Mensagem
solta no ar como um pássaro que voa em direção ao seu abrigo, ou apenas uma
mensagem subliminar que veio dar o ar da graça, do que ainda poderá ser ou não.
Um texto com duplo sentido e a possibilidade de se caminhar pela estrada que
der mais prazer.
Noites
que se confundem com os dias, sonhos que nascem como se fossem avisos e a
gostosa sensação de acordar com um suspiro dizendo que a vida existe e que
podemos fazer sempre melhor no dia seguinte.
Sinto-me
em viagem acompanhado por um luar e uma leve brisa que vem ao meu encontro,
como se fosse um momento de paz em minhas viagens mentais. Vagamente caminho em
direção do que ainda não conheço ou em alguns momentos não vejo, mas faço a caminhada
por sentir o que já foi, o que é e um sonhar do ainda poderá ser. Crio e recrio
o ponto de partida e construo em pensamento um ponto de chegada a ser
comemorado em momentos de alegria, onde a nostalgia dê espaço a um som de vida
depois de um arco-íris.
Ando
descalço para um contato maior com a natureza e quem sabe para saborear um
pouco de magia que a terra firme onde nós pisamos passa. Às vezes tropeço nos
obstáculos da vida, vindo uma sensação de desconforto e a lembrança de que
preciso exercitar algo que só me faz bem. .
Canto
canções inacabadas, cantarolo o que possa fazer alguém dormir e vejo por entres
frestas um sol brilhante a me esperar. Olho nos olhos do infinito buscando o
que ainda não consigo entender e vejo refletida a imagem do amanhã, que
teimosamente insiste em me avisar que o que não foi ainda poderá ser e o que já
foi serve de texto e contexto para uma poesia ainda a ser escrita fazendo um
fechamento do que aconteceu entre o acaso e o destino.
Fecho
os olhos e caminho em direção aos meus desejos e ao que mais quero. Lembro-me
da noite anterior, do amanhecer, do jardim repleto de flores, do sonho interrompido
pelo acordar, de várias borboletas coloridas voando em círculo e que além do
sol que me aquece, logo virá o cair da tarde com toda sua ternura e uma noite
estrelada onde tudo pode acontecer.
Refaço
caminhos, conto história para por meu ego em dia e lembro-me do café com chantilly,
do teatro em tarde de mimo, da movimentação noturna e de uma fada madrinha que
veio me avisar que o amanhã é logo ali depois do hoje.
Faço
planos do que ainda não sei, mas do que gostaria de ser. Escrevo contos para
revelar a minha alma. Vou enfrentando os fantasmas do dia a dia e vou
degustando devagar os momentos em fantasia que a vida por merecimento ou por
descuido vai me ofertando todos os dias e não me esqueço de agradecer.
De
onde poderão vir às convicções contidas em meus sonhos? Quem sabe das mudinhas do
amanhã que plantei em meio a várias orquídeas como companhia, imaginando que tenham
crescido e possam embelezar o jardim que todos os dias construo em meus
pensamentos. A vida na verdade é uma grande fantasia onde cabem todos os
sentimentos e é o coração que vai determinando o que fica e o que servirá
apenas como ótimas lembranças.
Que
o começo não seja o fim do que é, tampouco o rompimento de algo que ainda nem
aconteceu, mas que seja o encontro de todos os momentos, na construção de um
amanhã, regado por músicas, colorido por várias flores e encantado por uma fada
que fará com que nossos corações batam mais forte.
Antonio
Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
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