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terça-feira, 11 de abril de 2023

Deu a louca no mundo?

Juntando tudo que ocorreu de sinistro nos últimos anos, desde o golpe à Presidenta Dilma, com as milhares de mortes que podiam ser evitadas, com loucos e loucas armados até os dentes seguindo o “mito” do mal, além do incentivo à violência por quem devia combater, só podia resultar nas loucuras com requinte de barbárie e crueldade que estão ocorrendo no momento.

O que parece é que estamos diante de uma nova versão do filme: “Deu a louca no mundo”. Uma versão tupiniquim iniciada há quatro anos, quando um povo sem noção política e cúmplice resolveu eleger um Anticristo genocida que matou milhares de pessoas com seu deboche e negacionismo, quando já tinha tomado a vacina escondido de seus seguidores e seguidoras.

Fico imaginando o que será do futuro em que os valores e os princípios que defendemos a duras penas moram há anos luz dessa louca realidade. É certo que vencemos as eleições, mesmo diante de todas as fraudes geradas, com gente sendo impedidas de votar e o ódio comento solto por onde passávamos. O “mito” do mal foi derrotado, porém o ódio de quem o segue não.

Famílias se dividiram, amizades foram desfeitas, o luto tomou conta do país e a tristeza andou de passos largos, mas por mais uma vez, o amor venceu o ódio e todos os setores perseguidos estão buscando sintonia com quem prega a harmonia ao invés de desavença com armas na mão.

Somos seguidores e seguidoras de Paulo Freire e de tantos outros pensadores odiados por quem não lê. Lemos sobre história, filosofia, sociologia, antropologia e tantos outros temas que nos fazem pensar e foram banalizadas pelo feitor de desavenças e ainda são por quem o segue. Sabemos que além das tragédias que ocorrem em determinados ciclos, o bem acaba vencendo.

A história da humanidade é assim. O bem e o mal se digladiando. O amor e o ódio medindo forças diariamente e as pessoas tentando se encontrar sobre quem são, quais suas missões, o que vieram fazer em vida e o que deixarão como história. Há quem só deixe rastros e há quem lute todos os dias para construir saídas onde o mal tenta se apoderar. Faço parte desse mundo.

Nós militantes por uma causa somos sobreviventes do caos, pois caminhamos de mãos dadas no front onde os desmandos acontecem, levando esperança onde amor é descartado pelas facilidades expostas e acreditando em nossas utopias alimentadas pelos sonhos diários de uma nova vida, onde o amor e o amar sejam protagonistas para o renascer de um novo mundo.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


 

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