Ao fazer um pequeno giro pelo mundo, observa-se o crescimento da extrema direita ou da ultradireita como é chamada e nos chama a atenção em países como Alemanha e especialmente nos Estados Unidos e Portugal, que estão deportando grande parte de seus imigrantes.
Esse fenômeno está acontecendo
por aqui também, desde o surgimento da figura sinistra do genocida inelegível e
vem se espalhando como se fosse algo do bem, mas é a negação total da
Democracia, mesmo a representativa que se encontra na UTI, aos Direitos Humanos
e da Classe Trabalhadora. Fenômeno esse alimentado pela destruição de direitos
e pelo ódio.
Estamos numa crise mundial, como
sempre alimentada pelo Estados Unidos, com o genocídio em Gaza e uma invasão
insana de Israel ao Irã, que pode virar na Terceira Guerra Mundial. Alguém tem
que deter esse genocida, em nome de todas as mulheres e crianças que ele matou.
Vivemos ainda uma crise de
valores, que a meu ver é o ponto principal, para uma mudança de comportamento
tão profunda por uma parte da população e por aqui tem como tática o uso da fé
como negócio e o fundamentalismo religioso como elemento ideológico, além do
envolvimento de ideias militares no processo educativo.
Não podemos generalizar, pois nem
todo evangélico ou evangélica é alienado ou alienada ou se deixa manipular. Tem
uma boa parte que pensa e age de forma diferente e resiste a essa manobra. Esse
processo antirreligioso atingiu também a igreja católica, provocando uma
divisão entre a Teologia da Libertação e a Teologia da Prosperidade ou a
Teologia do Domínio.
O que pode ser feito para uma
intervenção nessa situação deplorável? Trabalhar para conquistarmos mentes e
corações das pessoas que andam perdidas, quem sabe esperando alguém para lhes
mostrarem o caminho. Construir passo a passo um trabalho de base.
Como boa notícia, aconteceu ontem
e antes de ontem na cidade do Porto em Portugal, o primeiro congresso da Aliança
de Esquerda Europeia Pelo Povo e Pelo Planeta – ELA (sigla em inglês).
O encontro marca o nascimento formal de um novo partido transnacional, que
reúne forças da esquerda renovadora, ecossocialista, feminista e antirracista
de diversos países do continente.
Por aqui as lutas continuam,
apesar dos desencontros da esquerda brasileira e são elas a esperança de uma
nova sociedade: Justa, fraterna e igualitária para todos e todas.
Toni Cordeiro