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sábado, 15 de fevereiro de 2014

A vibrante militância da juventude petista da RMC em busca de uma nova forma de governar


Ontem à noite na cidade de Campinas, aconteceu um daqueles momentos, capaz de revigorar nossas energias, nos fazer voltar a sonhar e não perder a esperança jamais de que de fato a sociedade se reinventa a cada instante e as lutas do passado, não resolvidas, se entrelaçam à conjuntura atual.

Só vai entender o que estou a falar, quem não se pauta pela mídia conservadora e parcial, quem não foi contaminado pela direita raivosa e quem toma decisões estratégicas na vida a partir de um referencial coletivo, que passa a integrar seu próprio projeto de vida. Ou seja, quem milita por uma causa político-econômica e social que supere as injustiças e inclua todas as pessoas banidas da sociedade.

Fui convidado para o encerramento da Caravana Horizonte Paulista, coordenada pelo Ex-Ministro Alexandre Padilha e virtual pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo, ocorrida no Sarau que a juventude preparou para ele.

O diretório do Partido dos Trabalhadores de Campinas estava repleto. Num clima descontraído, vários jovens de diversas regiões, matrizes étnicas e lideranças de diversas causas e entidades, estavam presentes, além de muitas outras pessoas de todas as idades e puderam livremente se posicionar com suas reivindicações e, sobretudo com suas opiniões para o conteúdo de um Plano de Governo Participativo, em busca de uma nova forma de governar São Paulo.

Rostos alegres e descontraídos. Falas carregadas de emoções. Indignação pelo abandono do Estado de São Paulo, pela forte repressão e assassinato de jovens paulistas, principalmente os da periferia e negros. Tudo isso aliado ao compromisso de irem às ruas e fazer a disputa rumo a um novo projeto de governo do Estado.

Do outro lado um pré-candidato atento, conectado com os interesses da juventude e, sobretudo vibrando junto a cada depoimento. Foi assim, o tempo todo, o comportamento de Alexandre Padilha. Naquele momento, mal dava para separar quem era povo e quem era o personagem principal daquele encontro. Assim como não dava para separar jovens e pessoas mais idosas, misturadas numa forte energia prontas para a segunda etapa.

Por um instante eu passei a entender perfeitamente o porquê tinha escolhido em 1974, numa pequena cidade de Pernambuco, minha querida Belo Jardim, ter um lado, apoiando junto com um pequeno grupo de pessoas Marcos Freire para Senador e o MDB como ponto de partida na minha militância à esquerda, com opções claras e prontas para no futuro ajudar as Comunidades Eclesiais de Base ligadas à Teologia da Libertação, as longas caminhadas ao Estádio da Vila Euclides e ao Paço Municipal de São Bernardo do Campo nas greves de 79 e 80 e principalmente a opção sem hesitar de me filiar ao Partido dos Trabalhadores. Aliás, por duas vezes. Uma em 1980 que a ficha desapareceu e a outra em 1982.

Imagino que viver é isso. Numa semana estar com os gestores, militantes e pessoas da aldeia indígena numa pequena cidade na divisa de Mato Grosso com Rondônia, chamada Rondolândia, ajudando a capacitá-los e aprendendo com eles e na outra viver as emoções da alegria incontida daquela juventude e poder dizer: estamos juntos.

Para completar o cenário, como esquecer as palavras do Vereador Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores em Americana, Moacir Romeiro, proferidas no evento com o Ex-Ministro Padilha. Disse ele: “Companheiro Padilha, por certo você terá apoio do empresariado, de vários partidos e de várias partes da sociedade, mas de nada vale se você não vier a governar com o povo, respeitando os setores organizados e ouvindo suas reivindicações. Só assim seu governo poderá ser considerado um governo democrático e popular”.

Só consegue entender o que significa isso quem escolheu um lado para atuar e quem ainda se indigna com todo processo de exclusão provocado pelo poder econômico global.

Ser petista, não é ter cargo e muito menos posição em qualquer tipo de poder. Ser petista é antes de tudo sentir na alma o pulsar da sociedade se reinventando e se sentir também sujeito dessa história que está sendo escrita a várias mãos.


Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Coordenador do Programa de Capacitação Continuada
em Gestão Pública e Social da Fundação Perseu Abramo
toni.cordeiro1608@gmail.com

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