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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Qual é o seu mundo diante de tantos mundos?

 

Imagem disponível em: https://www.pngegg.com/pt/png-ywcum

De repente um mundo à minha frente, frágil pelo momento, líquido, se desfazendo e se diluindo a cada segundo, onde nada é feito para durar, como dizia Balman. Em crise permanente de identidade e de valores, com uma grande parte da humanidade em desencontros e mais da metade do planeta em fome ou em grandes necessidades diárias. Há um descompasso nas vivências humanas fatiadas em classes sociais nas diversas sociedades, que estão longe de serem comunidades.

Enquanto isso nos castelos de concreto ou nos de areia criados pela imaginação, nas ricas festas regadas a muitas bebidas, nos guetos burgueses ou numa casinha qualquer no sertão ou nas periferias, a vida rola. A vida leva e muitas vezes também é levada, sem que se perceba, como se nada valesse. Uma vida que segue independente do que se tem hoje ou do que se sonha para o amanhã. É hoje no calor das emoções, além dos corações, que a coisa acontece a toda hora.

Com isso, para isso e, além disso, uma pergunta se tornaria fundamental para início de uma conversa: “Como você está”? Algo simples. Algo reto, mas que seria uma oportunidade de ouvir quem está à nossa frente, ou à nossa escuta, que muitas vezes anda perdida no silêncio e gostaria muito de falar o que sente ou o que se passa com ela, até mesmo em horas não comuns. Porém como dar a atenção merecida se andamos tão ocupad@s com nossos afazeres diários? Em vários momentos não lembramos, ou não temos tempo, nem mesmo para um Bom Dia a quem nos espera de coração. A meu ver uma grande parte da humanidade se encontra perdida nas particularidades de seus mundos e acha que isso é vida e nem percebe que ao lado a vida real pede passagem.

Às vezes eu penso que somos apenas retratos da vida moderna expostos em prateleiras. Ora consumindo e ora sendo consumid@s. Estamos em pleno julgamento pelo que temos ou deixamos de ter e não pelo que somos, ou ainda pela idade, pelo porte físico, pela aparência e pelo que imaginamos ser. Quem gira à esquerda da Matrix tem um julgamento a mais pelos servos do poder, mas em compensação só pela utopia da criação de um novo mundo, justo fraterno e igual para todos e todas vale a pena ter nascido. Quando a luta vira causa e a causa vira sonho, a utopia manda avisar que isso se chama vida...

Que mundo você procura para viver? Eu procuro um pequeno mundo onde eu viva as minhas emoções em sua intensidade, de forma autêntica, e isso possa virar uma poesia, a ser recitada em tardes ao por do sol, nutrida em noites de estrelas e em passeios numa floresta encantada chamada esperança.

Sonho ou realidade? Ainda não sei. Sei apenas que quem sonha acaba sendo a expressão viva do amor que se tem e do amor que se tem coragem de dar. O que sobrará? O que sobraremos? O que os nossos corações resistirem e as nossas lutas interiores nos levarem, não esquecendo que alguém nos espera.

Somos uma mistura de resistência e sapiência misturadas com humaneidade em busca das nossas essências, rumo a um novo mundo criado pelas nossas utopias, onde o amor e o amar falem mais alto. O bom mesmo é que ainda somos vida e somos par quando se alma juntos.

Em nosso mundo particular, se a alma pede um pingo, que tal chover? Diz uma lenda que para se construir um belo lago, as chuvas contínuas são fundamentais, mas são as pequenas gotas que fazem a natureza vibrar. Sereno, brisa, orvalho... Verde que te quero verde!... Ontem eu sonhei pipando à beira do lago da minha imaginação diante de um novo mundo. 

Que eu Chova... Que tu Chovas... Que nós Chovamos... Chover nunca é demais quando o verbo a ser conjugado é  A l m a r...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


4 comentários:

  1. Quero voltar a sonhar. Sempre volto um pouco quando leio você meu amigo 💟

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  2. OLá Rita
    Que bom. Virei um mensageiro dos sonhos.
    Que coisa boa! Obrigado pela leitura e comentário.
    Abraço

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