Fecho
os olhos e me permito embarcar numa viagem em busca de respostas para a vida. Disposto
a viver da melhor forma o que vier pela frente. Vejo à minha frente uma estrada
arborizada e florida e inicio minha caminhada por ela onde o amanhã é o destino. Vou
degustando todos os meus sentimentos. Flores de cores diversas a me colorir, canto
dos pássaros como hino e o cheiro da relva molhada.
Enquanto
caminho, vou recordando da minha trajetória de vida, onde já fui um nada e um tudo
ao mesmo tempo. Onde sempre era possível recomeçar. Lembro-me que estou
colhendo o que plantei durante a vida ou não há o que colher porque deixei de plantar. Grito
em voz alta: “Não me vergonho do meu
passado”. “Quero contá-lo para quem sabe sirva de contexto nas histórias
futuras”. Sigo pensando em minha história de vida e o que ainda posso escrever. Lembro-me que tenho pressa pois estamos numa fila da vida aguardando a nossa vez. Uma fila que ninguém quer passar à frente ou não é possível voltar ao final dela. A posição está
definida.
Vou
caminhando e me lembrando de como eram bons os banhos de chuva que tomava no
terreiro de terra batida em frente à nossa casa. A terra em contato com a água da
chuva exalava um cheiro capaz de ficar para sempre na minha imaginação de
menino que achava que podia tudo, mesmo sem nada ter.
Na
caminhada me deparo com um lago de água cristalina onde pessoas alegres passam
o tempo a brincarem com a vida olhando os peixes, a paisagem e contando suas aventuras, verdadeiras ou não.
Chego em silêncio para não ser notado, apenas para observar o movimento daquele povo que deixa a vida os levarem e curtem cada momento
regado por muita bebida, que de gole em gole nem veem o tempo passar. Quando dão conta de si o amanhã já chegou.
Ao
seguir pela estrada vou passando por pessoas que também caminham em busca do que virá e à procura de novas emoções. Começo a cantarolar músicas que cantei para alguém dormir e
isso me dá um prazer momentâneo e inquieto. Sinto vontade de pedir para cantar novamente,
mas me lembro de que estou em viagem. Quem sabe quando eu chegar...
Busco
na estrada para ver se avisto quem me quer bem e quem eu quero que esteja comigo. Junto palavras
para compor uma canção ou uma poesia. Vou fazendo versos com sentido ou não. Quem me dera ser
poeta, pois tudo que produzo tem a intencionalidade de agradar, mas nem sempre
isso é possível. Gero uma prosa com fragmentos de vida, com sonhos, com
vontades incontidas e me preparo para quando eu chegar ler de forma pausada a
quem reside em meu coração.
De
repente surge à minha frente um lindo bosque. Fico pensando se entro ou não. Penso que
se eu entrar posso me envolver com quem encontrar. Por alguns instantes fico na hesitação, mas me encho de coragem, venço meus medos e meus fantasmas e entro de
cabeça naquele recanto que me faz sonhar.
Ao
entrar sou recebido por uma fada madrinha que me leva ao encontro de
divindades que cantaram e dançaram para me agradar. Ela seguiu comigo por dias a fio
sem olhar para trás até sermos surpreendidos por uma tempestade com raios e trovões e ela chegando calmamente perto de mim, me disse quase cantando: “Sossega coração! Essa tempestade logo passa e estarei com você até o arco íris
aparecer e depois embarcaremos juntos ao amanhã onde o futuro está”. Ao
ouvir isso eu abri os olhos sorrindo e fiquei imaginando viver aquela cena dia após
dia até o amanhã chegar.
Assim
é a vida. Vivemos de momentos. Vivemos de fantasias. Vivemos de saborear o que
mais apreciamos nos encontros da vida. Vivemos sonhando em sermos amad@s, desejad@s e de termos vida em abundância para vivermos todas as emoções que o amanhã nos propõe.
Bem
vindos e bem vindas ao mundo das emoções, onde só é permitido acontecer se o
coração pulsar mais forte.
Antonio
Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Estou num momento muito difícil. Mas isso não me impede de lembrar das coisas que fiz, algumas fizemos juntos. Cantamos, brincamos de personagens, tentamos fazer um mundo melhor. Vamos continuar
ResponderExcluirOlá minha amiga Rita. De fato. Fizemos mutas coisas juntos. O Grupo Móbile foi um momento lindo. Tudo isso fica em nossas lembranças, mas principalmente em nossa história de vida. Muito grato pela sua amizade sincera, pela leitura e pelo comentário.
ExcluirÉ meu Irmão de Coração,Amigo de Vida e Luta estou exatamente assim. Vivendo um momento de Dor e aprendizado único.Lindo texto , Poético, Histórico e Cheio de Vida.
ExcluirA vida é feita de emoções e cabe tanta coisa dentro delas... sensações, sentimentos, sabor de vida e cheiro de viver. Quem sabe, o arco íris é a realidade.
ResponderExcluirPena que não consigo identificar quem escreveu, mas de fato. quem sabe estejamos à espera de um belo arco iris depois dessa enorme tempestade que atravessamos.
ExcluirGrato pela leitura e pelo comentário.