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segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

O vírus e as redes sociais. Quem nos divide mais?

 

Imagem disponível em: https://canaltech.com.br/redes-sociais/viciado-em-redes-sociais-confira-dicas-de-como-comecar-a-se-livrar-delas-156835/

O conteúdo do filme “O Dilema das Redes” é algo inquietante e preocupante, pois revela com exatidão como as empresas nos usam e manipulam, além de deixar no ar que o comportamento das pessoas em rede está se tornando uma grande doença social, que faz as pessoas abandonarem seu convívio e ficarem dia e noite presos e presas a um mundo virtual onde não há limites e nada que dê conta. Muito ao contrário. Cada vez se abre um espaço novo ou uma rede nova e como ficar fora de uma onda dessas? Praticamente impossível!

Segundo o filme o sintoma se apresenta visível e de forma clara, principalmente na hora de dormir e das refeições, onde as pessoas põem com uma mão a colher na boca e com a outra dedilha para ver o que o Facebook, Instagran, Whatsapp e tantas outras trazem de novidades ou que resposta as pessoas deram para as mensagens que enviamos. Conta uma lenda que as redes acompanham as criaturas viciadas até no banheiro na hora das necessidades. Será? Custo a acreditar...!!!

Na verdade estamos diante de vários dilemas a começar por um vírus que parece não ter fim, mas que as pessoas já se acostumaram a conviver com ele de boa e não pouparam as festas de final de ano com suas aglomerações familiares sem máscara e sem nenhuma medida de proteção. A partir desse cenário o Bozo tem razão quando afirma que se trata de uma gripezinha. Na proporção o Brasil chegou a 7,5 milhões de pessoas infectadas e os números de mortes, mesmo fazendo uma correção sobre os ditos oficiais, chegará a 250 mil, o que significa apenas 3,3% das pessoas infectadas. Ou seja. Quase nada para um genocida que defende a morte em seu discurso diário.

Na sociedade de consumo e de grife que vivemos somos divididos e classificados pelo que temos e possuímos ou não e agora as redes sociais nos classifica por idade ou pela nossa intelectualidade. O Facebook como uma comunidade de pessoas velhas, o Instagram de jovens e o Twitter da galera intelectual. Verdade ou mentira? Infelizmente se trata da mais pura verdade. Hoje temos até vergonha de dizermos as redes que frequentamos, pois passamos como bregas ou desatualizados. Que loucura...!!!

Que fenômeno ou comportamento é esse que estamos vivendo? O que esperar dos novos tempos? O que sobrará das nossas relações presenciais? Podemos chamar tudo isso de doença social? O que fazer para voltarmos ao normal?

Há estudos que afirmam que há um sentimento narcisista no comportamento das redes, principalmente pelas pessoas conseguirem medir suas audiências e evidências, se sentirem importantes ao participarem de uma live, ou mesmo de afagarem seus egos ao verem dezenas de figurinhas amorosas em resposta as suas mensagens e ao responderem na mesma proporção. Ou seja. O prazer a um clique de sua imaginação como nunca se havia pensado.

Vale salientar que principalmente num mundo em pandemia, esses espaços vieram para ficar. Porém quem exagera nas redes a seu bel prazer, acaba subtraindo grandes momentos da vida com alguém. Não há espaço para as duas coisas ao mesmo tempo. Pelo menos de forma presencial.

Escrevo e me incluo também no contexto, como um alerta ao vício, como uma forma de protesto quando ocorre comigo e como uma busca de saber como administrar para que eu também não vire um total viciado virtual.

O que seremos no futuro virtual? O que sobrar desse mundo de Big Bhother. O que as relações de afeto sobressaírem e o que os corações suportarem.  

Que as nossas relações reais sejam mais consistentes e verdadeiras que o vício virtual e que possamos usar as redes como ferramentas de suporte e não como a nossa própria vida. Que assim seja!!!

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

 


4 comentários:

  1. Concordo em várias coisas do seu texto, já cheguei visitar uns parentes um dia, que ao chegar todos estavam no whatsapp e me cumprimentaram e logo minutos depois todos estavam respondendo ou mandando mensagens, então me retirei e fui pra outro local, ao sentirem minha falta uma das pessoas me ligou e perguntou onde eu estava.
    Quanto ao vírus que avassalador dependendo do Estado geral da pessoa, ele é agressivo e mata com muita rapidez ou deixa sequela na maioria das vezes e ainda tem muitas pessoas que não acreditam que ele existe.

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  2. Meu amigo. Que bom ver alguém que realmente entendeu esse filme. A maioria só fala das coisas às quais somos expostos, e parecem ignorar que isso é nossa decisão. O vírus está por aí. Não espalhado pelo ar, pois se assim fosse, estaríamos todos mortos. Mas assim como as redes e o vírus, temos uma epidemia de indiferença. Vemos gente morrer todos os dias e estamos impassíveis. Ouvi uma idiota falando sobre estar no muro olhando o que acontece, como se fosse a mais esperta. Nem vê que é autora desse mal

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    1. Pois é Rita me sinto um jurássico a escrever isso como se tivesse na contramão da evolução humana, se é que podemos chamar isso de evolução. Somos a resistência e nela continuaremos. Obrigado pela leitura e comentário.

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  3. Exatamente isso. Estamos ilhados em nós mesmos. Que loucura.

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