Há quem
diga que um conto pode ser descrito como um relato intencionalmente falso e
enganoso, porém, há quem afirme que um conto narra uma determinada situação de
forma a envolver seus personagens e, principalmente quem se propõe a ler. Quem
conta um conto fortalece o intelecto de quem ouve e pode até modificar vidas,
sem falar que cada um de nós tem um conto para contar!
Eu por
certo escolheria a conversa mágica que tive com uma figura humana chamada Paulo
Freire, composta pela metáfora do carrossel, transformada em projeto e colocado
em prática vinte anos depois.
Porém, o
objetivo aqui não é contar um conto, mas construir um enredo subjetivo onde
quem ler se sinta dentro do cenário descrito e quem sabe possa também
contribuir para possíveis contos sobre as mais diversas formas de se mostrar
para a vida. Minha contribuição nesse sentido acontece em forma de uma viagem
imaginária pelo universo das nossas existências.
Ao fechar
os olhos e buscar enxergar a vida, me vem à mente à figura de uma carruagem
seguindo numa estrada estreita arborizada e tendo o tempo como seu condutor,
conduzindo-a de forma paciente e com total controle da situação. Dentro dela eu
e meus pensamentos, onde passado e presente ora dialogam e ora se enfrentam.
Ora caminham de mãos dadas e ora se digladiam. Tudo isso mirando o futuro e, no meu entendimento, o futuro é uma caixinha mágica que não temos acesso.
Nessa
metáfora, podemos imaginar que a carruagem passará por diversos vilarejos até o
fim da viagem e cada um deles podendo representar cada ano de nossas vidas e
tudo o que os compõem. A missão é abstrair o melhor que cada um desses
vilarejos possa vir a nos oferecer e, também torcer para que estejamos sempre atentos
para sentir ao chegar a cada um deles uma suave brisa que vem nos dar boas
vindas.
Quem sabe
possamos nos deparar com água cristalina, banho de cachoeira, cheiro de mato
molhado e pessoas que também estão em busca de dias melhores, de novos amores e
de um bom papo que possa resultar em amizades sinceras e quem sabe até possamos avistar um arco-íris que se forma com a evaporação da
água da cachoeira.
Nessa
viagem pelo interior de nossas vidas tem hora de sinfonia, de poesia, do sereno da noite, de lua e estrelas e também tantas outras de musicas
desafinadas e estranhos sons que insistem em incomodar nossos ouvidos. Um
conjunto completo de ações, reações, sentimentos, dores, prazeres e a
experiência que fica de cada vilarejo que passamos e a vontade de que no próximo
estejamos mais preparados para aproveitá-lo com toda intensidade.
Uma coisa
é certa. A estrada da vida nunca é uma linha reta! Sábios são os que conseguem aproveitar o melhor da viagem, mesmo com os solavancos da
carruagem ao deslizar por caminhos tortuosos.
Há algo
também a se pensar!
A vida nem sempre se apresenta como uma bela carruagem deslizando por uma estrada singular. Há momentos que pode representar um enorme precipício a ser atravessado, onde a possibilidade de cair se torna eminente e só uma mão amiga e às vezes invisível para nos amparar. Porém diante de qualquer precipício o mais importante é ter a disposição de seguir em frente, buscando superar os diversos obstáculos que se puserem no caminho, sem a preocupação e a necessidade de determinar o que é certo e que venha a ser errado. Viver é ter a ousadia de ser feliz.
A vida nem sempre se apresenta como uma bela carruagem deslizando por uma estrada singular. Há momentos que pode representar um enorme precipício a ser atravessado, onde a possibilidade de cair se torna eminente e só uma mão amiga e às vezes invisível para nos amparar. Porém diante de qualquer precipício o mais importante é ter a disposição de seguir em frente, buscando superar os diversos obstáculos que se puserem no caminho, sem a preocupação e a necessidade de determinar o que é certo e que venha a ser errado. Viver é ter a ousadia de ser feliz.
Que eu, você e nós, possamos nos distrair com prazer na viagem de nossas
existências, e que tenhamos a calma suficiente para enxergarmos o melhor que
cada vilarejo tem a nos oferecer.
“Renda-se,
como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se
preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento”. (Clarice
Lispector)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
“Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento”. (Clarice Lispector)
ResponderExcluirEsta citação mostra com a vida é muito mais que um simples e belo bater de corações. Belo texto Toni.