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Hoje
não falarei de bolo, nem de cereja, tampouco de futuro, apenas vou falar de vida e do que busco nela na
atualidade.
Sou
filho do sol. Não gosto de dias nublados, de fortes tempestades e muito menos de
escuridão. Gosto de luz, de vida e de calmaria. Gosto de carinho e de acarinhar.
Gosto, sobretudo do mundo da imaginação, pois esse eu posso moldar do jeito que
quiser e meu coração aguentar. Além disso, gosto também de quem vai decifrando minha linguagem
e de quem se disponha a cantar comigo no sol, na chuva ou mesmo numa noite sem luar.
Como
descrevi no post anterior, estou em viagem ao centro da minha
existência, por pura necessidade de rebuscar meu presente e não ter medo de
desenhar meu futuro, até porque ele começa daqui a milésimos de segundos e se
eu nada fizer de diferente, nada de diferente ocorrerá.
Após
a leitura de uma breve análise sobre a numeração que vi, resolvi seguir na
direção do vento e após horas de viagem, me imaginei numa cidadezinha de
interior com uma pequena população. Casas simples de um lado e bem moldadas do
outro. Uma divisão insana que separam ricos de pobres. Ao alto um visual de tirar o fôlego. Uma serra
verde que contorna uma parte da cidade, com algumas montanhas, onde todas as
manhãs uma forte serração encobre seu ponto mais alto. No lado oposto um estreito
caminho que leva ao primeiro vilarejo. Resolvi pegar essa vereda e viver cada
segundo em seu percurso.
Vou
caminhando lentamente a pé, sozinho, e enquanto caminho, meus olhos não se
cansam de apreciar a variedade da vegetação local e quantidade de flores espalhadas por
ela, compondo um colorido de verdes de todos os tons e cores variadas das
flores que dão um toque final.
De
repente me veio à mente o que uma pessoa amiga certa vez me falou: “Toni seu problema é que você tem
expectativas demais com as pessoas”. No momento que ouvi questionei de
imediato dizendo que não, apenas eu acreditava nas pessoas e ia me doando sem
olhar para trás, mas caminhando e pensando cheguei à conclusão de que seu
alerta pode fazer muito sentido. Em algumas situações é pura realidade.
Não
aprendi a dizer não. Não sei desprezar ninguém. Não sei tirar proveito de
nenhuma situação. Vou simplesmente me despindo das minhas vaidades e tentando de
forma humilde agradar as pessoas que caminham ao meu lado e isso me faz achar
que elas estão na mesma sintonia que eu, ou ainda que venham ao meu encontro
quando necessito apenas pelo fato de eu existir.
Continuando
a viagem, começo a enxergar um vilarejo. Vou andando em sua direção. É final de
tarde. Não conheço ninguém. De repente me bate um medo pelo desconhecido e aí
me vem à mente, o que procuro? Onde encontrar?
Lembro-me
que decidi que nessa viagem meu único objetivo de busca é saber se o que
enxergo é verdade ou é fruto da minha imaginação, ou ainda se é uma miragem
como aquelas dos filmes de quem anda no deserto e de repente imagina estar
diante de um oásis. Pois, se verdade for, verdade se tornará e se for uma
miragem logo a poeira do deserto me trará de volta à realidade. O importante é
saber que estou em busca de algo que venha saciar minha sede e que eu sinta vontade de viver muito mais.
Ao
chegar ao vilarejo, de fato estou com sede e com certo cansaço e sinto uma
vontade imensa de encontrar alguém que me ponha porta adentro, me ofereça um
café e quem sabe uma cama onde eu possa repousar. Porém, o que me conforta mesmo
nesse momento talvez seja um copo d’água bem fresquinho, um sorriso franco de
bem vindo e um pouquinho de carinho que ninguém é de ferro. Vou por intuição.
Escolho uma casa simples, só para lembrar-me das minhas origens e buscar
identificação. Ao bater à porta sou recebido por alguém com um sorriso lindo,
que me diz: “Sou um anjo que vim para lhe
recepcionar e caminhar com você. Pode entrar que a casa é sua...”.
Antes
que eu pudesse esboçar qualquer reação, o telefone toca ao despertar para mais
um dia de muitas atividades e eu simplesmente acordo totalmente confuso. Levantei
intrigado e fiquei o dia todo a me perguntar se tudo aquilo que vivi e esse
encontro inesperado com um anjo foram sonhos ou realidades que ainda irei
viver? Só o tempo dirá. Poderei dormir novamente e continuar o sonho ou sonhar
acordado para lembrar que a vida é bela e viverei a cena.
Há
quem ache que anjos não existem, ou ainda que viagens mentais a nada levam.
Prefiro acreditar que todas as respostas que procuramos estão dentro de nós e o
nosso maior desafio é fazer com que as pessoas que caminham conosco encontrem
em nós uma parte do que também procuram.
Quem
me dera ser a luz e ser a lua para iluminar os caminhos de quem por acaso me
descobrir.
Antonio
Lopes Cordeiro
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
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ExcluirToda a minha vida eu tentei ser a lâmpada, mesmo que fraca, que colocaria algum conhecimento à disposição das pessoas. Hoje me sinto meio apagada, sem ter a certeza do objetivo. Mas ainda buscando em mim forças para lutar contra a escuridão.
ResponderExcluirAnyway... adoro uma boa tempestade
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ResponderExcluirPor quê Toni, você alega que seu único objetivo de busca é saber se o que enxerga é verdade ou é fruto de sua própria imaginação? Já que vc mesmo disse em outro texto que a verdade pode ter várias vertentes e diferentes pontos de vista.
ResponderExcluirSeguindo esta lógica, o que importa são os momentos, sejam eles de qualquer natureza, mas que possam nos remeter à viagem real ou fantasiosa, em busca do bem estar, ainda que temporário, mas que faça valer à pena cada pedacinho de tempo e energia desprendida, inclusive em nossas lembranças e expectativas de vida.
Espero que os anjos sempre lhe recepcionem em sua estrada da vida, ainda que o despertador interrompa seus mais profundos pensamentos e sentimentos e que você consiga efetivamente iluminar o caminho de muitas pessoas em sua trajetória.
Inté o próximo conto...
Nívea