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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Carta ao Infinito azul da imensidão

Foto: http://oficinadetextosescreviver.blogspot.com/2018/07/viajei-so-longe-fui-oswaldo-u-lopes.html

Lindo infinito do azul do céu e do mar, qual sua dimensão? Caibo eu e meus sonhos inacabados dentro dessa bolha que chamamos de tempo? Por onde anda a luz para me guiar? O que vejo são imagens verdadeiras, ou apenas vultos, fruto da minha imaginação?

Velejar ou voar rumo ao infinito de nossas existências pode representar uma viagem segura ou o lamento de encontros e desencontros. Sabemos que nada na vida é definitivo ou tampouco o que nos deparamos seja a resposta do que procuramos, mas, nem por isso deixamos de voar ou velejar. Em muitos casos dependemos do vento para nos deslocar, como se fôssemos pipas, que ora voam felizes ao sabor do vento e ora se desgovernam com os fortes ventos em suas direções. Caso o vento esteja a favor, por certo chegaremos mais perto do paraíso.

Caro infinito, saiba que queria, nem que fosse por um instante, poder conquistar numa noite estrelada uma estrela bela, só pelo prazer de apreciá-la e receber a sua luz. Algo que unisse o prazer de estar com o que imaginamos ser um sonho, ou, ainda, por pura pretensão, caminhar rumo ao futuro tendo seu brilho como guia, onde ambas as situações pudessem emoldurar minha imaginação.

Queria eu não ter que passar pelos dissabores da ausência de luz, dos medos do que se esconde por trás dos arvoredos, dos gigantes adormecidos ou dos pesadelos que nos assombram. Queria na verdade ter a confiança da cumplicidade de algum ser, para não ter o desprazer de ouvir uma voz dizendo que nada sou e que nada serei. Sei que sou e sei também que serei e quem sabe sou hoje o resultado da minha segurança de ser.

Se finita é a dimensão da vida, mostra-me como chegar ao infinito de um sonho de verão, onde, além das andorinhas voando em círculos, uma voz chegue de mansinho e me diga que não estou sozinho nessa caminhada rumo ao futuro. Quem sabe essa voz não seja daquela estrela que se desgarrou da constelação e também busca aconchego?

Caro infinito, o que busco na vida? Ser um bom dia para alguém. Ser luz em sua caminhada. Ser imaginação viva. Ser carinho em abundância. Ser amor e ser amar. Ser o que alguém procura para se iluminar. Quem sabe possa até ser meia luz, apenas para provar que vivo estou e vivo serei ao compartilhar meus sonhos e desejos com quem conseguir entender minha linguagem.

Que eu me torne um ponto de luz, onde alguém ao me encontrar nesse imenso azul do infinito possa reavivar minha chama e eu possa me tornar uma luz tão intensa que nunca me perca na escuridão ou ainda que nunca seja  invisível.

Que o céu e o mar possam ser a inspiração que falta para eu também virar uma estrela.

Antonio Lopes Cordeiro
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública Social

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