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quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Eu choro por ti Argentina...

A vitória de mais um fascista como presidente, põe o mundo da democracia em alerta e precisamos entender o que levou a extrema direita ressurgir dos sarcófagos, liderar movimentos e governar alguns países. Algo tão absurdo como o canto das sereias.

Uma mistura de nacionalismo, que sequestra os símbolos nacionais, moralismo religioso centrado nas igrejas neopentecostais, setores das igrejas tradicionais e uma parte da igreja católica e uma economia ultraliberal, com a destruição de direitos e a privatização de tudo que é público ou no falso combate à corrupção, como fazia o ladrão de joias.

O que foi preciso para tudo isso acontecer? Bons discursos de “salvadores da pátria”, pastores e padres conservadores enganando seus fiéis e uma imprensa golpista dando todo apoio, mesmo sendo tratada com todo desprezo, como no tempo do genocida.

Assim foi com Trump, que fez com que parte dos americanos achasse que a verdade tinha morrido, com o inominável brasileiro, que matou milhares de pessoas por falta de vacina, com a Bolívia depois da renúncia de Evo Morales com sua vice e o crescimento dos ultraconservadores na Espanha, Suécia, Alemanha, Chile e em outros países.

O ocorrido na Argentina, não foi diferente de São Paulo com o carioca eleito Governador. Um povo movido a ódio e sem noção política, refém de seus falsos líderes.

Segundo Aldo Fornazieri, doutor em Ciência Política, a extrema direita cresce no vácuo da incapacidade dos liberais e dos partidos de centro esquerda de resolver problemas básicos das sociedades, que foi o ocorreu na Argentina. Além disso, a esquerda historicamente, não consegue se unir em torno de uma frente e de pautas comuns.

Para nós que pensamos, agimos, lemos Paulo Freire, gostamos de sociologia, filosofia e história, além de lutarmos por uma sociedade justa, fraterna e igual para todos e todas, embora hoje achando ser uma longe utopia, vemos o fascismo como uma doença social e política, nascida da ignorância política, alienação e o fundamentalismo religioso.

O povo sofrido é enganado com falsas promessas e abduzido para um mundo paralelo, onde só seus algozes ganham e eles os mantém com seus pobres salários.

Fico feliz de ter escolhido um lado da história onde não tenho receio de me envergonhar e junto com sonhadores e sonhadoras vamos escrevendo uma nova história de vida.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni Cordeiro)
Estatístico, escritor e pesquisador em Gestão Social

 

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