A
história nos conta que Herodes, reinando à época do nascimento de Jesus, teria
ordenado que todos os bebês do sexo masculino com dois anos ou menos fossem
mortos (Mateus 2:16), com medo de perder o poder, pois o que se ouvia na cidade
de Jerusalém, era a notícia de um recém-nascido predestinado a ser o rei dos
judeus...
Esse
fato de extrema crueldade acontece em paralelo ao que o verdadeiro rei veio
ensinar às multidões, a nova Lei do amor: “Amarás ao próximo como a ti mesmo”,
repetia em suas andanças, Jesus, aquele menino que escapou da espada dos
soldados de Herodes.
E
nos dias de hoje, poderíamos identificar os “Jesuses”, os “Herodes”, os
“soldados” e os “magos” de nosso tempo?
Quantas
crianças são maltratadas, desalojadas, abusadas ou assassinadas, inclusive em
bombardeios na própria “terra santa”...
Quantos
governos autoritários, genocidas, escusos em falsas democracias temos hoje, com
práticas que excluem, silenciam tantas vidas...
Quantos
apoiadores dos Herodes de agora podemos identificar como os soldados que
perseguem, ferem, matam os excluídos da sociedade: índios, negros, pobres,
indigentes...
Por
outro lado, quantos estão entre nós a anunciar que é possível um mundo
diferente, onde haja comida na mesa de todos, educação, segurança, saúde,
enfim, justiça social...
Que
neste natal possamos refletir sobre a nossa vida e a nossa missão enquanto
descendentes desses atores históricos. Com qual deles mais nos identificamos?
É
possível um mundo diferente do que esse no qual estamos inseridos? Posso ajudar
na construção de uma nova realidade, onde o ensinamento daquele menino nascido
há mais de dois mil anos seja, enfim, posto em prática?
Que
essas reflexões nos tragam coragem e esperança para reacender o desejo de um
novo mundo, onde reine o amor e a paz entre os povos!
Feliz
Natal - Feliz ano novo
Arlete Rogoginski
Servidora pública e dirigente sindical
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