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terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Diante de uma nova caminhada como cuidar das flores que plantamos?

 

Depois de um processo eleitoral que mostrou a verdadeira cara do Brasil atual, vimos o povo votante optar pelos partidos do Centrão, um monstro que serve ao sistema e que se move a partir de suas necessidades e interesses; uma parte sonhar junto com os representantes da esquerda nacional numa grande onda e uma grande parte anular ou se abster, fiquei pensando o que escrever para juntar sonhos e decepções e fazer disso uma razão para continuar na luta.

Aliado a tudo isso a notícia que a pandemia voltou com tudo, como se já tivesse ido embora e não maquiada para que as eleições pudessem acontecer, além das baladas em noites a fio com muita bebida que não houve interrupção.

Há um bom tempo li no Livro “O mundo secreto das plantas”, que elas se comunicam conosco a partir das nossas reações de carinho ou desprezo. Agem e reagem à nossa forma de tratá-las e respondem a nossa interação. Quem não cuida com carinho do seu jardim do que cuidará bem? Se bem observado há certa simetria entre o comportamento das plantas e de algumas pessoas que convivemos ou que formamos nosso campo de ação.

Nós dos sonhos das lutas concretas, por certo nos sentimos mais pobres em termos dos sonhos presentes e do que enxergamos como perda para a população que se deixou manipular e a preocupação com a pobre democracia que anda por um fio. Porém, aprendemos nos desafios do dia a dia a nos reinventar e assim seguimos em frente, porém com a necessidade eminente de uma profunda reflexão para identificarmos para quem perdemos e como perdemos. Muitas coisas novas nos encantaram e vivemos de plantar nos campos da luta, tendo a convicção que um dia essas flores abrirão para a vida.

Ao fazer uma busca humanista nesse momento de incertezas, me pego pensando que para algumas pessoas somos apenas momentos, que duram muito pouco e ficam quase nada, mas para outras somos flores plantadas com cuidado no jardim da alma e que brotamos quando tudo parecia uma longa seca. Para essas, o exercício da vida nos ensina que quanto mais cuidarmos da relação, mais seremos brotos de esperança e de um novo olhar. Um toque suave de amor e é nesse momento que acontece o nosso crescimento interior.

A pergunta que me vem à cabeça ao escrever um post como esse é o que seremos no ano que se aproxima? A impressão é que nunca mais seremos os mesmos e as mesmas diante de um ano que abalou a humanidade, levou antes do tempo milhares de pessoas e ameaça levar muito mais. Apesar de tudo isso há quem nem acredite nos riscos, quem se venda por um voto e quem agrida por prazer ou ainda acredite que depois de um copo e outro rumo à embriaguez a vida se refaz. Será que avançamos rumo ao total embrutecimento da humanidade? O que nos resta fazer?

Continuarmos a sonhar com uma sociedade de iguais. Avançarmos na reflexão. Investirmos no jardim que plantamos. Ouvirmos mais que falarmos e ajeitar o terreno, pois um dia ele será apenas uma história de vida de quem por aqui passou e ainda passará. Não podemos mover o passado, mas podemos ser construtores e construtoras de sonhos coletivos feitos a várias mãos.

Somos na essência o que as nossas escolhas nos tornaram. Somos o ontem, o hoje e se vida tivermos podemos ser muito mais, até nos tornarmos a alegria em cores de quem de forma desavisada tropeçou no acaso e deu de cara com o destino. O grande desafio da vida é entendermos que somos o tudo ou o nada aos olhos de quem nos observa com alguma forma de sentimento.

Que a vida que virá nos sirva de boas energias para avançarmos rumo às vitórias contidas em nossas utopias e alimentadas por nossos sonhos.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


quarta-feira, 4 de novembro de 2020

A estranha relação entre Eleitor@s e Candidat@s

 

Imagem disponível em: https://www.tre-pa.jus.br/imprensa/noticias-tre-pa/2020/Fevereiro/eleicoes-2020-candidatos-e-partidos-devem-atentar-para-os-prazos-da-justica-eleitoral

Como explicar que as pessoas ou votam por uma paixão desmedida, ou por ódio contra alguém ou contra um partido? Aliado a isso está à trupe que anula o voto ou vota em branco e se gaba dizendo que não votou em ninguém. Votou sim! Tudo isso sem contar que grande parte do eleitorado está à venda. Diante desse caótico cenário, três fatores são importantes de serem observados.

O primeiro versa sobre a obrigatoriedade do voto. Um contrassenso, pois as pessoas tinham que ser livres para votarem ou não. Quem sabe com isso fosse possível mudar as estranhas relações existentes no processo eleitoral e quem sabe ainda diminuísse o grau de promiscuidade em nome da democracia. Porém há de se entender que há uma indústria eleitoral por trás das eleições e esse é o principal fator para justificar uma eleição a cada dois anos.

O segundo vem do alto grau de desinformação existente entre o eleitorado, por terem comprado a ideia de que política não se discute ou que política é apenas para políticos. Afirmam que todos e todas mentem para passar uma ótima imagem e assim nem vale a pena acompanhar ou se informar. Claro que em parte isso é verdade, por várias razões, porém é a desinformação e a alienação, que juntas elegem figuras como o genocida presidente.

O terceiro é que é o fator emocional que acaba decidindo as eleições, sem racionalidade alguma. As pessoas votam em pessoas sem as conhecerem ou o que defendem. Votam por favores presentes ou futuros e também pelo fervor que se dá com a figura do candidato ou candidata. Além disso, votam em profissionais da política que fazem de seus cargos profissão e nesse time tem gente da esquerda à direita, que não possuem base eleitoral construída a partir da participação e de projetos e sim apenas eleitor@s que normalmente são tratados como “garrafinhas”, a serem trocadas em barganhas eleitorais.

Como uma forma de alerta e também com certa provocação, no post anterior faço uma pergunta embaraçosa para o momento político: Vale a vida por um voto? Uma pergunta que não consegue ser respondida pela extrema maioria de candidatos e candidatas, da esquerda à direita, pois a disputa pelo voto não tem limites. Para se manterem ativos e visíveis, candidatos e candidatas vão para o tudo ou nada, principalmente na reta final, ignorando qualquer risco e ocupam feiras, comércio, bares e botecos em busca de possíveis eleitor@s.

Essa eleição é de uma tremenda irresponsabilidade. É expor o povo, aos apertos de mãos e abraços, nem sempre desejados e para milhares de candidatos e candidatas apostarem até a vida por uma possível vitória eleitoral.

Existe um descompasso econômico e financeiro entre os mais de 530 mil candidatos e candidatas para as eleições desse ano. Enquanto uma parte desfruta de campanhas milionárias, sem se saber de onde vem esse dinheiro, outra parte fica no limite dos repasses do Fundo Eleitoral, com classificações diferenciadas em relação ao volume de recursos recebidos e outra parte nada tem a não ser uma quantidade de material oferecido pelo próprio partido. Enfim, como bem dizia o Barão de Itararé, há algo no ar além dos aviões de carreira disfarçado ou maquiado pelo marketing eleitoral.

O que fazer para participar e não entrar no jogo do poder? Ter muita calma nessa hora. Trabalhar com o que for possível, porém com a responsabilidade de não se tornar um agente multiplicador da pandemia. Trabalhar com projetos a várias mãos. Acreditar na democracia direta ou participativa. Não por a dignidade à venda com a desculpa de que o sistema é assim. Além disso, construir projetos de ocupação com o compromisso das mudanças efetivas que a sociedade que sonhamos requer. Como dizia Paulo Freire: “Uma sociedade onde a exigência de justiça não signifique nenhuma limitação da liberdade e a plenitude da liberdade não signifique nenhuma restrição do dever de justiça”.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social





quarta-feira, 21 de outubro de 2020

UM NOVO OLHAR...

 

Às vezes passamos por situações que não compreendemos, que muitas vezes não fazem sentido e nos machuca física e psicologicamente, bem lá no íntimo. Bagunça tudo, embaça e cega nossa visão.

Eu passei ou estou passando por um desses momentos. Estar entre a vida e a morte nos coloca neste labirinto de sentimentos e vivências, nos aproxima e nos afasta, nos cega e nos faz enxergar, faz morrer e renascer. Sim morrer, pois partes suas de fato morrem, no meu caso o orgulho, o ego, a vaidade e a soberba, ficaram lá na intubação que tive devido o Covid-19, e quando renasci, um novo olhar surgiu.

Um novo olhar para as relações que deixamos se tornar superficial, online e frágil, o que há de mais precioso do que as pessoas que amamos? Quando estamos sozinhos, isolados e abatidos nada é mais importante que um abraço, uma palavra e a presença de quem se ama. As redes sociais nos aproximam de quem está longe, mas nos distância de quem está perto, hoje valorizo como nunca um abraço, o olho o olho e um sorriso caloroso. Ter a família e os amigos por perto é o melhor presente que podemos ter. Eu tive uma experiencia muito singular e emocionante, que me fez ver o mundo mais bonito, as pessoas conhecidas e não conhecidas que intercederam por mim, as varias preces e orações, cada um dá sua forma, teve uma dimensão que não posso quantificar, isso foi e me fez sentir de forma muito especial. Mesmo depois de desenganada pelos médicos, eu voltei a respirar sozinha depois de tantas pessoas ter respirado por mim em orações e choro.

Um novo olhar para espiritualidade, como podemos deixar isso de lado, eu particularmente acredito em Deus, e minha ligação com ele foi tão especial e peculiar, a conexão e a intimidade que criamos nunca mais se romperá, eu o senti no íntimo, no físico e nas pessoas que ali estavam e nas que relataram experiências quando foram interceder por mim, me emociona profundamente. Eu senti o amor de Deus em cada um de vocês

Um novo olhar para as minhas prioridades, passamos nossa breve vida, em busca de coisas materiais, de segurança financeira, de um futuro estável, de uma história de amor eterno, sem ao menos se dar conta que o segundo seguinte já é o futuro, não aproveitamos a viagem, as companhias, as belezas e os detalhes do agora. Parece muito poético e utópico né? Eu imagino que você escute dessa forma quando falo essas coisas, mas é exatamente o que sinto e gostaria que todos entendessem, nada além disso é mais importante.

Enfim, um novo olhar para a vida e para essa nova oportunidade diária que é viver!

 Débora Machado
Psicóloga e Pesquisadora Cientifica.


quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Professora, Professor...


 

A todas as profissões
Precisamos dar valor
Respeitando todo o esforço
Do povo trabalhador

Mas uma em especial
Necessita mais amor
Isso mesmo, estou falando
Do querido professor

És do aluno quase mãe
Professor e professora
Sua arte de ensinar
Deve ser libertadora

Geografia ou Ciências
História ou matemática
Qualquer que seja a matéria
Na teoria ou na prática

O desejo de aprender
O carinho ao ensinar
Sempre se fortalecendo
Pela profissão amar

O Papa exalta o professor
Ao falar de educação
Apesar de “sempre mal pago”
Do futuro é o artesão

Para ele o professor
Deve sempre integrar:
Mãos, cabeça e coração
No seu ato de ensinar

Siga sempre com coragem
Professora e Professor
Pois, no fundo o que ensinas
É o Beabá do amor...

Autoria: Arlete Rogoginski

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

O SORRISO DE UMA CRIANÇA

 


Percebemos vida e sonhos
No sorriso da criança
Toda paz e tom sereno
Transmitindo esperança

Depende de todos nós
O mundo que precisamos
Que seja mais habitável
Para aqueles que amamos
 

Amamos a natureza
E tudo o que representa
Amamos o ser humano
Que da terra se sustenta
 

A criança tem o poder
De mudar o ambiente
Trazendo a alegria
De viver nosso presente
 

Papa Francisco nos lembra
Desse ser tão precioso:
“Brincar com nossas crianças
É um gesto grandioso”
 

Doces, balas, brincadeiras
Sorrisos e muita alegria
Que a criança interior
Seja nossa companhia!
 

Valorize cada instante”
A criança nos ensina
Com seu olhar e sorriso
E presença quase divina

 

Autoria: Arlete Rogoginski


sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Os Desafios do Processo Eleitoral Atual - Vale a Vida por um Voto?

 

O processo eleitoral embrutece e aliena uma parte da sociedade? Que tipo de abordagem poderá ser diferente nessas eleições? Vale tudo por um voto? Que estratégia seguir para atrair a atenção do eleitorado sem riscos? Como atingir números exponenciais de votos sem invadir a vida das pessoas ou levar o vírus a tiracolo nas diversas formas de abordagens?

São perguntas de respostas complexas, que exigem muita responsabilidade para respondê-las ou um grau de comprometimento muito alto de quem está planejando em equipe e buscando as melhores alternativas em busca de resultados.

Desafiando-nos em busca do grande Eixo que sustentava um mutirão habitacional de 200 famílias em São Bernardo do Campo em 1989, Paulo Freire nos fez uma analogia com um carrossel e nos pôs a refletir por dois dias, até chegarmos à conclusão de que aquele trabalho só poderia ser chamado de mutirão quando a entidade e as pessoas que o compunham saíssem do individual para o coletivo, que muda todo percurso e cria uma nova concepção de projeto e de estratégias de planejamento. Paulo Freire viajou conosco nos nossos sonhos de moradia e na concepção de habitar em comunidade a partir de uma prática coletiva, que remete a um trabalho de mente e coração na construção de vários sentimentos juntos e ações a várias mãos.

Passadas algumas décadas da nobre conversa com Paulo Freire e com um trabalho de gestão e científico que lhe dá sustentação, não tenho dúvidas que um trabalho eleitoral compartilhado e participativo é um grande mutirão, com todos os ingredientes, crises humanas e interesses diversos que pauta o dia a dia de quem o compõe. Porém se uma casa for erguida nesse formato ou uma campanha eleitoral for bem trabalhada nessa direção, o sabor de vitória será vivenciado independente do resultado final.

Como pesquisador focado no momento, trago uma visão bem conservadora a partir de algumas leituras do que vivemos e de algumas conversas sobre a abordagem convencional de candidatos e candidatas em tempos de pandemia. Há um sentimento de necessidade de distanciamento de candidatos e candidatas, que surgem do nada para atrair a atenção da população em todos os ambientes possíveis e uma irritação grande sobre o grande número de materiais que irá inundar as caixinhas de correio de milhares de pessoas, onde a maioria não será lida e sim irá direto ao lixo.

Não precisa ser um exímio analista político formado em Harvard para se chegar à conclusão de que estaremos diante de uma eleição com uma complexidade jamais imaginada e que requer muita calma diante dos perigos eminentes e uma dose alta de sabedoria para se buscar os resultados esperados sem se comprometer com o que possa ocorrer nas abordagens e ações impensadas em busca de votos, assim como com os cuidados com a própria vida. O que fazer para se tornar uma campanha competitiva?

Creio que a melhor saída para quem preserva a vida ou não quer se comprometer com a saúde alheia, seja uso inteligente, estratégico e planejado das Redes e Mídias Sociais, aliado a um plano de ação de pequenas reuniões agendadas, com todo cuidado sanitário possível e alternativas virtuais que sejam capazes de levar a proposta a milhares de pessoas com um custo baixo e pelo menos um momento de materiais impressos, principalmente na reta final, mesmo se correndo o risco de contaminar alguém e o material ir direto ao lixo. Para os bons ou para as boas, entendedores e entendedoras, chegou o momento de se intensificar o trabalho em rede, tanto virtual como presencial, com agentes multiplicadores de um projeto, uma ideia e uma ação.

Tem duas coisas na política que nossas mães nos ensinaram e continuam como verdades quase absolutas: “Diz-me com quem andas que direi quem és” e “Tudo na vida tem um preço”, ainda mais na vida política eleitoral que é pautada cem por cento por interesses diversos, sejam pessoais ou dos grupos onde a maioria está envolvida.

Que possamos tirar desse processo eleitoral os ensinamentos necessários para a construção de um futuro sem Medo de Ser Feliz, com Campanhas e possíveis Mandatos Compartilhados e Participativos, onde a nossa dignidade seja preservada e a luta por direitos, através da organização popular, seja a pauta principal, independentemente dos resultados eleitorais. Que tal?

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
tonicordeiro1608@gmail.com

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Carta ao Tempo Senhor da Razão e Senhor da Verdade

 

O que é Tempo? O que somos diante de sua imensidão? Como dialogar com o Tempo e buscarmos nele as melhores respostas para a vida? 

De forma abstrata podemos entender o Tempo sentindo toda movimentação existente em nossas vidas, da hora que acordamos ao voltar a dormir, das tarefas que estabelecemos e às vezes não conseguimos completar ou quando descobrimos que falta Tempo para completar o quebra-cabeça da vida, que sempre está em construção.

A vida diante do Tempo representa uma complexa sequência existencial, tão única, tão particular, que o que sobra no final é a certeza de que a vida é curta demais para tantos sonhos que ora aparecem em nossas mentes e nos aquecem e ora se desfazem de forma gelada no caminho do coração quando não encontram sintonia e nem companhia. Quem sabe isso ocorra devido à lacuna existente ao descobrimos que pelo menos um terço de toda a nossa vida passamos dormindo, em outra onda, em outros sonhos e em outra dimensão. 

Em outros momentos, a materialização do Tempo se dá ao percebermos as transformações aparentes em nossos corpos refletidos no espelho da vida e nessa hora quem se prende à ditadura do corpo em sua complexa vaidade, vê que só sobraram as marcas aparentes e com elas apenas quem esteve ou está conosco por amor verdadeiro. As demais vieram para curtir a nossa boa aparência enquanto existia.

Enquanto para uns e umas somos um soneto inacabado e sem vida, para outros e outras somos as vírgulas, os acentos e os pontos de exclamação de um lindo poema de amor. Somos às vezes chaveirinhos a colorir uma parede de desenhos tão tênues, e em outros momentos somos o alicerce de uma construção em movimento. Viajamos nas mentes alheias, às vezes em corações que ainda se inquietam e se completam com a nossa presença e em outros apenas como mais um e uma na multidão.

Querido tempo. Tu que és Senhor da Razão e da Verdade, Senhor da nossa existência e Senhor que divide vida da morte, acalma meu coração e me ajuda a entender as entrelinhas da vida para que eu ainda possa reescrever as folhas que perdi do meu diário com os solavancos do dia a dia e continuar escrevendo a minha história de vida que é o que ficará para quem me amou e me ama de verdade, seguiu e segue comigo pelas veredas da vida e que se importa de fato com a minha existência.

Tu não existes para os deuses, que se deliciam com a vida em abundância, mas presos a uma forma de vida onde o erro inexiste, pois errar é só humano e é nessa lacuna onde tudo se explica e acontece. Tu só existes de forma latente para nós, pobres mortais, que por mais que vivam e gozem com a vida, se vão com suas obras incompletas, seus amores inacabados e sem data marcada para a despedida.

Tu que tens o grande poder da existência ajuda-me a conviver comigo mesmo e a entender que a vida é bela, que existem pessoas tão belas e o melhor ainda está por vir. 

Que eu ainda tenha tempo de desfiar o que é racional, me saciar com as emoções alheias em minha direção e continuar lutando para que valha a pena a minha existência e se não for muita ocupação, Senhor da Verdade e da Razão, me faça um sonhador ao acreditar ainda ser possível amar e se amado. 

Quem sabe seja Tempo de fechar os olhos e sentir uma sinfonia de violinos, com um solo de oboé, a compor uma melodia para minha alma se aquietar e eu possa acordar com ela em mente e cantarolar pelo resto do dia. Quero seguir pelo caminho da paciência, da persistência e do amor e acreditando que sempre poderei aprender, crescer e mudar... O Tempo dirá...! 

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

SER UM BOM PAI

Assim como a semente

Que precisa ser cultivada

Em terra boa e fértil

Constantemente regada

 

Assim é também com o filho

O pai precisa esperar

Conservando, com cuidado

Nesse espaço de criar

 

Aquele que ouve, que afaga

Não desanima, em frente vai

Orienta, sugere, encara...

Assim deve ser um pai

 

Sobre a vocação de um pai:

O Papa vem nos lembrar:

Saber proteger, corrigir

Presença sem controlar

 

Nos momentos de insucesso

O Filho precisa encontrar

Um abraço de ternura

De um pai a lhe esperar

 

Um pai verdadeiro e digno

Do filho não se esquece

Sua presença e exemplos

Ampara e o fortalece

 

Nesse mundo atribulado

Seja o pai o construtor

Plantando e cultivando

As sementes do amor

 

Certamente na colheita

Muitas flores surgirão

Filhos fortes e amáveis

Nosso mundo encantarão!

 

Autoria: Arlete Rogoginski


sexta-feira, 31 de julho de 2020

O que sobrará e o que sobraremos?


47 Melhores Ideias de Minas Gerais | Lavras novas, Casa colonial ...
Venho de inquietudes geradas por noites de insônia e de desencontros. Uso o tempo, depois das atividades, para uma viagem interior em busca do outro eu que se encontra sutilmente escondido. Quem sabe brincando de roda com todos os personagens que criei em meus anos de vida. Caso seja isso mando um recado ao dito cujo: “Eu também quero me divertir”! Esse ano foi de muita tensão e ainda está sendo, o que me obriga a me reinventar todos os dias.  

Ao levantar olho pela janela e me pergunto: Que país é esse que brinca com a realidade? Que povo é esse que ignora o perigo da morte brincando com a vida? O que sobrará depois dessa onda fascista onde o mal vadia no quintal de casa e seus adoradores zombam do ato de viver? Seremos melhores seres em vida? Saberemos usar melhor o tempo? Saberemos traduzir o que é o amor?

De cara um desafio. Ficar em casa preservando a vida ou ainda evitando de contaminar quem encontrar, ou ceder às vontades de ir para a noite no aconchego de mais uma comemoração pela vida? Paro, penso e continuo a pensar. Milhares de pensamentos me vêm à cabeça, mas a certeza de que em vida ainda tenho muitos sonhos a realizar e um deles é continuar vivendo...

Quem somos afinal? O ser que mostra ser ou o que se busca para existir? O ser que ilumina a escuridão de alguém ou o que busca luz para viver? O ser que se acha completo ou o que busca no amor uma forma de se completar? Enfim, quem somos e o que seremos? Onde estamos e para onde vamos?

Somos o que chegamos até aqui, como resultado de nossas escolhas e da nossa forma de pensar e agir, porém com a esperança que possamos ser o que guardamos em sonhos novos e antigos. Somos fragmentos do tempo. Partículas do ar na imensidão da vida.  Somos o que foi possível ser. Somos o ontem, misturados com o hoje, tentando seduzir o amanhã para que cheguemos lá e exploremos o mundo.

Somos uma composição de achados e perdidos, de encontros e desencontros, que vão tecendo a colcha de retalhos que é a vida. Somos fogo e água. Somos poemas inacabados em busca de par. Somos a letra de uma canção que compusemos em noites de amor, mas que nas bordas trazem nossas inquietações com o que ainda não aconteceu ou que nos fez chorar.

Nesse momento eu quero pouco. Quero uma manhã ensolarada, com um regar das plantas em busca de alimento para a alma e um café da manhã numa casinha de fogão de lenha acompanhado de quem me faz bem para fazer a vida valer a pena e alguns passos em direção à liberdade de viver, numa busca contida de respostas para os pensamentos da noite.

Enquanto eu sonho vou cantarolando um trechinho de música, ainda inacabada, que fiz para uma fada que me prometeu me levar ao paraíso em vida e ainda não fez. Estarei dormindo ou acordado? Fadas existem? Na dúvida quero deitar novamente e ter o prazer de dormir com a cabeça tranquila e o coração palpitando para o que me planejei realizar amanhã.

Vem comigo. A vida é simples, mas o sonho é sofisticado. Construir uma nova sociedade a várias mãos onde o ato de viver ou morrer dependa apenas do Criador e não de quem nos rouba todos os dias o direito à vida com dignidade. Caso venha eu te espero enquanto leio versos do Drummond e ouvindo Por uma Folha, que é uma viagem à nossa existência. Até daqui a pouco...!
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

domingo, 26 de julho de 2020

A fonte de toda fartura


Dela brota toda planta
Que transforma a paisagem
Verdejando todo campo
Com sua verde ramagem

A terra é nossa mãe
Generosa e solidária
Distribui sua riqueza
De maneira igualitária

Desde o princípio de tudo
Dela o sustento tiramos
Às vezes pelo mau uso
Quase a sufocamos

Talvez se a terra pudesse
Um recado nos passar
Diria: “quero somente
Toda a fome apaziguar”

E ainda prosseguiria:
“Existo pra todo mundo
Uma cerca só me machuca
Em um grande latifúndio”

Vamos dividir a terra!
Deve a todos pertencer
Por que todos têm direito
De plantar e de colher

Tudo depende de nós
O Papa nos lembra e deseja
Vamos cuidar nossa casa comum
Pra que mais habitável ela seja

Que dê alimentos a todos
Que todos tenham um lugar
Ninguém seja deixado pra trás
Pois aqui é o nosso lar

Autoria: Arlete Rogoginski

domingo, 12 de julho de 2020

O Amor existe ou é uma lenda da adolescência?


O amor jamais morre… | O Olhar de Kika Domingues
De vez enquanto me sinto jurássico ao falar de Amor como um sentimento que se nutre da pureza da relação, ou quem sabe o Amor da forma ingênua que penso sentir, nem mesmo exista. Faça parte apenas de uma lenda antiga que muita gente não conhece ou a esqueceu e trocou por novas formas de amar. Aí fico com a dúvida se estarei velho demais para ainda acreditar que o Amor exista ou se farei parte de uma vanguarda em extinção, que resiste e ainda guarda o sonho de amar e ser amado, depois de ciclos de vida onde isso parecia ser tão natural. Seja o que for o Amor de verdade pode até ser um mito, mas quem já o viveu ou ainda quer viver enxerga a vida a dois com outros olhos e disposição para viver. 

Fico pensando que quando conseguimos entender que o AMOR verdadeiro por outro ser, fica numa área restrita do coração, reservada de onde habita o amor que sentimos pela família e pelos amigos e amigas, por mais chegados que sejam, a vida a dois passa a ter outro significado, indo muito além do sexo como argumento ou das diversas formas de carinho e passa a ser uma busca constante de juntar as duas partes, pois nos misturamos com quem amamos, compartilhamos e oferecemos sempre o que a outra parte amaria ver, ouvir e viver, só para vê-la feliz. Construímos momentos só para gozamos juntos e pulamos de mãos dadas os obstáculos que a vida sempre nos põe frente a frente.

Ao entender isso, sentimos que mais vale aproveitarmos a vida juntos, nos diversos momentos que a vida oferece, do que estarmos nos bailes da vida dançando com o mundo só pelo nosso prazer, porque se assim for, só uma parte goza e se torna apenas a motivação de vida pelo prazer do momento.  

Viver a dois com AMOR é leveza na alma. É um pulsar em sintonia com as almas brincando de amanhã. É sentir vontade de ligar a qualquer hora do dia e da noite só para matar a saudade. É se por disponível para falar e escutar. É roubar um tempo do lazer e dos compromissos nas redes sociais, só para ficar juntos por prazer. É nunca deixar a outra parte à espera sem avisar. É mimar e dar Bom Dia e Boa Noite por prazer e por AMOR. É ter o cuidado de incluir a outra parte aonde achamos que ela se encaixa perfeitamente e vai se sentir feliz. É compartilhar e convidar ao que nos faz bem. É enfim um doce afago no tempo com o receio que a vida logo acabe. São coisas dos deuses em busca de Deus. É o universo conspirando para que duas almas voem juntas rumo ao infinito noite e dia.

Quem sabe esse roteiro expresse apenas uma prestação de contas com as minhas vidas passadas ou uma vontade de ser assim se vidas futuras eu tiver. Seja o que for é um processo de catarse permanente que sempre aviva a minha forma de ser, que vai de sobrevivente de uma sociedade embrutecida onde amar no velho estilo virou perca de tempo e fora de moda, passando por uma janela para o futuro onde enxergo o sol e com ele faço uma viagem até à tardinha onde contemplarei as estrelas em busca de alimento para a alma e de muito amor. 

Se AMAR dessa forma é ser anormal, anormal serei enquanto vida tiver e por ser assim, me dou ao direito de sempre desconfiar de quem se acha normal.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

sábado, 27 de junho de 2020

O que será e o que serei amanhã?

Anjos de luz | Gotas de Paz

Mais de cem dias de pandemia e em quarentena permanente são suficientes para darmos várias voltas ao mundo de nossas imaginações. Pegarmos carona nos sonhos alheios e brincarmos de roda nos círculos que a vida nos põe dentro. Momentos que vieram para modificar o ciclo natural das coisas e para nos preparar de que nada mais será como antes, porém com a grande oportunidade de nos reinventar, nos humanizar ou quem sabe nascermos novamente . Quem viver verá...

Nesses dias de isolamento brinquei de poeta, de escritor, de menino tolo e atrevido que acha que pode entrar em qualquer lugar e ser muito bem aceito, de construtor de sonhos e de ser uma fortaleza frente à solidão e o silêncio provocado que estão sempre presentes. Ofereci sempre o que meu coração tem de sobra e controlei a explosão emocional que invade minha alma em momentos de rejeição e quando me sinto sozinho diante do perigo.

Cantei por prazer, mimei quem me permitiu mimar, andei de um lado para outro em busca da minha luz. Fiz tratados com a vida, compus melodias, escrevi muitas vezes para ninguém ler e achei no meio do nada um feixe de luz que aponta para o amanhã. Quem sabe seja um daqueles anjos de luz que me vem nas sequências numéricas me avisar que mais dias, menos dias realizarei os meus sonhos e para que eu não desista nunca.

Procurando conviver de forma sadia com esse estado de coisas assustador e driblar as emoções e as dores, que às vezes transbordam em meu peito, me valho do tempo, das músicas que canto agora com violão e das que recebo quando alguém se lembra de mandar, das histórias que conto para meus personagens, do cuidar de forma dedicada das flores e plantas e da velha esperança de que o que eu tiver de merecimento que o destino me trouxe continuará comigo e tudo aquilo que veio numa ventania ao acaso, que o vento se encarregue de levar de volta para não atrapalhar o ato de pipar.

Ah vida quanto já me ensinaste. Quanto eu já vivi. Quantos banhos de chuva tomei apenas para brincar com o tempo. Quantas noites enluaradas brincando de rodas. Quantas estrelas já contei. Quanto brinquei com as sombras dos candeeiros. Quantos banhos de rio. Quantos risos nos embalos da vida e quanto choro em momentos de introspecção. Quanto já ganhei na vida e quanto ainda tenho para doar. Viver é a arte de juntar o que se espalhou com o tempo e ter o cuidado ao montar o quebra cabeças que o momento exige.

Ontem eu sonhei entrando num ambiente repleto de orquídeas e bromélias. Suaves mãos a lhe tocarem. Um toque d’água. Uma réstia de sol e uma borboleta pousando lentamente nas suaves flores nascidas com amor. De repente acordei e por um instante não sabia se estava sonhando ou era realidade. Seja o que for, enquanto as flores estiverem lá e em meu pensamento, novas borboletas poderão vir e as metamorfoses poderão ocorrer de forma natural. Só o tempo dirá...

Hoje parei em frente a um espelho no quarto vazio e perguntei para a minha imagem refletida: O que eu sou? Quem sou eu? Depois de um silencio eu mesmo respondi: Ainda não sei. Quem sabe um dia... Quem sabe uma noite... Quem sabe no café da manhã... 

Agradeço ao ontem que me trouxe ate aqui, ao hoje que me faz resistir e persistir e ao amanhã que é onde meus sonhos estão depositados. Por via das duvidas, estou saindo agora em plena madrugada em busca desses mimos que a vida nos oferece. Que eu tenha a felicidade de encontrar alguns deles entre o raiar do dia e o por do sol...

 Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Manifesto de Apoio: Letícia Florêncio, Prefeita de São João de Meriti

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Nós, moradores e moradoras de São João de Meriti e de outras cidades do Estado do Rio de Janeiro, na qualidade de lideranças comunitárias, lideranças sindicais, representantes de movimentos sociais, ativistas de direitos humanos, cidadãos e cidadãs, manifestamos publicamente o nosso apoio à pré-candidatura de Letícia Florêncio para o Executivo de São João de Meriti.

São João de Meriti sofre com muitas precariedades em sua infraestrutura e de políticas públicas. Ausência de participação popular, de transparência nas decisões e contas da gestão e a falta de investimentos nas políticas sociais universais são fatores decisivos para o agravamento dos problemas.  E nós, população, seguimos acompanhando cada gestão e sofrendo os impactos deixados pelos governos que se sucedem. Se quisermos ter um resultado diferente do que tem sido até agora, precisamos ter protagonismo numa grande ação de mudança na nossa cidade. Nesse sentido, devemos, podemos e queremos nos posicionar para que essa mudança aconteça agora nas próximas eleições municipais.

Para dar conta da mudança que precisamos fazer, escolhemos e acolhemos Letícia Florêncio como nossa pré-candidata, por conhecermos sua história de vida, de formação familiar, social e cultural, por seu compromisso com as lutas sociais por direitos, pela defesa da justiça e da democracia e no combate às desigualdades. Letícia é nascida e moradora de São João de Meriti, mulher, jovem e negra sempre atuou no enfrentamento à violência contra as mulheres, pelo protagonismo das juventudes, na defesa do meio ambiente e por educação inclusiva e de qualidade. 

Letícia é bióloga, pedagoga, coordena projeos de arte e cultura na ONG Casa da Cultura, participa dos conselhos municipais de saúde, educação e da mulher, milita em movimentos de defesa das mulheres, pela igualdade racial, por saneamento, por saúde e pelo meio ambiente, é da direção estadual e da municipal de São João de Meriti do Partido dos Trabalhadores, por onde saiu candidata à vereadora em 2016 e à Deputada Estadual em 2018.

A caminhada de Letícia, através das várias lutas sociais em São João de Meriti e na Baixada Fluminense e as suas duas candidaturas, lhe proporcionou grande conhecimento sobre os problemas das cidades em seus aspectos culturais, econômicos e sociais e o funcionamento da máquina administrativa, habilitando-a a exercer com qualidade e competência tal função pública.

Seu plano de governo será construído com participação popular e sua gestão será marcada pela criação e o fortalecimento de espaços e canais de diálogo e participação cidadã visando trazer os conflitos sociais e de interesses para o espaço público, ampliar as condições e oportunidades de exercício de uma cidadania ativa, aperfeiçoar as políticas públicas em todos os níveis e pensar os rumos de um desenvolvimento sustentável para o município articulado a um projeto de desenvolvimento inclusivo.

Apresentamos Letícia Florência, nossa Candidata à Prefeita em São João de Meriti e te convidamos a fazer parte do nosso time.

Assinam esse Manifesto
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

quarta-feira, 10 de junho de 2020

A PRESSA DA FOME


Venho tratar desta vez
De um assunto que incomoda
Desde o princípio de tudo
Antes da invenção da roda

É que todo e qualquer ser vivo
Precisa se alimentar
Pois ali está a força
Para a vida conservar

Mas nem todos têm acesso
Neste mundo desigual
Pois a ganância e avareza
Deixa o homem irracional

Lá pelos anos 90
Um ser de bom coração
Ao mundo denunciava
A fome em nossa nação

Betinho ficou conhecido
Pela “Ação da cidadania”
“Quem tem fome, tem pressa”
Ele sempre repetia

Foi a semente lançada,
Mais tarde a melhora se viu
Brasil com políticas públicas
Do mapa da fome saiu

Mas de uns anos pra cá
O povo voltou a sofrer
Uma grande crise econômica
Veio o mundo envolver

E se isso não bastasse
Nova doença surgiu
Virando uma pandemia
Que muitas vidas, baniu...

Sem vacina, sem remédio
O momento é de incerteza
Vivemos em quarentena
Muitos, sem pão na mesa

Papa Francisco alerta
Neste momento de dor,
Para a pandemia da fome
Que muito se agravou

No livro de Jonas ouvimos
Numa outra pandemia
O povo se converteu
E caridade fazia

Deus teve misericórdia
E a pandemia cessou
Quem sabe chegou a hora
De lembrar quem mais amou?

Seguindo o Seu exemplo
No milagre da multiplicação
Dando pão a quem tem fome
Sendo, de fato, cristão!

Autoria: Arlete Rogoginski