A herança herdada do Neoliberalismo
apontou sempre para uma sociedade mercantilista e com sérios problemas na
gestão das políticas publicas. O enfrentamento do desmonte do Estado Brasileiro
foi feito de maneira pouco consistente.
Quando o Partido dos Trabalhadores chega a ganhar as eleições
presidenciais de2002, ele faz uma opção clara de um governo de Conciliação
Nacional, como já apontava a Carta ao Povo Brasileiro antes das eleições
daquele período. Esta opção feita teve o seu preço a pagar. Quando a elite
brasileira, rachada pela crise do capitalismo e desconfiada da capacidade política
da direita em conduzir o país ao enfrentamento das crises cíclicas do
capitalismo, opta pelo apoio ao governo do Partido dos Trabalhadores e o faz de
forma consciente sabendo que ela iria ganhar muito com isto e assim aconteceu.
Apesar disto o que vimos neste período foi um avanço nas políticas publicas
muito grande neste país, sobretudo as políticas que começaram a inserir os
pobres na sociedade.
Superar este tipo de aliança com a elite
brasileira e, sobretudo os partidos políticos que a representam no Congresso
Nacional é a tarefa primordial para superar a herança deixada pela direita
conservadora e neoliberal. E na atual conjuntura histórica do Brasil, na qual o
país está inserido e na atual situação que o Estado brasileiro se encontra
organizado, esta aliança já se esgotou, porque os passos dados pelo governo do
PT nos anos iniciais com Lula na presidência de reforma do Estado com a
inversão da visão macro econômica em relação às prioridades do Estado se
esgotaram e chegou a hora de se fazer as grandes reformas estruturantes do País
que levará a sociedade brasileira há outro patamar.
E para se fazer estas Reformas serão
necessárias que se faça o enfrentamento
com as elites brasileira, porque neste debate estaremos em lados opostos. São
cinco fundamentais Reformas que colocarão o Brasil na vanguarda do
enfrentamento do Capital e que internamente trará uma politização das bases
sociais que deverão ser o sustento deste amplo debate. Reforma dos Meios de
Comunicação, Reforma Política, Reforma da Previdência, Reforma Agrária/ Urbana
e Reforma do Judiciário. Na atual correlação de forças em que se encontra o
governo a Reforma dos Meios de Comunicação é para mim a que deve o campo das
reformas, por dois motivos; primeiro, porque é um debate que no bojo central
une as esquerdas e os Movimentos Sociais estes mesmo que na hora crucial em que
o projeto de sociedade capitaneada pelo Partido dos Trabalhadores e é isto que
necessitamos neste momento e segundo porque sem uma Reforma nos Meios de
Comunicação nós correremos sérios risco de perder o debate na sociedade das
outras reformas, pois a elite tem se organizado em torno dos meios de
comunicação que dão eco as suas demandas.
Estes são os passos para a superação dos
percalços causados pelo neoliberalismo na sociedade brasileira, e para podermos
iniciar de fato um caminho que priorize as camadas menos favorecida da
sociedade brasileira.
Bruno Francisco
Pereira
Sociólogo -
Conselheiro Tutelar de Americana SP
Aluno de Pós-Graduação em Gestão e Políticas Públicas
Fundação Perseu Abramo
Aluno de Pós-Graduação em Gestão e Políticas Públicas
Fundação Perseu Abramo
brunofrancisco77@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário sobre o Post