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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

E por falar em Amor em tempos de desamor...

 

imagem disponível em: https://www.facebook.com/Amar.sempre.e.viver/

Como pesquisador e humano que ainda acredita na velha forma de amar, tenho conversado com muita gente, buscando referenciais que possibilitem avaliar se aquela forma de amor que aprendemos desde cedo, ainda existe, ou diante de um mundo em ebulição e da cultura do desamor, o amor como imaginamos, faça parte apenas da nossa imaginação que parou desavisada num tempo passado.

Os gregos antigos reconhecem sete tipos de amor: Philautia - Que é o amor que temos por nós mesmos. Pragma - Amor baseado na dedicação ao bem maior. Uma forma de amor pragmático. Ludus - Que é o oposto de Pragma. É uma forma de amor mais divertida. Eros - Que é caracterizado pelo romance, paixão e desejo. Philia – Como amamos irmãos, irmãs e amigos próximos. Storge - Amor que os pais têm pelos filhos. Agape - Que é o sentido universal de amor que todos nós aspiramos ter. Um desejo permanente pelo bem.

Já a psicologia usa o mesmo referencial para definir seis tipos de amor: Eros - Como sendo um amor romântico e passional. Ludus - Como uma forma de amor sem compromisso (imagino que aqui também se encaixa o chamado sexo sem amor ou em compromisso). Storge - Como sendo um amor amistoso e leal, onde o emocional está em primeiro plano. Mania - Que é uma mistura de Eros + Ludus, onde existe uma dependência emocional e obsessiva. Pragma - Que a psicologia define como uma mistura do Ludus + Storge, onde o sentido prático é a base dessa forma de amor. Um casal com os mesmos interesses. Ágape - Como sendo uma mistura de Eros + Storge. Uma combinação do amor romântico com o amistoso e leal.

Nessa pesquisa que realizei com pessoas conhecidas, há quem afirme que amor é tudo igual, seja pelos parentes, amig@s querid@s ou com quem se namora, onde apenas o que diferencia é com quem se faz sexo de forma frequente. Uma clara rejeição à velha forma de amar. Há ainda quem defina o amor como um sentimento apenas do hoje e o amanhã nem exista. Algumas pessoas mostraram dificuldade em definir o que é o amor, mesmo enxergando-o como algo que se materializa na transição entre paixão e amor. Esse grupo de pessoas afirma ser impossível continuar amando sem ser amad@.

Há quem defina a família tradicional, como “família-margarina”. Uma crítica ao patriarcado conservador, mas também com conteúdos que geram outros tipos de rejeições e discriminação. Algumas pessoas se declararam nunca terem amado ninguém ou que não acreditam mais no amor, seja por uma decepção amorosa, por mágoas passadas ou pela facilidade que é ter vários relacionamentos sem compromisso, como se fosse um presente pela liberdade de viverem sem relacionamentos fixos.

Por fim conversei com pessoas que declararam que não ouviam um “eu te amo” há muito tempo e tentavam descobrir se suas relações estavam em crise, se ainda existiam ou se nas entrelinhas silenciosas sentiam o amor presente nas atitudes de seus parceiros e parceiras.

Amar pode ser algo simples e complexo ao mesmo tempo, pois invade sem avisar, o imaginário e os corações das pessoas de varias formas e formatos. Amor pela luta. Amor do “eu me basto”, como algo a ser administrado. Amor fraterno. Amor narcisista onde a pessoa só ama a ela própria e o amor correspondido como o premio maior de um relacionamento. Acredito que o amor não seja tudo igual. Para cada situação existe uma forma própria de amar, como dizem os filósofos e psicanalistas.

Enfim, o importante mesmo é conseguir enxergar o amor como uma conjugação do verbo amar, onde a busca da sinergia seja algo frequente. Uma mistura de vontade, confiança, cumplicidade, carinho e um amor que transborde a alma. Encontrar um amor verdadeiro nunca foi uma tarefa fácil. Facil mesmo é saber como amar ao ser correspondid@.

Seja o que for, como for, onde for e com quem for, o amor verdadeiro e exclusivo por outro ser é uma forma de sentimento que ainda vai durar muito tempo para acabar, mesmo que uma parte da humanidade já esteja embrutecida. Ame-se em abundância, mas jamais se esqueça de mostrar ou dizer o quanto você ama para a pessoa que convive com você, que por certo também te ama. Qual foi a última vez que você disse à seu parceiro ou parceira "Eu te amo"?
Como dizia Paulo Freire Amar é um Ato de Coragem!

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

2 comentários:

  1. Não sei se ainda tenho coragem. Amar é dar murro em ponta de faca neste momento. Eu não sei se ainda quero isso

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  2. Pois é Rita. Volto à Paulo Freire. Amar é um ato de coragem. Na verdade uma entrega e as pessoas andam muito individualizadas, até nos sentimentos. Grato pela leitura e comentário. Grande abraço.

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