Há indícios de que sempre
esteve viva, alimentada pelos ditadores de plantão, permitida pela direita,
propagandeada pela imprensa golpista e agora ressurge em várias partes do
mundo, se alimentando das desavenças políticas e do sangue dos inocentes.
Qualquer análise de conjuntura nacional ou internacional, feita do ponto de vista de uma perspectiva de esquerda, há de passar pelos fatores que geraram o crescimento da extrema direita, tanto no Brasil como em várias partes do planeta.
Trata-se
politicamente de um processo complexo em busca de uma raça pura, como uma onda,
ocupando o lugar que deveria ter sido construído, organizado, preservado e
ocupado pela esquerda e pelos movimentos organizados de todas as matrizes.
Aqui no Brasil está evidente
que foi o genocida que criou essa convulsão social e política, com seu descaso,
declarações de ódio e armando a população. Uma população violenta e desinformada,
que não só votou, como também o tornou seu “mito”. Algo inspirado pelo que foi
o governo Trump nos EUA, onde a mentira determinou quem governava.
Esses fatores provocaram uma ruptura
cultural e de valores, onde a boa política foi banalizada, tendo início com o
golpe contra a Presidenta Dilma, com as famigeradas reformas e o desgoverno do
genocida. Famílias se dividiram, amigos e amigas se distanciaram e o mundo da
politicalha virou o grande império com base em Fake News.
Sempre tivemos conhecimento de
que esse tipo de gente, gerado principalmente pela mente doentia de Hitler e
seus aliados sempre existiram, porém numa escala de valores bem pequena, sem
uma interferência direta e maior na vida política e pessoal de uma grande parte
da população que se deixou levar pelo fundamentalismo religioso e pelos falsos
líderes que ainda ocupam um grande lugar de destaque no mundo da política.
É necessário reforçar a ideia de
que algo desse tipo só acontece devido à falta de formação política e de organização
dos setores em luta por seus direitos, além de uma imprensa golpista e uma Justiça
em boa parte parcial.
Há um vácuo deixado pela
esquerda, que não consegue organizar uma frente política visando uma nova forma
de governar e uma sociedade sem exploradores, nem explorados. O que há de fato
é uma certa ilusão com o que chamam de poder, mas se esquecem do que disse Marx
– “Num país capitalista quem determina é o econômico...”.
O que fazer? Seguir em luta de
mãos dadas com sonhadores e sonhadoras, que nunca desistiram de lutar contra
todas as formas de violência, preconceitos e por um mundo justo, fraterno e
igualitário para todos e todas. Um mundo onde a justiça prevaleça diante de
todas as anormalidades que cometem uma parte considerável da sociedade.
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social
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