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domingo, 20 de dezembro de 2020

Um convite à reflexão neste Natal

 

A história nos conta que Herodes, reinando à época do nascimento de Jesus, teria ordenado que todos os bebês do sexo masculino com dois anos ou menos fossem mortos (Mateus 2:16), com medo de perder o poder, pois o que se ouvia na cidade de Jerusalém, era a notícia de um recém-nascido predestinado a ser o rei dos judeus...

Esse fato de extrema crueldade acontece em paralelo ao que o verdadeiro rei veio ensinar às multidões, a nova Lei do amor: “Amarás ao próximo como a ti mesmo”, repetia em suas andanças, Jesus, aquele menino que escapou da espada dos soldados de Herodes.

E nos dias de hoje, poderíamos identificar os “Jesuses”, os “Herodes”, os “soldados” e os “magos” de nosso tempo?

Quantas crianças são maltratadas, desalojadas, abusadas ou assassinadas, inclusive em bombardeios na própria “terra santa”...

Quantos governos autoritários, genocidas, escusos em falsas democracias temos hoje, com práticas que excluem, silenciam tantas vidas...

Quantos apoiadores dos Herodes de agora podemos identificar como os soldados que perseguem, ferem, matam os excluídos da sociedade: índios, negros, pobres, indigentes...

Por outro lado, quantos estão entre nós a anunciar que é possível um mundo diferente, onde haja comida na mesa de todos, educação, segurança, saúde, enfim, justiça social...

Que neste natal possamos refletir sobre a nossa vida e a nossa missão enquanto descendentes desses atores históricos. Com qual deles mais nos identificamos?

É possível um mundo diferente do que esse no qual estamos inseridos? Posso ajudar na construção de uma nova realidade, onde o ensinamento daquele menino nascido há mais de dois mil anos seja, enfim, posto em prática?

Que essas reflexões nos tragam coragem e esperança para reacender o desejo de um novo mundo, onde reine o amor e a paz entre os povos!

Feliz Natal - Feliz ano novo

Arlete Rogoginski
Servidora pública e dirigente sindical

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