Particularmente,
vivi um ano com perdas muito doloridas, seis meses de reclusão devido à
pandemia e mais dois com algumas dores vindas não sei de onde, mas com algumas
conquistas também muito prazerosas, onde entre elas está terminar vivo o ano de 2020 e
bem. Um grande motivo para se comemorar a vida!
Descubro
diariamente, entre um sonho e outro, que precisamos sempre nos reinventar. Ninguém
é tão completo e dono ou dona de uma verdade absoluta, que não precise de uma formatação
e reciclagem permanentes. Vivemos em busca do que nos faz bem e de fazer bem a
quem convive conosco, que nem sempre é um caminho fácil ou acertamos, mas que tem como segredo continuarmos a nos refazer e não desistirmos.
A
vida nos ensina que somos compostos por defeitos e qualidades. Caso mirássemos
apenas nos defeitos das pessoas não se conseguiria viver com ninguém, pois todos e todas temos defeitos. Porém são
as virtudes e qualidades que nos movem, que nos comovem e nos faz querermos amar,
vivermos e convivermos com as outras pessoas, independente de seus defeitos, aos quais podemos dialogar. O
mais interessante é sabermos que isso ocorre diariamente diante da nossa incapacidade de
enxergarmos os nossos próprios defeitos.
De
uma forma geral, vivemos hoje diante do caos, numa situação onde vida e morte estão
presentes diariamente diante da pandemia que atingiu o mundo, além da convivência forçada com os genocidas de plantão. Vivemos
numa sociedade em crise permanente de identidade, onde o ter e a ostentação se impõem
como regra em detrimento do ser, que é quase nada aos olhos de quem tem. Somos em
muitos casos apenas fragmentos em luta por um espaço de existência, onde as
redes sociais consomem o tempo e substituem um carinho, uma conversa ou um momento,
nos fazendo seres individuais e em certos momentos até egoístas. Precisamos regar as nossas plantas e cuidarmos do nosso jardim para que a vida floresça.
A
partir desse cenário várias perguntas nos vêm à mente: Como seremos no ano que
se aproxima? Quem estará conosco? Qual será nossa missão? Estaremos vivos? O que aprendemos
nesse ano tão complexo? Como administrar nossos conflitos pessoais para que
eles não afetem ou interfiram em quem está conosco? Enfim... São perguntas de
respostas complexas que só o tempo nos ajudará a responder.
Porém,
quero diante das minhas incertezas e diárias introspecções e reflexões, deixar uma mensagem de esperança nas caminhadas do ano vindouro.
Um
dia o sol se apaixonou pela lua, mesmo sabendo que não podiam conviver
diariamente e teriam que esperar ansiosos por um eclipse que seria o único momento a se encontrarem e conta a lenda que seguem juntos até hoje. Uma simbologia que muito nos ensina. Um exemplo de como tirar o
melhor proveito de algo que não se tem ao todo, mas que pode representar uma
eternidade se bem vivido. A vida é assim. Ter tudo às vezes não significa nada e às
vezes não ter nada pode significar o recomeço ou a busca de uma nova era.
Que
tal celebrarmos as expectativas dos momentos que virão com base nas nossas utopias? Aprendermos a dar valor
ao que temos, com a certeza que não chegou ao acaso. Degustemos o que a vida
nos oferece diariamente, como resultado de nossas escolhas. Vale lembrarmos que nada podemos fazer com o passado que se foi, mas podemos mudar o ciclo e o
rumo da vida ao mirarmos no futuro que virá. Mirar o futuro é uma necessidade.
Que uma fada madrinha esteja comigo em todos os momentos de 2021 e me ajude a enxergar o que de fato vale a pena. Caminhemos juntos e juntas para daqui a um ano comemorarmos em vida todo percurso que viveremos no ano que se aproxima.
Feliz Ano Novo! Feliz caminhada e Feliz chegada aos nossos sonhos.
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
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