Posso afirmar sem medo de errar que
o Brasil está vivendo um complexo momento político e social, onde apesar de incluir milhares de
brasileiros que não tinham direito a nada, na roda do desenvolvimento, a velha mídia, aquela
mesma pertencente a seis famílias bastardas brasileiras querem de fato
determinar o que pensamos e principalmente o que agimos e pegaram como prato
preferido do momento a Copa do Mundo.
É inacreditável que uma minoria,
insaciável e sádica pelo poder econômico queira determinar, quase por decreto,
que o Brasil está quebrado, que não vai ter Copa, que a Dilma tem que perder as
eleições, que o Salário Mínimo está muito alto, que não deve ter Cotas e principalmente
que os pobres não devem ter casa própria e nem caro novo. Enfim que não devem
mudar de vida, pois a sorte determinou quem deve ser próspero e quem deve
servir aos ricos e bem sucedidos.
Um exemplo bem real dessa situação é
a Copa do Mundo, que quando o Brasil foi escolhido para ser sede até o Alckmin,
Romário e Ronaldo vibraram e hoje, travestidos de defensores do povo, expelem
veneno de que o dinheiro gasto foi tirado da Educação e Saúde e também que nada
no Brasil funciona e assim vamos passar vergonha, como se quando o país era
governado por seus amigos, tivessem feito alguma coisa, principalmente pela
educação e a saúde. Vergonha o povo brasileiro passava ao se curvar para o FMI
e para os EUA, onde recebíamos comitivas dos bancos credores, determinando
quanto de aumento se podia dar para os trabalhadores.
Quem achar que estou exagerando e
quiser tiver dúvidas pode vir ao Estado de São Paulo e ver como um governo tucano
de 20 anos quebrou o Estado e o tirou de continuar sendo a “Locomotiva
Econômica” do país ou ainda de ser o carro-chefe econômico da Nação. Meus amigos,
hoje o Estado de São Paulo não tem nem água, pois nada foi investido para que
isso pudesse ser resolvido.
Desafio qualquer um desses
indivíduos que puxam o “Não vai ter Copa”, caso fossem o Presidente da
República no lugar do Ex-Presidente Lula, que tivesse recusado a possibilidade
do Brasil sediar um evento como esse. Agora se o problema foi o boicote das
empreiteiras ou ainda a alta corrupção existente nos Estados e Municípios que
estão construindo ou reformando seus estádios ou arenas como chamam, se trata
assim de um caso de polícia e do Ministério Público. Nada tem a ver com o
evento em si, onde o Brasil tem a obrigação de fazer o melhor que puder.
Papo furado, balela, mentira da
braba, é isso é que é toda essa confusão tramada em torno da Copa. Na verdade
trata-se apenas de uma divergência política por essa Copa acontecer no país
governado pelo PT, por Lula e agora por Dilma. Um país bem diferente do que era
há apenas doze anos atrás, quando era vendido e servil aos EUA e principalmente
ao FMI e seus agentes. O País hoje está livre dessas amarras.
Que tal sermos homens e mulheres de
oposição, na expressão da palavra e aprovarmos uma Reforma Política, ampla,
geral e irrestrita, que enterre de vez a corrupção oficial, ou seja, aquela
movida por todos os partidos, na construção de um “Caixa Dois”, para
financiamento das campanhas milionárias? Que tal prender todos que estão
envolvidos com propinas, independente do Partido? Que tal criar CPIs para todos
os escândalos, como por exemplo, para investigar os doze bilhões de propinas
recebidos por agentes do Governo do Estado de São Paulo, de Covas, Serra e
Alckmim, denunciados pela Siemens? Que tal envolver as empresas nos escândalos,
pois posam como éticas, mas sonegam quatro vezes mais que a corrupção e aceitam o
jogo do pagamento dos dez por cento?
Uma grande vitória do PIG que apoia
a oposição ao Governo Federal e dos candidatos direitosos: Aécio, Eduardo
Campos e demais, é que dê errado nessa Copa, para principalmente ser explorado
nas eleições como uma incompetência do Governo de Dilma.
São por essas e outras que vou
vestir verde e amarelo, cantar o Hino Nacional junto com a torcida e vibrar a
cada gol, pois atrás dessa hipocrisia existem homens e mulheres que hoje fazem
três refeições diárias, trabalham com carteira assinada, moram em casa própria,
seus filhos estudam junto com os filhos da burguesia, mas principalmente porque
sou brasileiro e como brasileiro, nordestino e que sobreviveu a tantos problemas,
tenho orgulho de ser brasileiro. Avante Brasil! Rumo ao hexa!
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Pesquisador em Gestão Pública e Social
Coordenador do Programa de Capacitação Continuada
em Gestão Pública da Fundação Perseu Abramo
toni.cordeiro1608@gmail.com
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