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Onde procuramos a luz que ilumina nossos
caminhos? Quando nos perdemos de nós mesmos onde nos procurar? Onde queremos
chegar? Que utopias nos movem?
Em tempos de pandemia parece que todas
as carências se juntam para nos por em ebulição e testar de uma só vez coração,
mente e espírito, quem sabe para que não paralisemos no tempo. Uma forma de
testar nossos limites, paciência e fé. A partir dessa realidade a maior tarefa
consiste em criar formas diversas de passar o tempo e com conotação muito diferente
de quem está só ou em companhia de alguém.
Qual é a primeira imagem que te vens à
cabeça quando fechas os olhos e permites olhar para o infinito em busca de
respostas para a vida? Consegues visualizar os possíveis caminhos que se abrem
a partir da tua imaginação? Estás no presente mirando o futuro ou teu passado
te aprisiona e não consegues caminhar?
Caso fizéssemos uma pesquisa distribuída
por idade, sexo, religião e comportamento político por certo se teria um cenário
muito variado com as respostas, pois essas imagens refletem a forma de ser, de
amar e de ver o mundo a partir de um prisma particular composto pelas diversas culturas
e conhecimentos, sonhos e utopias, onde o cartesiano e o abstrato se digladiam
querendo provar quem tem mais autenticidade. A emoção ou a razão? O destino ou
o acaso? O cérebro ou o coração? O amor comprometido ou o prazer sem
compromisso? Enfim, várias abstrações poderiam revelar que humanidade temos e
onde nos situamos a partir das nossas emoções.
Esse é um exercício que se fizermos nos permitirá
sairmos do embrutecimento que a vida moderna nos levou, nos individualizando em
suas tecnologias, mesmo dialogando com o mundo e voltemos ao ponto central onde
residem nossas emoções e onde a vida nos levou com todas suas variáveis, onde
as crenças, as heranças culturais, o acúmulo de experiências e principalmente a
sabedoria, juntas moldam nossa forma de ser, pensar e agir. Somos o ontem que fomos,
o hoje que vivemos e o que nos permitimos ser, mas amanhã, se preciso for,
nasceremos novamente para entendermos passo a passo a vida que virá.
Muitos e muitas dirão que diante de
tantas atividades online, onde se cria um mundo particular e paralelo que
requer sempre respostas imediatas, não dispõem de tempo para algo tão trivial
ou dirão ainda que os tempos são outros e que numa sociedade de resultados
competitivos onde os interesses de toda ordem falam mais alto, parar para uma
viagem interior é perca de tempo e desperdício de energia. Grande parte da
humanidade está tecnologicamente presa na bolha do tempo que ela mesma criou.
Às vezes nos encontramos tão confiantes
naquilo que imaginamos ser ou ter, que quando o trem da vida faz uma curva, nos provocando
um desequilíbrio momentâneo, pois a força física nos leva para onde o corpo
inclina, nesse exato momento e por um instante descobrimos que nada somos em definitivo ou o que temos ficará em terra quando partirmos para outra dimensão. Ai então descobrimos a importância do medo, quando o corpo balança, a mente visualiza os perigos e quando o coração
pulsa mais forte. Quem sabe precisemos do caos para descobrir que somos humanos,
que precisamos de ajudas frequentes e que não nos bastamos por si só. Eis
portanto, uma grande revelação.
Como bem me disse Paulo Freire naquela
conversa de 1989 que mudou minha vida em vários sentidos, vivemos de sonhos
possíveis ou não, mas a única coisa que faz com que esses sonhos não morram, é uma
utopia que os alimentem e nos mostrem como a vida é bela quando acreditamos ser
possível e nos comprometemos com a nossa maior missão que é servir por uma
causa coletiva. A minha será sempre lutar junto com sonhadores e sonhadoras por
uma sociedade justa, fraterna e igual para todas as pessoas do bem e que vieram ao
mundo também para uma missão, pois hoje tenho claro que se torna praticamente Impossível viver e conviver com pessoas do mal.
Que nossas utopias nos façam caminhar
com prazer e possamos nos encontrar nos sonhos possíveis de cada um e uma de
nós para comemorarmos a vida e a vitória.
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Sinto minha existência ameaçada, como a de muita gente. Estamos acuados esperando algo que não acontece de fato, mas que paira no ar. E nesse momento não tenho forças pra ser resistência. Precisamos mais que exame de consciência.precisamos fortificante
ResponderExcluirOlá minha cara amiga Rita. é uma fase. É um momento inesperado. É algo que nunca experimentamos em temos passados. Porém o que nos fortalece é sabermos que ainda podemos respirar, quando milhares de pessoas estão indo embora por falta de ar. Estamos juntos, mesmo de longe sonhando juntos para logo passar. Grande abraço.
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