Ao fecharmos os
olhos e nos voltar aos nossos pensamentos, promovemos em nossa mente uma pequena
viagem interior, onde todos os EUs contidos dentro de nós entram em ebulição e
juntos promovem momentos de ampla reflexão ou de prazer pela vida.
Para Freud o pensamento é a “ativação” ou “inibição” de
sensações associativas de origem nervosas e neurais. Ou seja, é por onde
transita as nossas emoções. Quem sabe o desafio seja de como lidar com elas ou
como tirar delas seus melhores exemplos.
Hoje me pego pensando
no que diferimos de muitos animais tidos como irracionais. Quem sabe seja a
possibilidade do ato de pensar, que vai nos mostrando o passado, presente e o que
ainda poderá vir ou não. Quando os pensamentos se transformam em ação acaba nos
revelando quem somos, com todas as nossas forças e fraquezas.
Vivemos num
mundo em descompasso, sempre à espera do caos, com pouca luz interior, rodeados
de muitas pessoas perdidas, disputando o nada, buscando confundir as mentes alheias
e brincando de amar, como se o amor fosse apenas um momento e como se existissem
várias vidas, onde fosse possível com um simples toque (a la Midas), emendar um
cenário em plena desconstrução pela ganância e pela disputa de poder.
Que mundo você
projeta para o que ainda lhe resta de vida? Que mundo você constrói em seus pensamentos
ou em suas práticas, mesmo sabendo que estamos divididos no campo dos valores,
princípios e principalmente na luta diária entre o Ter e o Ser?
Quem acha que
pratica o bem convivendo ou dando espaço em seus pensamentos e práticas ao mal,
mais cedo ou mais tarde descobrirá que jogou fora um tempo precioso para a
construção de marcas e ao invés disso vai deixando apenas rastros em sua vida.
Viver é isso. Um
desafio diário em curso. Uma vida a ser vivida. Pessoas que podemos mimar ou magoar.
Conter o ego que quer ser maior que o projeto de vida e uma luz que sempre acende
e que podemos dividir com alguém para iluminar seus caminhos.
Sempre é
possível aprender, crescer e mudar no sentido de nos acomodar melhor nessa vida
e ao migrarmos para uma nova possamos deixar nessa um toque de esperança, o
arrependimento pelos atos em descompasso, a beleza refletida numa planta que cuidamos
e a certeza de que o amor verdadeiro é a única possibilidade de deixarmos vida
em movimento e não matarmos o jardim da alma que tenta se refazer todos os dias
e se não tivermos o cuidado matamos cada flor que poderia embelezar a vida de
alguém.
Antonio Lopes Cordeiro (Toni Cordeiro)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Autor do Livro: Cabe um Mundo no Mundo das Palavras – Prosas no Jardim da Alma
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