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terça-feira, 1 de outubro de 2019

Ser ou estar feliz... Eis a questão...


Vida, bem estar , mensagens: É preciso pouco

A felicidade existe? Ou é apenas uma ilusão passageira? O que é a felicidade então? Porque algumas pessoas têm tanta dificuldade de se declararem felizes? Serão traumas passados?

Como a pretensão deste texto não é discutir do ponto de vista filosófico o conceito de felicidade, pois se assim fosse teríamos que recorrer a vários filósofos, tais como: Tales de Mileto, de onde vem a primeira citação, Demócrito de Abdera, Sócrates, Antístenes, Platão, Aristóteles, entre outros e sim transitar em seu universo a partir de algumas reações e percepções humanas, trago apenas algumas divagações sobre a tal felicidade e o ato de se considerar feliz.

Começo afirmando que essa é uma daquelas temáticas que ao não se pensar no assunto nada é nem nunca será, mas ao se concentrar em sua dimensão é capaz de gerar conteúdo para um romance literário, tamanha é a complexidade do que seja ser ou estar feliz. O próprio ato de negar a felicidade em situações pontuais, é uma forma de não se comprometer com ela ou com alguém que imagina ser o objeto da possível felicidade em questão. Algo silenciosamente penalizante.

Há quem diga que a felicidade seja um pulsar desordenado no peito, daqueles com gostinho de quero mais, ou ainda uma sensação de alegria num momento de reflexão, que as vezes não de sabe explicar de onde veio, por quanto tempo fará companhia e em que momento nos deixará sem aviso prévio. O mais incrível é que para quem eu pergunto, sempre me diz que a felicidade tem nome, cor, cheiro e até gosto. Algo que sempre brinco dizendo que se for tudo isso eu também quero e sempre.

Da minha parte fica o convite: “Felicidade esteja à vontade para me fazer companhia pelo tempo que quiser. Seja bem-vinda e pode entrar que a casa é sua”. Ando mesmo precisando de pequenas doses de felicidade, acompanhada por uma doce ilusão de que veio para ficar. Por enquanto vou degustando cada momento bom que a vida me conceder e acreditando que o melhor ainda está por vir. Não por acaso também chamarei esses momentos, assim que forem acontecendo, de felicidade.

Quem sabe a felicidade seja um processo de catarse para purificar alguns momentos ruins que a vida sempre nos põe à nossa frente e se não nos atermos e nos prevenir sucumbimos com eles. As vezes penso que a felicidade necessita ser provocada para que aconteça. Algo leve e suave como sentir a doce sensação que nos dá ao ganhar um presente desejado sem esperar. Ou alguém por descuido da vida ou por acaso, nos fizer uma surpresa daquelas que jamais imaginávamos.

Que tal imaginar a felicidade como um passeio pelo passado, que se mistura à vida presente propondo novos ares para um amanhã ainda melhor, mesmo que para algumas pessoas, por baixo dos tapetes da vida ainda exista muito pó acumulado de fragmentos e situações mal resolvidas e se de fato for isso, seria de bom grado ler Catherine Ponder em “As leis dinâmicas da prosperidade”, principalmente buscando a Lei do Vácuo, onde ela afirma que ou fechamos as diversas portas abertas ou semiabertas das nossas vidas, ou não conseguimos sequer pensar em felicidade.

Uma coisa é certa. Faz-se necessário uma alta dose de convicção para querer ser ou estar feliz numa nova morada e vontade para caiá-la com as cores da felicidade, tendo à frente na caminhada matinal, a um toque no olhar, as diversas moradas do passado, com cores diversas, com jardins floridos convidando a entrar e as lembranças que cada uma delas vai proporcionando. Algo que nos leva a pensar, que não conseguimos estar em dois lugares ao mesmo tempo. Apenas em um deles.

Do ponto de vista pessoal, parto do princípio de que não sei fingir e portanto não consigo negar sentimentos, seja de felicidade ou de tristeza, mesmo que sejam em ações e reações momentâneas a determinadas situações, porque entendo que ao negar eu negaria também minha própria essência. Seja o que for, ajo e reajo de acordo com o momento ou então simplesmente me ponho em estado de observação permanente e recorro a um silêncio necessário que me faz refletir.

Faço sempre uma analogia como as inúmeras viagens que tive o prazer de fazer nos últimos anos. Nelas tento registrar quase tudo. Curto o que o tempo me permite curtir e vou tecendo aos poucos um cenário, há várias mãos, que deixarei para a história. Uma coisa é certa. Depois dessas viagens nunca mesmo serei o mesmo. Sou alguém totalmente analfabeto em termos do exterior, que até gera algumas gozações, mas tenho o prazer de dizer que conheço o Brasil e que fiz amigos e amigas por toda parte. Esse é o meu presente particular.

Em regras gerais defino a felicidade como um estado de espírito, temporário ou permanente pelo tempo que estiver presente. Algo inquieto que nos invade o peito quando chega não por acaso e nos deixa com um enorme vazio quando se vai. Bom mesmo é se declarar feliz, pois essa sensação transborda pelo nosso rosto, respinga no olhar e acaba colorindo a nossa caminhada.

Por fim, creio que a felicidade seja fechar os olhos e deixar fluir os pensamentos numa mente sem pesar e sem remorsos. Um crepúsculo que nos permite sonhar de forma descompromissada anunciando que estar feliz é por si só um ato de amor. Imagine ser feliz. Mesmo que essa sensação dure apenas alguns segundos, mesmo assim, se for algo que venha do coração, trará consigo as mais belas energias ou fantasias que a nossa mente pode alcançar. A isso chamo de felicidade!

Que bom seria se pudéssemos encomendar uma dúzia de "felicidade". Quem sabe para comemorarmos o tudo ou o nada, pois quando se está feliz, sendo ou estando, que diferença isso faz?

Que a felicidade contamine todos e todas que passarem por aqui.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública e Social

7 comentários:

  1. Caro Toni,
    Seu texto me fez refletir sobre esta sensação de felicidade, que bom seria se realmente pudéssemos encomenda-la na quantidade ideal para cada momento, e melhor ainda seria se conseguíssemos contagiar as pessoas no entorno.
    A tão desejada felicidade, gostaria que todxs pudessem senti-la com muita intensidade.
    Sejamos felizes felizes fel7zes...
    Abraço
    Nivea

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  2. Olá Nívea
    De fato, ah se pudéssemos encomendar a quantidade que quiséssemos e em que momento quiséssemos, mas a vida não é assim. Porém, otimista que sou, sempre acho que o melhor ainda está por vir. Obrigado pela leitura e pelo comentário.
    Abraço Fraterno

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  3. Se eu fosse acreditar no que dizia D. Iria, minha mãe: "o amor ou a felicidade são uma flor roxa, que nasce no coração do trouxa!", seria tudo diferente. Mas depois de pensar em tudo que vivi - agora parafraseando o rei - "se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi. Pra mim a felicidade é ter conquistado o que conquistei, e, por ainda poder viver, lutar e sonhar! Parabéns, meu irmão Toni Cordeiro!

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  4. Obrigado Grande Mano
    Você sempre vai fundo na questão.
    Abraço

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  5. Eu estava pensando em como e gostoso mudar de casa! É sim. E sabe por que? Porque apostamos que agora vai ser diferente! Mas felicidade vai se embora...e sabe porque? Porque ela, q felicidade mora dentro de nós!!!! Parabéns! Daqui a pouco tudo passa e a casa se renova!!!

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  6. Pois bem, acredito que a felicidade é um estado de espírito. Se temos saúde (entenda por saúde os aspectos físicos, emocionais, espirituais e mentais), então o resto a gente corre atrás. O importante é saber dirimir as situações difíceis... ser resiliente. Reinventar-se!

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  7. Felicidade é algo etéreo, como uma fada que nos escapa das mãos sem poder ser aprisionada. Usando outra música: felicidade não existe, o que existe na vida são momento felizes

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