Política, Religião e Futebol se discute sim...
Em respeito a
todos e todas que foram torturadas e mortas pela ditadura militar sangrenta,
além dos que lutaram até o fim contra o golpe de 64: Hoje é um dia para se lutar
e não esquecer. Ditadura nunca mais!
Venho de uma
geração católica que teve a Teologia da Libertação como o fundamento religioso
de fé e resistência às ditaduras sangrentas militares que exterminaram pessoas na
América Latina e teve na igreja progressista um ponto de encontro com a
esperança.
Uma igreja que assumiu
na época a Opção pelos Pobres, a partir dos Encontros de Puebla e Medelim e a
igreja templo movida pelo dinheiro resolveu perseguir os mentores intelectuais
dessa Teologia e os puniu de várias formas, criando uma vertente da igreja light
proibida de falar em política que fica saltitando nas praças em nome de Jesus e
de costas para a exploração e a todas as formas de violência que assola o país.
Essa forma de
ser da igreja católica conservadora direitosa, aliada principalmente às igrejas
pentecostais, odeia o Papa Francisco, odeia política, odeia Lula e o PT e odeia
quem pensa, tudo em nome do comunismo que por total ignorância política, nem imaginam
o que possa ser. Eu tenho é muita pena dessa gente sem história.
O resultado
desastroso disso foi votarem, elegerem e apoiarem um genocida fascista, que não
respeita nem mesmo a filha que tem, mas se tornou o mito dessa gente.
Foi no combate
às ditaduras, na luta contra todas as formas de discriminação, preconceitos e
violências que chegamos até aqui. Ao contrário dessa geração alienada que votou
num monstro como herói, lemos Paulo Freire, estudamos muito os clássicos,
discutimos muito o melhor da política, participamos ativamente dos principais
momentos políticos de enfrentamentos por direitos, justiça e liberdade e
caminhamos para a construção de uma nova sociedade justa, fraterna e igual para
todos e todas.
Mesmo que nos
chamem de utópicos, é a utopia que nos move, alimentada todos os dias pelos
sonhos de um novo mundo. Pelo menos quando não mais existirmos, saberão que
erramos muito e pedimos desculpas a quem magoamos, mas saberão também que
deixamos uma história escrita por várias mãos e sentidas por vários corações.
Creio que viver
seja isso. Não ter a vergonha de ser feliz e estar sempre a serviço das causas
humanistas e que servirão de flores no caminho das lutas que virão para que os
jardins nasçam primeiro nos corações de quem ama a vida e se sensibiliza com milhares
de pessoas que são exploradas e se submetem a viver numa subvida...
Um aviso à
nação alienada seguidora do monstro sem alma e sem luz: Discutir política,
religião e futebol, entre outros assuntos, faz bem à cabeça e principalmente ao
que vocês vão deixar de herança cultural para os filhos e as filhas de vocês.
Que tal?
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
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