Um
pouco antes da pandemia, eu participei de uma conversa filosófica com base no
livro da escritora americana Michiko
Kakutani: “A morte da verdade”, onde ela desenha com palavras, o mundo
sombrio dos bastidores da eleição do Trump, pois a partir de então, com tantas
manobras, mentiras (Fakenews) e depois golpismo na invasão do Capitólio, para
uma grande parte dos americanos a verdade como a conhecemos tinha morrido.
Mal sabíamos nós que iriamos passar pela mesma
situação. A eleição do inominável Senhor das Trevas, seguindo esse mesmo
roteiro de Trump, nos deixou órfãos de atitudes, vendo parte da população submissa
a um ser sem nenhum escrúpulo, nos dando a entender que ou seria um processo de
alienação em massa ou ainda pior, estamos diante de uma nova geração incapaz de
pensar, comandada por um genocida, fascista que cultua a morte, principalmente
de índios, negros e negras e petistas. No mínimo é de se lamentar e torcer para
a história no futuro contar a verdade.
O que existe na real por trás disso é um ódio
mortal, misturado com preconceitos e muita discriminação, encarnado na figura
de Lula, um nordestino de origem pobre, com nove dedos e que teve a coragem de
governar o país e sair com mais de 80 por cento de aprovação, sob a tutela de
ser ladrão. Alguém que ficou 580 dias preso, sem provas e os petistas não mataram
ninguém, tampouco tentaram um golpe como essa trupe do mal.
Com muita tranquilidade eu hoje tenho muito claro
que votaria mil vezes num ladrão, que até hoje não acharam o que ele roubou em
nenhuma parte do mundo e jamais votaria em alguém genocida, fascista, pedófilo
e principalmente golpista que desclassificou e adulterou a verdadeira política.
Assim caminhamos por dois mundos.
O bom de tudo isso é que acabamos descobrindo num
processo eleitoral, quem é quem no mundo das ideias e atitudes. Eles e elas
acham que somos o joio, mas nós achamos mesmo que somos pessoas normais que
sempre lutamos por um mundo justo, fraterno e igual para todos e todas, onde o
ato de amar o próximo não é uma mera ilusão disfarçada no fanatismo religioso e
sim uma prática saudável de amor fraterno.
Caso eu pudesse dar um conselho a esse povo,
diria que se tratem, pois estão com uma
grave doença, onde o ódio invadiu seus corações e mentes e levaram todos vocês
para um submundo das trevas, onde a felicidade não existe, pois ela é um estado
de espírito para uma alma em brisa que jamais combina com quem vive de ódio.
Deus me livre das pessoas de bem. Aquelas que se
enrolam na Bandeira do Brasil e se acham “patriotas”, que vão às igrejas todos
os domingos e desejam a morte de Lula e de petistas. Prefiro como Raul, ser
essa metamorfose ambulante que se cria e se recria sempre a partir de novos
valores, do que aquela velha opinião formada sobre tudo.
Como gente doente de ódio não gosta nem mesmo
de poesia, quem sabe o antídoto para tudo isso seja a prática de continuarmos
amando como se não houvesse amanhã e irmos escrevendo nossos contos, prosas e
relatos de forma poética, porque viver bem e amar de verdade já é a poesia em
si. Ousar amar como princípio, meio e fim...
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
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