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segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Chegaremos maiores do que éramos...

Quando eu era criança morando no sítio da família, meu único sonho que lembro era do meu pai nos buscando para a vida em São Paulo e isso me fazia prisioneiro do tempo, sem mesmo saber do que se tratava. Na verdade, eu viria a ser um retirante futuro de uma selva de pedra.
Quando chegou o tão esperado dia e uma viagem precária de quase três dias de ônibus, estávamos em São Bernardo do Campo morando em dois cômodos, num bairro com pessoas de origem europeia, tipo classe média baixa e aí em vim a descobrir o que era preconceito, além de outras violências que eu e minha família passávamos. Porém tudo isso me serviu de iniciação na vida política e mais tarde me permitir classificar seus efeitos como a divisão de classe sociais.
É fundamente minha volta ao passado para valorizar ainda mais a vida presente, a vitória de Lula Presidente contra um genocida tacanho de origem fascista, estar alinhado com as pessoas que enfrentaram e enfrentam o mal e lutam por um outro mundo possível e colher alguns frutos plantados desde o tempo de infância, além das vitórias pessoais num mundo dividido e pobre.
Só em eu ter ficado durante todo o meu tempo de vida política ativa, do lado certo da história já valeu a pena ter nascido e ainda poder ir adiante por pequenas conquistas coletivas me deixará cidadão do mundo junto com sonhadores e sonhadoras que de mãos dadas caminhamos ao futuro.
Quem sabe seja esse o legado que deixarei à minha filha, marcado pela revisão diária dos meus erros, busca de conhecimentos para a luta contra a ignorância política e a missão de construção de um mundo justo, fraterno e igual para todos e todas, onde as pessoas consigam viver bem entendendo política a partir de um projeto, mas principalmente que se sintam gente de verdade.
Não tenho dúvidas que chegaremos maiores do outro lado da ponte do que chegamos até aqui, a partir da participação onde requer nossas presenças e se houver tempo, poderemos até compor uma canção que fale de vida, de amor fraterno e de diversas formas de amar.
Como penso meu futuro? Algo simples, como viver em paz até o último instante com pessoas que me amam de verdade e deixar uma história de vida, onde as pessoas se sintam identificadas, sempre plantando, regando e colhendo o que o jardim da alma se dispuser em me compensar.
Meu jardim particular tem à frente Lágrima de Cristo, a planta preferida da minha mãe e junto a ela diversas outras a começar por dez pés de morango e uma Rosa de Pedra completamente florida, que veio em viagem para compor meu jardim, onde a única tarefa é cuidar todos os dias.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni) Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


 

Um comentário:

  1. Oi Toni, aqui Rita. Esse projeto vai além de vc, de mim, de milhões de nós 💞. Eu creio que as pessoas precisam voltar a entender o que é amor e respeito ao próximo. Se isso é projeto político, não sei. Eu luto por todos os que não têm voz pra falar ou forças pra lutar. Sou mulher, não sou preta ou indígena. Ao contrário do que pensam, não sou minoria. Mas pertenço à espécie humana e esse é o meu motivo. Ainda há pessoas por quem vale a pena lutar

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