A vida vai nos
ensinando que vivemos em mundos diferentes de muita gente que apenas nos
rodeiam, mas não fazem parte do mesmo mundo que sonhamos e lutamos para que um
dia as nossas utopias deem conta de criar, junto com sonhadores e sonhadoras
que caminham conosco.
Existe uma
sabedoria popular que afirma que, tirando as pessoas que vieram para tumultuar
o ambiente, como vemos essa geração que nos chama de ladrões, mas cultua um genocida,
machista, racista, pedófilo e fascista, a população se divide em quem veio ao
mundo a passeio e quem veio a trabalho. Entendendo passeio quem não tem
compromisso com nada e trabalho como quem se dedica a uma causa e vai compondo
uma história a ser contada no futuro.
Essas variáveis
acabam definindo nossas personalidades, compostas por valores e princípios, assim
como as nossas formas de pensar e agir. Sejam no trato com as pessoas e suas
vivências e principalmente na relação a dois. Amor não se inventa. Assim como
uma flor, quem não ama não cuida e tudo acaba morrendo por falta de trato e
zelo. Na verdade, quem não consegue amar uma flor, não ama nem a si mesmo ou
mesma. Jamais saberá o que seja o Jardim da Alma.
Há muito tempo
venho desenhando meu mundo, colorindo a partir da minha forma de ser. Riscando
em paredes, desenhando em árvores e espetando pequenos marcos na terra onde
piso, sempre com o cuidado de não repetir velhos erros cometidos e que tem um
alto preço.
Qual seria esse
mundo? Um mundo de paz de espírito para que eu possa continuar lutando pelo que
acredito ser um mundo melhor. Apostando nas diversas formas de amar e entendendo
que o vamos deixando pelo caminho, só servirão para quem consegue nos enxergar,
além da cor, porte físico, conta bancária e que bens possuímos ou queremos
possuir.
Um mundo com
jeito de hoje, onde se acumula o tempo de vida com suas diversas experiências, com
luares, sóis e algumas tempestades, porém com a disposição de procurar após
cada uma delas, um arco-íris para colorir o meu dia e cantar uma cantiga
acompanhado à espera de um belo pôr do sol.
Tenho certeza
de que esse seja um mundo possível de ser vivido. Basta apenas que eu não perca
a vontade de continuar sonhando e continue acreditando que o melhor ainda virá...
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social