Antes é preciso primeiro nos
revolucionar. Indignarmo-nos do que acontece. Vestirmos a causa da questão, revermos
nossos valores e princípios, analisarmos o presente mirando aonde queremos
chegar. Uma revolução de conceitos e principalmente no ato e nas formas do agir.
Vivemos numa sociedade doente de todos
os males divisionistas e discriminatórios, com o ódio determinando quem vai
viver ou morrer ou quem vai ganhar ou perder uma eleição. Aonde falsos profetas
e falsos pastores aliciam suas ovelhas alienas para um abate futuro, onde se
fala o que não se sabe e se ouve apenas o que se quer ouvir, além da existência
de várias tipos de esquerdas, confundindo até quem está na luta por uma causa.
É necessária uma revolução de valores,
de ética, de conceitos, de princípios e inclusive do ato de amar, que foi banalizado
pelas regras do ficar ao invés de se caminhar em par. É preciso uma revolução para
se combater o analfabetismo político, religioso e de ideias, antes da batalha
final.
Porém como se faz uma revolução tão
profunda onde o front pode estar dentro de casa, ao lado, na família, nas
amizades e principalmente nos rios que temos que atravessar?
Primeiro não esquecendo ou não
ignorando o ponto de partida, que foi onde os sonhos começaram por um novo
mundo e principalmente estando no meio onde tudo acontece, pois uma revolução para
uma nova sociedade não acontece de longe apenas analisando ou viajando nas
redes sociais, como se fossemos os sábios do amanhã.
Para mudar de fato essa sociedade
precisamos primeiro sair do individual para o coletivo, onde as pessoas andam
de mãos dadas e sonham por uma utopia comum.
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social