Imagem Disponivel em:
https://blog.cancaonova.com/metanoia/modernidade-liquida-entenda-o-conceito-e-aprofunde-se-no-assunto/
Ontem fui dormir cedo se comparado com as noites
acordado até alta madrugada procurando o sono, mas em tempo para sonhar e
deixar a minha imaginação criar o cenário e fazer o que não consigo dar conta
acordado.Uma viagem pela fantasia em terras do Bem Virá.
Era uma manhãzinha de sol num vale florido em meio a duas
montanhas. Uma delas representava a fala e os gestos e a outra o silêncio.
Enquanto a fala tentava ser ouvida e entenida de todas as formas, o silêncio apenas escutava
e ignorava, fazendo de conta que não era com ele. Mostrando que sabia dizer tudo o que queria sem nenhuma palavra ou um gesto. Bastava saber traduzir.
Um cenário épico em meio há dias nublados e frios,
onde o que mais gostaríamos era comermos pipocas quentinhas assistindo um bom filme, bem
acompanhad@s.
O inusitado no sonho era um grande acontecimento
que estava para ocorrer. Um duelo entre o Amor e o Desapego, simbolizando uma
luta universal existente na natureza humana. Quando os seres humanos, por
alguma razão, deixam de acreditar no amor, recorrem ao desapego e para a alternância
de casos.
Para o duelo, o Desapego viria acompanhado da
Mente, que vagava em suas lembranças passadas e o Amor trazia o Coração como aliado, que
pulsava cada vez mais forte quando era correspondido. O vale estava agitado. A
batalha prometia.
Dias e luas se passaram e o duelo foi marcado para
quando o verão chegasse. Seria numa tarde de sol em plena luz do conhecimento.
Como preparação, o Amor queria a selva para curtir, acompanhado por duendes e querubins, enquanto compunha uma ode em
versos de amor e o Desapego um frevo ou um batuque nas planícies em orvalho, acompanhado por
toda trupe que surfa de onda em onda, sem compromissos de amar.
Para aplacar a expectativa e ver se entrava na
estória, o Tempo criou uma casinha branca no alto da colina, de frente para o
por do sol e com um jardim florido, onde poderiam passar o verão em dias de sol
e noites estreladas. Porém com um aviso: “Nada de se estranharem". Isso estava longe
de acontecer, pois a única coisa que estava em disputa era se o amor ainda existia ou se o
desapego o substituíra.
Mente e Coração resolveram intervir, pois quando
estão em sintonia um vai guiando o outro para as ações futuras. Decidiram que o
duelo seria uma batalha poética, com o Tempo - Senhor da Razão, para mediar o
evento. Quem tivesse mais capacidade de envolvimento seria o grande vencedor.
De repente eu me virei na cama e acordei antes do duelo acontecer.
Querendo mais. Querendo saber quem iria vencer. Buscando respostas nas curvas dos rios, cheguei à
conclusão de que a vida na "modernidade líquida" é isso ou um tanto disso.
Já dizia
Bauman: “Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar”. Quem sabe seja isso que faz com que as relações se construam e se desfaçam da forma mais natural possivel, pois não existem mais para durar... Em outro trecho de sua obra ele afirma que escolheu
chamar de “modernidade líquida”, a crescente convicção de que a mudança é a
única coisa permanente e a incerteza a única certeza.
Esse sonho atípico me levou a uma profunda reflexão sobre o
Amor. Numa "sociedade líquida" que habitamos, quem sabe tenhamos que recorrer ao Vinicius em seu Soneto da Fidelidade, para entendermos que tempo é esse que
vivemos, quando afirma: “E assim quando mais tarde me procure quem sabe
a morte, angústia de quem vive, quem sabe a solidão, fim de quem ama, eu possa
lhe dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama, mas que
seja infinito enquanto dure”.
Diante dessa complexa forma de viver e de compartilhar sentimentos ou momentos, suspeito, que quando o amor é verdadeiro não há espaço para duelo, porque o amor é vital. Porém, se por acaso ou destino o duelo for necessário, a vitória do amor será cantada em
prosas e versos por luas e luas a fio.
De fato! Amar em tempos de desapego é antes de tudo, um ato revolucionário. Quem amar verá!
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Nestes tempos neblusos o amar é uma revolução.
ResponderExcluirÉ isso! Revolucionar-se tendo o amor como elemento principal.
ExcluirO ato de amar é um exercício para o coração.
Obrigado pela leitura e comentário,
Precisamos falar de amor; De toda forma de amor: amor líquido, amor sólido, desde que não seja possessivo e tóxico;
ResponderExcluirTemos muita gente pregando o ódio e o caos. O contraponto do amor se faz vital para nossa sobrevivência;
Grande post, companheiro Toni
Abraços
Olá minha amiga poetisa.
ResponderExcluirTeus textos dão valor ao meu blog. Grato
De fato! Em tempos de ódio falar de amor é uma necessidade.
O amor só fica fora de moda quem se embebeceu dele e saturou.
Eu quero fazer do amor a minha morada.
Grato pela leitura e comentário
Sem compromisso de amar, essa foi uma excelente ideia.😉👍🏽👍🏽
ResponderExcluirOlá meu irmão
ResponderExcluirPois é. Assim é a vida na sociedade líquida...
Enquanto isso viajamos no mundo da fantasia em busca do que ainda nos move.
Obrigado pela leitura e comentário