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terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Formação e Organização como início de conversa...

 

Para um bom entendimento tecnopolítico, que possibilite uma análise mais criteriosa do momento político e social, assim como para a criação de estratégias para possíveis enfrentamentos, se faz necessário saber fazer uma boa Avaliação de Conjuntura. Além disso, uma pesquisa científica e um bom diagnóstico local poderão ser essenciais para a tomada de decisões mais próximas da realidade.

Temos o mundo nas redes, mas pouco, sabemos utilizá-las como instrumentos de informação e de preparação organizada para os enfrentamentos das lutas do dia a dia. Vivemos conectados dia e noite, mas em grande parte só nas relações pessoais, Como se vivêssemos num mundo paralelo. Falta buscarmos nas redes seu papel político de trabalho integrado em rede que a direita sabe utilizar tão bem.

Enquanto vida em grupo online, as redes prestam um grande serviço, embora repetitivo, pois se é verdade que apenas mandar notícias pode não levar a nenhuma situação prática que intervenha diretamente no processo político atual, por outro, é um ato de militância política informar o que está ocorrendo em primeira mão, além que diante da pandemia, em pleno crescimento, não dá para sairmos às ruas a qualquer hora, achando que vamos consertar o caos que vivemos ou ainda festejarmos o que vier pela frente, pois numa dessa a pandemia pode nos levar para onde não queremos ir tão cedo, ou ainda levarmos o vírus a tira colo para outras pessoas, o que é muito mais grave.

Entender o cenário atual não é para amador@s. É uma luta diária contra um sistema excludente que existe para apenas um terço da população. Outro terço imita quem tem e serve de manutenção ao primeiro e o outro terço nada tem. Além disso, há uma guerra política, de todas as matrizes ideológicas, pela disputa de pequenos poderes em nome da população. Uma parte da esquerda de caso com a direita. Uma baleia golpista no caminho, um monte de golpistas usando a fé, como mercado de trocas e assim caminhamos rumo a 2022.

Escrevendo isso me lembrei de algo que falei a um “capataz” enlouquecido na Prefeitura de Hortolândia, que se achava em pleno poder delegado e que tinha se revelado o monstro que era ao lidar com as pessoas que trabalhavam no setor. Chamei a criatura e disse: “Para você pensar em casa: O poder é como um saquinho de algodão doce colorido. Logo acabará sua festa”. Seis meses depois ele me procura, quase chorando, e me diz que tinha entendido o meu recado, pois estava sem poder algum e sem o “canto da sereia” que o deixara inebriado. Como dizia Carlos Matus “O teu poder é emprestado pelo povo”.

O que podemos fazer? Aprofundarmos o conhecimento político é um caminho. Organizarmos Fóruns Populares Participativos é outro, além de lutarmos por transparência nos espaços políticos que participamos, inclusive nas instituições, organismos e nos partidos e suas tendências, onde apenas quem comanda sabe do que acontece e nos passa somente o que podemos saber. Defendo a ideia que compor junto significa: avaliar, discutir, planejar e construir os referenciais de enfrentamento juntos e juntas, pois o que foi combinado nunca foi caro, mas o que não é, tem um preço impagável pelo resto da vida.

É inegável que estamos no caos de ladeira abaixo em alta velocidade. A dúvida é como resistir de forma organizada, com pessoas que saibam o que estão fazendo e não mudarão de lado ou abandonarão a luta em troca de um cargo.  

Creio que a construção de um projeto de organização popular com seus organismos e a formação política continuada voltada a que sociedade temos e a que sociedade queremos, seja um dos caminhos mais viáveis, assim como planejarmos ações que promovam a cidadania, intervenha nos bolsões de miséria e esteja na ala de frente contra todo tipo de discriminação e desigualdade, seja o ponto central para caminharmos rumo ao sonho de uma nova sociedade. Um projeto a várias mãos nutrido pelas nossas utopias e mantido pelos sonhos de pessoas que vieram ao mundo para servir.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

4 comentários:

  1. estou tão desanimada que nem consigo comentar decentemente seu post

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    1. Olá minha amiga Rita. De fato vivemos momentos muito complexo, com uma sociedade em crise permanente de identidade, um vírus em compasso de crescimento e muito a se pensar e agir, porém erga a cabeça. Olhe em frente e acredite que tudo passa e no seu grande potencial. Grande abraço

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  2. Parabéns pela iniciativa! Tão ou mais importante que uma boa Avaliação de Conjuntura é a elaboração de um bom Diagnóstico, pois sem esse não há como ter aquela.

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  3. Exatamente! Precisamos nos movimentar.
    Grato pela leitura e pelo comentario.

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