Mensagem

Faça seu comentário no link abaixo da matéria publicada.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Um ano que não deixou saudades...

 

Imagem disponível em: https://br.pinterest.com/pin/615796949042123059/

Particularmente, vivi um ano com perdas muito doloridas, seis meses de reclusão devido à pandemia e mais dois com algumas dores vindas não sei de onde, mas com algumas conquistas também muito prazerosas, onde entre elas está terminar vivo o ano de 2020 e bem. Um grande motivo para se comemorar a vida!

Descubro diariamente, entre um sonho e outro, que precisamos sempre nos reinventar. Ninguém é tão completo e dono ou dona de uma verdade absoluta, que não precise de uma formatação e reciclagem permanentes. Vivemos em busca do que nos faz bem e de fazer bem a quem convive conosco, que nem sempre é um caminho fácil ou acertamos, mas que tem como segredo continuarmos a nos refazer e não desistirmos.

A vida nos ensina que somos compostos por defeitos e qualidades. Caso mirássemos apenas nos defeitos das pessoas não se conseguiria viver com ninguém, pois todos e todas temos defeitos. Porém são as virtudes e qualidades que nos movem, que nos comovem e nos faz querermos amar, vivermos e convivermos com as outras pessoas, independente de seus defeitos, aos quais podemos dialogar. O mais interessante é sabermos que isso ocorre diariamente diante da nossa incapacidade de enxergarmos os nossos próprios defeitos.

De uma forma geral, vivemos hoje diante do caos, numa situação onde vida e morte estão presentes diariamente diante da pandemia que atingiu o mundo, além da convivência forçada com os genocidas de plantão. Vivemos numa sociedade em crise permanente de identidade, onde o ter e a ostentação se impõem como regra em detrimento do ser, que é quase nada aos olhos de quem tem. Somos em muitos casos apenas fragmentos em luta por um espaço de existência, onde as redes sociais consomem o tempo e substituem um carinho, uma conversa ou um momento, nos fazendo seres individuais e em certos momentos até egoístas. Precisamos regar as nossas plantas e cuidarmos do nosso jardim para que a vida floresça.

A partir desse cenário várias perguntas nos vêm à mente: Como seremos no ano que se aproxima? Quem estará conosco? Qual será nossa missão? Estaremos vivos? O que aprendemos nesse ano tão complexo? Como administrar nossos conflitos pessoais para que eles não afetem ou interfiram em quem está conosco? Enfim... São perguntas de respostas complexas que só o tempo nos ajudará a responder.

Porém, quero diante das minhas incertezas e diárias introspecções e reflexões, deixar uma mensagem de esperança nas caminhadas do ano vindouro.

Um dia o sol se apaixonou pela lua, mesmo sabendo que não podiam conviver diariamente e teriam que esperar ansiosos por um eclipse que seria o único momento a se encontrarem e conta a lenda que seguem juntos até hoje. Uma simbologia que muito nos ensina. Um exemplo de como tirar o melhor proveito de algo que não se tem ao todo, mas que pode representar uma eternidade se bem vivido. A vida é assim. Ter tudo às vezes não significa nada e às vezes não ter nada pode significar o recomeço ou a busca de uma nova era.

Que tal celebrarmos as expectativas dos momentos que virão com base nas nossas utopias? Aprendermos a dar valor ao que temos, com a certeza que não chegou ao acaso. Degustemos o que a vida nos oferece diariamente, como resultado de nossas escolhas. Vale lembrarmos que nada podemos fazer com o passado que se foi, mas podemos mudar o ciclo e o rumo da vida ao mirarmos no futuro que virá. Mirar o futuro é uma necessidade.

Que uma fada madrinha esteja comigo em todos os momentos de 2021 e me ajude a enxergar o que de fato vale a pena. Caminhemos juntos e juntas para daqui a um ano comemorarmos em vida todo percurso que viveremos no ano que se aproxima. 

Feliz Ano Novo! Feliz caminhada e Feliz chegada aos nossos sonhos.

Antonio Lopes Cordeiro(Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça seu comentário sobre o Post