A vitória de mais um fascista como presidente, põe o mundo da democracia em alerta e precisamos entender o que levou a extrema direita ressurgir dos sarcófagos, liderar movimentos e governar alguns países. Algo tão absurdo como o canto das sereias.
Uma mistura de nacionalismo, que sequestra os símbolos
nacionais, moralismo religioso centrado nas igrejas neopentecostais, setores
das igrejas tradicionais e uma parte da igreja católica e uma economia ultraliberal,
com a destruição de direitos e a privatização de tudo que é público ou no falso
combate à corrupção, como fazia o ladrão de joias.
O que foi preciso para tudo isso acontecer? Bons discursos de
“salvadores da pátria”, pastores e padres conservadores enganando seus fiéis e
uma imprensa golpista dando todo apoio, mesmo sendo tratada com todo desprezo,
como no tempo do genocida.
Assim foi com Trump, que fez com que parte dos americanos
achasse que a verdade tinha morrido, com o inominável brasileiro, que matou
milhares de pessoas por falta de vacina, com a Bolívia depois da renúncia de
Evo Morales com sua vice e o crescimento dos ultraconservadores na Espanha,
Suécia, Alemanha, Chile e em outros países.
O ocorrido na Argentina, não foi diferente de São Paulo com o
carioca eleito Governador. Um povo movido a ódio e sem noção política, refém de
seus falsos líderes.
Segundo Aldo Fornazieri, doutor em Ciência Política, a
extrema direita cresce no vácuo da incapacidade dos liberais e dos partidos de
centro esquerda de resolver problemas básicos das sociedades, que foi o ocorreu
na Argentina. Além disso, a esquerda historicamente, não consegue se unir em
torno de uma frente e de pautas comuns.
Para nós que pensamos, agimos, lemos Paulo Freire, gostamos
de sociologia, filosofia e história, além de lutarmos por uma sociedade justa,
fraterna e igual para todos e todas, embora hoje achando ser uma longe utopia,
vemos o fascismo como uma doença social e política, nascida da ignorância
política, alienação e o fundamentalismo religioso.
O povo sofrido é enganado com falsas promessas e abduzido para
um mundo paralelo, onde só seus algozes ganham e eles os mantém com seus pobres
salários.
Fico feliz de ter escolhido um lado da história onde não
tenho receio de me envergonhar e junto com sonhadores e sonhadoras vamos
escrevendo uma nova história de vida.
Antonio Lopes
Cordeiro (Toni Cordeiro)
Estatístico, escritor e pesquisador em Gestão Social
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário sobre o Post