditadura de volta e a tortura como instrumento
de punição para os presos políticos.
Nós que defendemos uma sociedade livre,
justa, fraterna e igual para todos e todas com julgamento e prisão de todas as
pessoas que torturaram e mataram em nome de uma “Pátria Livre”, exatamente como
o inominável defende, temos na Democracia Direta e Participativa o principal
instrumento para uma efetiva mudança nessa sociedade de desiguais. Somos coletivos
e participação organizada desde crianças...
Porém, mesmo a Democracia
Representativa, que há tempo se encontra na UTI, por pouco representar, vide o
Congresso Nacional eleito, é por nos defendida, pois sua ausência é sinal de
ditadura e ditadura nunca mais! Vale salientar que isso ocorre devido a falta
de formação política, que facilite se saber quem representa o que e a quem.
Nossa antiga luta por mudanças na sociedade,
começa pela manutenção da Democracia, tão perseguida, que corre sérios riscos
se esse genocida for reeleito. Só há um democrata disputando a Presidência:
Luiz Inácio Lula da Silva.
Por isso, é importante ampliarmos a
discussão até domingo, mostrando para as pessoas que elas têm dois projetos a
escolher. Ser cumplice de um agente do mal que defende a morte e o desprezo humano
como aliados ou ser parceiro e parceira de um projeto pautado pela paz, amor e
investimento nas causas econômicas, sociais e humanistas.
Hoje pouco temos a comemorar, com a falta
de oportunidades, fome, desemprego e tantas outras desgraça e mentiras, onde
até o atentado de Paraisópolis com o turista que quer governar São Paulo foi
fake e o Bang Bang Tabajra não dando certo. Porém domingo poderá ser um lindo
dia da mais louca alegria que se possa imaginar.
Estarei a postos no Domingo e sei que
todas as pessoas que tornam a luta por uma nova sociedade de iguais uma missão
de vida, também estarão para que tenhamos uma eleição limpa e a noite podermos
comemorar juntos e juntas, nas ruas e parças do país o melhor que está por vir:
Lula Presidente para o Brasil sorrir novamente.
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Fizemos um debate interessante no Congresso do Sintaj/PB na última sexta-feira. A professora Simone da UFPB argumentou que a sociedade se transformou completamente, que agora temos novas tecnologias e tudo mais...
ResponderExcluirMeu questionamento foi nesse sentido, sim a sociedade mudou, mas e o homem?
Quando cursei História, ficava imaginando, meu Deus, como o povo alemão votou em Hitler? apoiou seus desmandos que culminaram na morte de mais de 6 milhões...
Na idade média, a mãe que curasse a febre do filho com um chá, e fosse denunciada, o tribunal da inquisição da igreja a condenava à morte na fogueira, na praça... E lá iam centenas de cristãos assistir ela ser queimada viva, aplaudindo...
Por mais de 300 anos os brancos escravizaram os negros, por acharem que eram desalmados, inferiores...
E hoje, século XXI, um presidente sobe no palanque, e fala em "metralhar a petralhada", seus adversários políticos e é, igualmente, aplaudido por milhares de pessoas...
Aí eu pergunto, o que mudou?
Como fazer para que a democracia e a justiça (que era o tema do congresso) de fato aconteça? Algum dia ocorrerá?