Considero
o livro de Paulo Nogueira Batista “O Consenso de Washington: a visão neoliberal
dos problemas latino-americanos” (Leia aqui), como uma verdadeira obra prima,
para que possamos entender de forma clara e simples, o que de fato significou aquela
reunião ocorrida em novembro de 1989, na capital do Estados Unidos, com
funcionários do governo norte-americano, com os organismos financeiros: FMI,
Banco Mundial e BID e com economistas de diversos países.
Essa importante reunião denominada O Consenso de Washington, tratava simplesmente da formatação do projeto de implantação do neoliberalismo na
América Latina e Caribe.
O livro trás ainda, com detalhes, qual era o papel da mídia, como por exemplo, convencer a população de que tudo que era pública era ruim e tudo que é privado é ótimo, para que pudessem privatizar a vontade, o papel das ONGs e principalmente o papel dos agentes políticos.
No
Brasil a grande promessa para essa empreitada era Fernando Collor, porém os agentes neoliberais descobriram
no meio do caminho que estavam sendo passado para trás e aí trataram de
promover seu impeachment e apostaram todas as fichas em Fernando Henrique
Cardoso, que não os decepcionou, vendendo todo patrimônio nacional e deixando o país
cada vez mais dependente do FMI e dos EUA, como estava programado. A leitura do
livro dará dados e particularidades precisas sob este triste episódio que praticamente quebrou o país.
Estou
fazendo essa pequena introdução para dar continuidade ao assunto anterior,
mostrando um Brasil dos brasileiros, bem diferente do que a mídia quer mostrar. Vale
ressaltar que é exatamente nesse ponto, que os discursos da Marina Silva, Eduardo
Campos, Aécio e adjacências, se situam e se opõem ao Brasil dos brasileiros. Esse será grande embate das próximas eleições.
Trago hoje como centro da análise, a excelente
pesquisa desenvolvida pela Fundação Perseu Abramo, com o título: “Os intocáveis
(I): A queda da pobreza no Brasil do último decênio”.
Segundo a pesquisa: “No decênio que compreendem os anos de 2002 e 2012, a pobreza decaiu
57,4% no Brasil.
Em termos absolutos foram 22,5 milhões de pessoas que deixaram
a condição de pobreza, uma vez que passou de 39,3 milhões de brasileiros
vivendo com até 140 reais mensais per capita de rendimento domiciliar em 2002
para 16,7 milhões de brasileiros em 2012. Do universo dos 22,5 milhões de
brasileiros que abandonaram a pobreza no último decênio, 74% deles pertenciam
ao meio urbano, enquanto 26% eram rurais.
Por conta disso, o número de pobres
urbanos caiu 63,1% entre 2002 e 2012, enquanto a quantidade de pobres rurais
diminuiu 45,8%. No ano de 2012, o Brasil registrou 9,8 milhões de pobres
urbanos, enquanto em 2002 eram 26,4 milhões de brasileiros vivendo com até 140
reais per capita de rendimento mensal domiciliar. No mesmo período de tempo, a pobreza
rural decaiu de 12,8 milhões para 6,9 milhões de pessoas”.
O ódio que se estabelece no processo da
disputa eleitoral, proferido pelos opositores do governo, ao afirmar que seus maiores objetivos estão voltados a exterminar com o PT e
com a hegemonia de seus governos, traduz bem a intenção de levar o país,
considerado pela maioria do povo brasileiro, que está comendo melhor, estudando
em escolas públicas ou privadas com cotas, comprando suas casas e
principalmente trabalhando com carteira assinada, ou de volta ao passado ou
como eles falam: fazer mais e melhor, só não revelam para quem trabalham e trabalharão. A contar de seus aliados, compostos por banqueiros, grande empresas, grandes
latifundiários e madeireiras, dá para se imaginar a verdadeira intensão e quem os financia.
O mais importante é entendermos que contra dados científicos não há espaço
para falsos argumentos. Leia a pesquisa na íntegra, clicando aqui.
“O que mais me
emociona é transformar a vida das pessoas".
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário sobre o Post