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sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Que país é esse que surgiu das urnas?


 

Como fiscal do partido, pude visitar os locais de votação e observar o comportamento desse estranho povo vestido de verde e amarelo votando saltitante no inominável e seus representantes. Votando para alguém que trabalhou o tempo todo à serviço da morte, armou seus asseclas para uma guerra e seduziu eleitores e eleitoras, a partir do ódio, com falsas promessas e sobretudo desejando o pior para Lula e para petistas.

Como é fácil enganar o povo sem formação política. Basta um bom argumento religioso, demonizar o principal opositor e contar lero-lero o tempo todo. Uma mamadeira de piroca aqui, um Kit-Gay acolá, ou um Lula é ladrão a toda hora e a todo instante e de quebra dizer que ele é o chefe da quadrilha. Pronto! O principal argumento está pronto.

Com isso, vão livrando a cara de um construtor de desavenças, genocida, que desrespeita mulheres, crianças, negros e negras, jornalistas e quem o desafiar, além de ser maçom e se esconder atrás das igrejas evangélicas. Como explicar uma família que compra 105 imóveis, sendo algumas mansões e pagar 51 com dinheiro vivo? Quem sabe guardados nos colchões ou nas cuecas de diversos “laranjas”. Um ser tão desprezível e repugnante e canibal, que até declarou ter sentido vontade de comer carne de índio.

Essas eleições revelaram um Congresso Nacional e as Assembleias Estaduais, compostos pela maioria da direita e da extrema direita, com mais militares eleitos, mais de 700 milionários, poucas mulheres, como sempre foi, vários empresários, principalmente do agronegócio e com poucos representantes da classe trabalhadora, das políticas sociais, da agricultura familiar e de quem ainda se sensibiliza com a miséria do povo.

O que podemos esperar é o avanço do caos, com o fim dos poucos direitos trabalhistas ainda existentes, do SUS e dos direitos de servidores e servidoras; o privilégio das empresas de saúde podendo escolher que doença faz parte do convênio, sucateamento total da saúde, educação, meio ambiente e o fim de tantas outras políticas públicas, além do aprofundamento da fome, do desemprego e da miséria. Um país em trevas...

Na contramão de tudo isso e na defesa dos direitos, da cidadania e da democracia, nos cabe eleger Lula Presidente, mesmo sabendo que terá muitas dificuldades com um Congresso Nacional dessa magnitude, porém com apoio popular das ruas e das instâncias sérias em nível nacional, além dos nossos representantes eleitos e eleitas.

Sua maior tarefa será derrubar o tal do orçamento secreto, as coisas secretas por cem anos da família do “mito”, o teto de gastos         que precariza a educação, saúde, meio ambiente e o resgate de todas as políticas sociais. Ou faz isso ou não conseguirá avançar nesse cenário de trevas que Temer e o genocida deixaram até o momento.

O impressionante é que essa trupe verde e amarela, é composta majoritariamente por pobres e fazem vistas grossas para 33 milhões de famintos e famintas, além de 60 milhões de pessoas ganhando até 1200 reais, trabalhando por dia até nos grandes magazines, ou ainda as milhares de pessoas que moram nas ruas pedindo esmolas.

Esse não é o país que lutamos para construir, contra as desigualdades, discriminações, violências e todas as formas de preconceitos. É o país deles e delas que se pintam de verde e amarelo para disfarçar as cores sem vida que se tornaram. Nosso país é feito de amor, sem ódio, apenas com os enfrentamentos necessários da luta de classes, mas com a convicção de que poderemos ser um país para todos e todas que lutam por seus direitos e juntos rumaremos para a construção de um novo mundo possível.

Quero deixar muito claro que sou de esquerda, que sempre tive lado e meu lado é o lado das pessoas discriminadas, que sofrem preconceitos, sem tetos, sem terra e sem perspectivas para o amanhã. Meu lado é o de quem continua em luta para construção de uma sociedade justa, fraterna e igual para todos e todas. Caso seja essa sua opção seguimos juntos e caso não seja nos encontraremos como adversários nas lutas futuras.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

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