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sexta-feira, 3 de setembro de 2021

A Cultura pede passagem...

 

Imagem Disponível em: https://www.facebook.com/culturaemmovimentodf/

Vivemos um momento na história de muita tristeza e introspecção, com alterações significativas em nossos comportamentos pessoais e a incerteza do que nos espera no amanhã. O encontro com o doce mundo da Cultura vem de leve e nos encorajam a seguir em frente aonde nossos pensamentos nos levar.

O lançamento do Setorial de Cultura do Partido dos Trabalhadores de São Berardo do Campo, que tive a honra de ser convidado a compor, representou um momento épico, daqueles que temos que guardar num cantinho do peito, mas entendendo os grandes desafios à frente...

Diante de artistas consagrados, poetas e gente vivida no universo da cultura, tenho muito pouco a acrescentar, mas muito a viver e aprender. Meu universo cultural veio de uma vivência à procura de músicos e compositores pelo ABC, alguns anos de teatro amador, canto no Coral Municipal da cidade, alguns anos de escrita e um namoro recente com a prosa, que tomara que dê casamento.

A Cultura pede passagem nesse momento para dizer que ela é, em muitos casos, uma expressão individual, porém em busca de uma identidade coletiva e de ser movimento social, pois cria, renova, revoluciona e principalmente reacende a chama em suas diversas formas de expressão. O que se busca como movimento é uma Cidadania Cultural, peitando todos os impasses para a criação de uma Cultura Política de igualdade e com igualdades.

Nenhuma expressão cultural acontece sem plateia, que é parte integrante e essencial para sua existência e essa simbiose só ocorre quando um movimento cultural se faz mais forte que alguns governantes da hora, onde a cultura em pauta é o escambo de almas em busca da permanência no poder.

No campo particular, todas as vezes que me chamam de poeta eu me assusto, pois isso me traz uma responsabilidade muito forte, sabendo que as pessoas embarcam nas nossas emoções, ditas em versos e prosas, em gestos e em suaves expressões. O artista, poeta e poetisa estão para um povo desprovido de momentos de beleza, como uma divindade que leva o povo a sonhar.

Diante de uma sociedade preconceituosa com as pessoas de mais idade, que as segregam num puxadinho do mundo, ainda bem que a Cultura não tem idade para exercê-la, muito menos para nascer, que o diga Cora Coralina. Nasce de uma composição de dom, criação, exercício para que se movimente e oportunidade para acontecer. A cultura é vida em movimento que gira em torno de suas emoções.

A proposta é dançarmos os diversos sons, gingarmos ao som da capoeira, cantarmos e interpretarmos a vida através das escritas recitadas em versos e compormos e sentirmos os momentos de pura beleza, que afugentem a solidão e deem asas às nossas imaginações que voam pela imensidão em busca de par.

Que a cultura popular viva e sobreviva, como expressão e movimento e como porta de entrada para os diversos caminhos que se abrem como Resistência, nos fortalecendo na luta contínua por uma sociedade justa, fraterna e igual para todos e todas.

Salve Mamberti. Um artista. Um ser político e alguém que tive o prazer de me encontrar em alguns momentos na Fundação Perseu Abramo. A ele que se fará sempre presente, minhas homenagens e boas lembranças com seu ar sempre de alegria.

Salve a Cultura. Salve companheiros e companheiras em luta, em celebração e em momentos onde possamos alegrar corações alheios que ainda acreditam no amor e no amar...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

2 comentários:

  1. Uma homenagem linda a um amigo e mestre. Mais que isso, uma homenagem ao saber cultural por ele representado

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  2. Excelente texto, descreve a cultura como expressão de nossas vivências e caminhadas neste plano terreste.

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